ANO
7
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EDIÇÃO
2443
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Este texto é
redigido depois de aulas pela tarde e noite com licenciaturas. Futuros
professores, na disciplina de Teorias do Desenvolvimento Humano, dedicaram-se
hoje a trazidas por escrito de opiniões (muito díspares) acerca do documento da
Sociedade Brasileira de Genética (postado
neste blogue em 28JUN12) acerca do ‘duelo’ criacionismo versus evolucionismo.
Surpreendi-me, com alegria, com a qualidade de alguns trabalhos.
Houve, todavia,
espaço para festejamentos. E, estes foram pelo ato da Presidente da República
que nesta quinta-feira acrescentou mais um artigo, com dois parágrafos à Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Eis a íntegra da sanção presidencial:
A Lei 12.796, de 4 de abril de
2013, sancionada pela Presidente da República, altera o texto da Lei de
Diretrizes e Bases 9.394/96 para incluir, entre outras questões, no
Art. 62, o §4 e o §5 o texto:
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á
em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em
universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação
mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro
primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na
modalidade Normal.
§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados
e os Municípios adotarão mecanismos facilitadores de acesso e permanência em
cursos de formação de docentes em nível superior para atuar na educação básica
pública.
§ 2o A
União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios incentivarão a formação
de profissionais do magistério para atuar na educação básica pública mediante
programa institucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes
matriculados em cursos de licenciatura, de graduação plena, nas instituições de
educação superior.
Mesmo com sobreposição
à legislação anterior e necessidade de regulamentação de especificidades, para
a nação isto é um avanço. Para professores, especialmente aqueles que se
envolvem com a formação de professoras e professores isto é motivo de júbilo.
Alunos de licenciatura — em geral desprestigiados, tem nesta ação motivos de
aumento da auto-estima.
Embalo duas de
minhas utopias para a Educação brasileira:
a) cada nível se completar em si (a
educação infantil não é preparação para o fundamental; este não é preparação para
médio; que também não é preparação
para universidade.
2) (uma utopia anarquista, agora levemente
valorizada) quanto a exigência de titulação:
teríamos doutores ensinando no ensino fundamental; mestres no ensino médio;
graduados, nas graduações; sem titulação formal nos mestrados e doutorados.
Renovo o convite que está mais detalhado na edição
desta segunda-feira:
Painel
PAPA FRANCISCO: GESTOS, INTERPRETAÇÕES e DESAFIOS,
a
ser realizado, hoje, 10 de abril de 2013, às 19h, no Centro Universitário La
Salle - UNILASALLE, Auditório Ir. Bruno Ruedell (Bordô) em Canoas promovido
pelo Curso de Teologia e pelo Programa de Pós Graduação em Educação.
Acredito Mestre, que o grande abismo que ainda separa a nossa realidade do mundo dito evoluído é o menosprezo dado pelo nosso governo, e consequentemente pela nossa sociedade mercantil, à carreira do magistério quanto a sua remuneração. Uma pessoa que opta por lecionar o faz apenas por vocação, e em nosso país tambem por abnegação. Conclusão, para ter uma vida próxima da decente,o professor se lança a jornadas geralmente múltiplas somando os parcos salários com um total muito aquém do merecido. E ainda temos um fator interessante neste quadro caótico, o aluno da rede particular é antes de tudo um cliente, e como tal tem sempre razão.
ResponderExcluirO único remédio para o homem é a educação.
abraços
Antonio Jorge
Mestre querido,
ResponderExcluirque alegria ler este blogue hoje, trazendo boas notícias ao magistério e seus aspirantes.
Também fico pensando em como seria bom se pudessem os professores do ensino básico graduarem-se em nível de doutorado.
Mais ainda urge mudarmos a mentalidade de que o ensino escolar é preparação para o vestibular. Já vi escolas transformarem-se
em verdadeiros "clubes de treinamento de vestibulandos", chegando à afirmar teratologias como ser a 6ª série uma época adequada para começar a treinar os alunos para o ENEM, vestibular etc... O ensino não é (não deveria ser) preparatório de concurso. Esta é uma noção deturpada do que é educação e uma ação perversa de opressão e alienação.
Continuemos nossa incansável luta. Sonhando um sonho (im)possível.
Abraços arrebatados,
Guy.
PS: Não fosse o pavoroso trânsito da BR116 iria gaudiosamente assistir-te hoje falar sobre Dom Francisco, o bispo de Roma.
ResponderExcluirLimerique
ResponderExcluirNeste Patropi autoridade enrola
Para ensino em geral não dá bola
Mas é hora de acordar
As mangas arregaçar
Um país se faz com livros e escolas.
Mestre Chassot: Novamente a tal da Estatística ( IBGE ) quase 20% das crianças de 4 a 5 anos estão fora da escola,é pelo jeito criar leis é muito fácil,quero ver realmente funcionar. Está na hora de pensar em quantidade e sim em qualidade. Mais um desafio vamos torcer. Um forte abraço Ley
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