ANO
7
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EDIÇÃO
2445
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Quando tinha
um assunto para esta edição, buscava um título. Três opções nem tão atraentes
surgiram: “ecos subterrâneos”,“desde porões silenciados” e “conversas de bastidores” Os blogues, plataformas
expeditas de comunicações na pós-modernidade, têm segmentos que são muito
queridos pelo editor, mas parecem de pouca repercussão.
Refiro-me aos
comentários. Mesmo que tenha cerca de 300 visitas diárias (qualquer leitor pode
verificar no indicador que apresenta números referentes aos últimos 30 dias) os
comentaristas em média não passam de cinco. Exceção para temas polêmicos, como
religião, quando os fundamentalistas de plantam mostram sua atenção. Há um
tempo comentava cada postagem dos leitores. Atualmente, faço isso muito
raramente.
Mas esta
edição vem a propósito de imaginar que muitos comentários não são lidos, pois
imagino que dificilmente revisitam uma edição. Assim, esta edição é para dar
visibilidade aos comentários da edição de terça-feira, pois “não se acende um candeeiro para coloca-lo
sob uma mesa e sim no local de mais destaque”.
A blogada de 09ABR13
encerrava assim: Mas agora surge um novo questionamento. Assim, nestes
primeiros anos do Século 21 a Escola perdeu ser o lócus do saber e ao invés de
se perguntar ao professor se pergunta a Google. Lá na comunidade [africana] que
nos legou a historieta, ainda se precisa de velhos para serem depositários do
saber? Ou o professor Google / o médico Google / o pastor Google sabem tudo e
muito, muito mais. Ledo engano.
Ocorre que o
Google tem informações... talvez, conhecimentos. Ele não tem saberes. E
saberes, tem sabores. O saber sabe a sabedoria.
Trago
comentários postado a esta edição, para vermos quantas pérolas ficam ocultados.
PROF. JAIRO BRASIL 9 de abril de
2013 07:31
Prezado Chassot! A valorização extremada deste Sr. Google hoje em dia
por parte de uma grande maioria de nossos estudantes, faz com que se esqueçam o
quanto "o saber sabe a sabedoria". Por isso observo em muitas salas
de aula uma grande alienação, como ontem quando numa prova sobre a história do
parque industrial brasileiro, uma aluna me perguntou: "Professor, o que é
esse governo FHC?" JB
JAIRCLOPES 09 de abril de 2013 09:10Limerique
Antes Homo tinha sabedoria
Pressionado pela agrafia
Com advento do Google
Até mente de Poodle
Não está liberada prá alexia
Attico CHASSOT 9 de abril de 2013
10:00
Muito estimado Jair, poeta e polímata, concordo
contigo: as sociedades ágrafas tinham mais oportunidades de fazer do
conhecimento saber. Na pós-modernidade, paradoxalmente, parece que se faz do
conhecimento apenas informações. Quanta perda, essa reversão há de causar às
gerações futuras.
Quando dou aula ou palestra e vejo vários de meus ‘pseudo-ouvintes’ com
notebook e tablete, não saúdo o abençoado advento da tecnologia a terras
tupiniquins. Estes ‘afortunados’ detentores de artefatos tecnológicos estão se
tornando, a cada dia, mais ágrafos e aléxicos, que não leem ou não escrevem
muito além de uma linguagem tribal importada do Facebook: “Tá legal, bródi!
Kkkk”
Talvez, se ao invés de um tablete tivessem uma pedra de ardósia e um
estilete (artefato escolar que usei antes do caderno, e que em formato e design
se assemelha muito ao tablete) seriam mais críticos.
Lembro de professor de cálculo, que na universidade não deixava — com
certa dose de exagero — usar lápis ou caneta. Queria a memorização.
De vez em vez, dá vontade de ser um neoludita e lapidar o Facebook.
Talvez não precise! Ele está próximo da autoimolação por saturação e gigantismo.
Obrigado por, a cada dia, poeticamente enriquecer este blogue, attico
chassot
Anônimo, 09 de abril de 2013 09:52 E ainda mais preocupante é observar que com o advento
do google torna-se cada vez mais presente entre os atuais estudantes a pratica
do ctrl + c / ctrl + v. Sendo assim o aluno nem se dá ao trabalho ao menos de
ler o que está copiando e colando em seus trabalhos escolares. Recentemente
noticiou-se com grande alarido um desses jovens "fenômenos" da
internet que criara um site que sintetizava as notícias. Este sucesso meteórico
deve-se ao fato de que as pessoas, principalmente os jovens, hoje não querem
perder tempo lendo textos longos. É uma mazela dos tempos modernos, todos tem
preguiça de pensar, de ler, de raciocinar, e consequentemente de aprender. Abraços,
Antonio Jorge
Attico CHASSOT 09 de abril de 2013
10:14Meu caro Antonio Jorge, olha o que redigia
para o Jair, enquanto escrevias na mesma direção,Obrigado por cotidianamente
enriqueceres este blogue, attico chassot
Lia, a Ilíria que ainda lê 9 de
abril de 2013 10:27Querido mestre, o
saber, para ter sabor, não deve ser cultuado, precisa ser cultivado.
Isso requer cuidado, prudência, sabedoria, reflexão.
Pensar é uma missão que não podemos delegar, sob risco de vivermos
escravos do pensar alheio.
Também a que não nos podemos omitir, sob risco de perdermos nossa
humanidade.
Muito pertinente a observação: nem todo conhecimento é saber.
Saber promove transformação: dignifica a vida e o com-viver.
Grata pelo seu compartilhar.
Grande e carinhoso abraço: Lia, a Ilíria que ainda lê
Anônimo 09 de abril de 2013 21:37
Ao Nosso Grande " TEACHER " Chassot: É agora com a internet
tudo se banalizou de vez, será que com o tempo os nossos livros se tornará um
objeto raro? nossos jovens não querem mais ler,querem apenas ler parágrafos, capítulos
isso é um absurdo. O que diria nosso grande Escritor e Jornalista Luis Fernando
Veríssimo "Ler é o melhor remédio" precisamos divulgar ler é
imprescindível. Um abraço LeY
Limerique
ResponderExcluirMeu primeiro ato logo de manhã
Confesso, que com alegria e afã
Leio Chassot onde for
Ele é meu professor
Incondicionalmente sou seu fã.
Tal como o professor Jair, confesso o hábito rotineiro e matinal de ler Attico Chassot à mesa do café da manhã. Em nossa casa esta leitura transforma nossa manhã em um verdadeiro café cultural onde alimentamos a carne e ao espírito.Esses debates se prolongam durante o dia e estimulam novas leituras. A forma de discorrer sobre um assunto respeitando a opinião alheia faz do Mestre Attico verdadeiro sábio a exemplo de Sócrates que estimulava o indivíduo a chegar as sua próprias conclusões. A serenidade no real saber faz deste lecionador uma ferramenta de confiabilidade para os que pretendem aprender sintam-se seguros nos seus passos.O dono da verdade ao contrário perde-se na prepotência e na arrogância do tudo saber, e ser só a sua opinão dogma imutável.
ResponderExcluirAbraços
Antonio Jorge
Oh, Mestre Chassot. Já dizia São Francisco de Assis " É dando que se recebe " seus posts nos edificam todas manhãs com sabedoria,conhecimento e informações. Obrigado Chassot isso é um elogio para nós. Um abraço ley
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