ANO
7
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EDIÇÃO
2450
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Nesta terça-feira, meus alunos de Teorias do Desenvolvimento
Humano do turno da tarde (Música) e da noite (Educação Física e Pedagogia) assistiram
comigo o filme: Bebês [França, 2011,
colorido, legendado, 71 min]. Recomendo com entusiasmo.
O documentário partiu de uma ideia do ator Alain Chabat (“O
Gosto dos Outros”). Em quatro países — Namíbia, Mongólia, Japão e Estados
Unidos —, as câmeras do diretor Thomas Balmès flagraram bebês, do nascimento
aos primeiros passos, durante um ano. Não há como ficar indiferente a gestos de
amor, travessuras, tombos e contatos ‘perigosos’ com animais.
Sem diálogos formais, mas de envolventes linguagens gestuais,
o registro começa na Namíbia mostrando a chegada de Ponijao, que vive com a mãe
numa paupérrima tribo. A bebê Ponijao tem sua família no interior da Namíbia e
engatinha livremente pelo chão de terra na desértica e famélica da nação do sul
da África, com as maiores taxas de mortalidade infantil e com esperança de vida
de apenas 39 anos.
Bayar nasce nas estepes da Mongólia — um país sem costa na
Ásia central, com esparsa população nômade em sua maioria. O menino mongol, que
nasce em um hospital, convive com muita naturalidade com rebanhos de vacas e
cabras. Aparecem também tradições budistas na família.
Há ainda as garotinhas de cidade grande Mari (Tóquio, Japão)
e Hattie (São Francisco, Estados Unidos). Mari, que habita uma mega-metrópole, tem
contato constante com a tecnologia, experimenta diversos jogos educativos e
frequenta creches onde se busca estimular os bebes. Situação de Hattie, que
reside em São Francisco, não muito diferente em a um mundo com ofertas
consumistas e sofisticação tecnológica, já assinalada no parto, especialmente
se compararmos com o nascimento do garotinho namíbio.
Fica clara a intenção do documentarista: não importa em qual
lugar no mundo, o bebê, além de queridinho da família, consegue arrancar
suspiros dos pais (e por tabela do espectador) com sua curiosidade diante da
vida
A observação dos quatro bebês em seu primeiro ano revela não
apenas cenários e personagens multiculturais dos muito dispares ambientes que
os acolhem para a vida, como tudo o que os une. No primeiro estágio da jornada
humana, lutam para conquistar o domínio do mundo ao redor e do próprio corpo.
Limerique
ResponderExcluirEntão fica claro para e para você
Que não existe razão nem porquê
Olhar uma criança querida
E não ver início da vida
Por isso todos gostamos de bebê.
A diferenças de realidades é aviltante e injustamente definidora de destinos. Salvo exceções o homem é produto do meio. Nos grandes centros, como tambem no campo a discrepância social acirra as adversidades e nutrem uma verdadeira ogeriza entre as classes. Conclusão, temos uma convivência violenta onde os confrontos trazem episódios cada vez mais violentos como estes latrocínios tão corriqueiros nos dias atuais.E a idade de quem aperta o gatilho diminui a todo dia. Ser criança e pobre, aumenta o potencial em ser um assassino impune. A cada dia nos trancamos mais em nossas "fortalezas", seja trancafiados em condomínios ou escondidos em carros com insulfilme. Vivemos a paranóia do medo.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge