ANO
7
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EDIÇÃO
2451
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Se colocarmos no buscador do Google ‘Três peneiras’ ele automática
oferece a alternativa ‘... de Platão’ com 17.200 resultados em 0,30 segundo e
para ‘...Sócrates’ 21.400 em 0.34 segundo. Se a busca for ‘As três peneiras de
Sócrates blog’ aparecem em 0,20 segundo 52.900 resultados.
Nesta última busca sei que existe um ‘Guia dos blogues
católicos’. Nele, e em centenas de outros, aparece um muito difundido texto:
Conta-se que a ideia das três
peneiras foi atribuída a Sócrates, filósofo ateniense, que se pautava a sua
vida sob três pilares ou peneiras: VERDADE, BONDADE e NECESSIDADE.
Sempre que algo lhe ocorrer e sentir
desejo de compartilhar com os demais, lembre-se das Três Peneiras:
1)- A primeira peneira é a da
VERDADE:
Pergunte-se se você tem certeza de
que esse fato é absolutamente verdadeiro. Se lhe sobrar no espírito alguma
dúvida ou receio, então, não pode ser tido como verdadeiro.
2)- A segunda peneira é a da
BONDADE:
“Pergunte-se se o que você vai
contar, mesmo que seja verdade, se gostaria que os outros também dissessem a
seu respeito”. Se por qualquer motivo lhe causar horror ou transtorno, então
não pode ser tido como algo bondoso.
3)- A terceira peneira é a da
NECESSIDADE:
Pergunte-se se você acha mesmo
realmente necessário contar esse fato ou mesmo passá-lo adiante? Respondendo:
Por que? A pessoa te deu esta liberdade? Isto irá beneficiá-la? Irá fazer-lhe
algum bem?
Se o que você irá contar realmente
passou pela terceira peneira, então, poderá passar adiante.
Se as pessoas usassem desses
critérios, seriam mais felizes e usariam seus esforços e talentos em outras
atividades, antes de obedecer ao impulso de simplesmente passá-los adiante,
pois: “Pessoas inteligentes falam sobre ideia; pessoas comuns falam sobre
coisas; pessoas mesquinhas falam sobre pessoas”.
O abundar — graças ao utilíssimo CtrlC & CtrlV — cada vez maior da apocrifia [característica
ou condição do que é apócrifo (= que não é do autor a que se atribui)] que se
traduz num copismo (quase) incontrolável faz nos supor que nem Sócrates (que
não deixou nem um texto escrito) nem seu discípulo Platão sejam autores da ‘edificante’
historieta moral, que tece a edição
desta quinta-feira.
Não tomo em vão os nomes dos dois atenienses que há cerca de
2.500 A.P. (= anos antes do Presente) dividiram a filosofia em dois tempos (pré-socrática
e pós-socrática) fazendo-os autores aqui, mas vale levantar a hipótese que
muitas vezes recebemos (e até disseminamos) textos apócrifos.
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ExcluirLimerique
ExcluirBlogueiro, por favor, tenha bondade
De divulgar apenas a verdade
Se "cola" de outro autor
Não é lavra de seu suor
Então, dizer isso é necessidade.
Na verdade tomando o conceito científico de Lavoisier e o ensinamento popular de Chacrinha, na vida nada criamos, tudo copiamos. Somos cópias geneticas de nossos ancestrais, assim como de nós sairão pequenas cópias em nossos descendentes. Somos cópias comportamentais, imitamos o artista da telinha mágica, o mocinho do seriado, enfim sempre nos espelhamos em alguem.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Sabe Mestre Attico Chassot: Muitas pessoas falam ou até mesmo digitam coisas, sem saber o quanto podem causar problema, ou até mesmo machucá-las ao seu próximo.Sendo assim devemos pensar bem antes de falar ou escrever, prá não trazer problemas futuros. As vêzes um comentário pode prejudicar muito seu semelhante. Um abraço
ResponderExcluirRealmente, dificilmente escreveremos algo hoje em dia que seja totalmente nosso. Isto porque, as muitas leituras (pra quem realmente lê)passam a fazer parte de nosso capital intelectual, e muitas vezes nem lembramos quem é o dono de determinada ideia. Aussubel, em sua teoria da aprendizagem significativa, ensina que os conhecimentos a que temos acesso são processados em nosso cérebro e o resultado é um novo conhecimento, nunca é uma reprodução ipsis litteris. A menos que copiemos literalmente o que foi lido. Sempre que parafraseamos nossa marca é impressa. Por outro lado, se sabemos de quem é a ideia, mesmo parafraseando-a deve-se dar o devido crédito. Até porque, é possível que nossa paráfrase não corresponda ao que o autor realmente quis dizer, e conhecendo a fonte primária, o leitor poderá conferir se aquela paráfrase é coerente.
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