ANO
7
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EDIÇÃO
2462
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Um bom assunto
para abrir a semana que encerra abril e inaugura maio: ¿Religião ou Pensamento Mágico? Eis
manchete de capa de uns dos cadernos da Folha de S. Paulo deste sábado: “Angola proíbe operação de igrejas evangélicas
do Brasil”. Cheguei a pensar que teríamos um dos produtos de nossa pauta de
exportação zerado. Não. Há um truste privilegiado.
O governo de
Angola baniu a maioria das igrejas evangélicas brasileiras do país. Segundo o
governo, elas praticam "propaganda enganosa" e "se aproveitam
das fragilidades do povo angolano", além de não terem reconhecimento do
Estado.
"O que
mais existe aqui em Angola são igrejas de origem brasileira, e isso é um
problema, elas brincam com as fragilidades do povo angolano e fazem propaganda
enganosa", disse à Folha Rui Falcão, secretário do birô político do MPLA
(Movimento Popular de Libertação de Angola) e porta-voz do partido, que está no
poder desde a independência de Angola, em 1975.
Cerca de 15%
da população angolana é evangélica, fatia que tem crescido, segundo o governo. Em
31 de dezembro do ano passado, morreram 16 pessoas por asfixia e esmagamento
durante um culto da Igreja Universal do Reino de Deus em Luanda. O culto reuniu
150 mil pessoas, muito acima da lotação permitida no estádio da Cidadela.
O mote do
culto era "O Dia do Fim", e a igreja conclamava os fiéis a dar
"um fim a todos os problemas que estão na sua vida: doença, miséria,
desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família, separação, dívidas."
O governo abriu uma investigação. Em fevereiro, a Universal e outras igrejas
evangélicas brasileiras no país — Mundial do Poder de Deus, Mundial Renovada e
Igreja Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém — foram fechadas.
A ilustração é
da Editoria de Arte/Folhapress como o texto é parte da Folha de S. Paulo
de27ABR13.
Todavia há
algo interrogante: Medida do governo angolano assegura 'monopólio' à
Universal. No dia 31 de março deste ano, o governo levantou a interdição da
Universal, única reconhecida pelo Estado. Mas a igreja só pode funcionar com
fiscalização dos ministérios do Interior, Cultura, Direitos Humanos e
Procuradoria Geral da Justiça. As outras igrejas brasileiras continuam
proibidas por "falta de reconhecimento oficial do Estado angolano".
Antes, elas funcionavam com autorização provisória. A Igreja Universal é ligada
ao governo é leva vantagens com interdição das concorrentes.
As igrejas
aguardam um reconhecimento para voltar a funcionar, mas muitas podem não
recebê-lo. "Essas igrejas não obterão reconhecimento do Estado,
principalmente as que são dissidências, e vão continuar impedidas de funcionar
no país", disse Falcão. "Elas são apenas um negócio."
Segundo
Falcão, a força das igrejas evangélicas brasileiras em Angola desperta
preocupação. "Elas ficam a enganar as pessoas, é um negócio, isto está
mais do que óbvio, ficam a vender milagres." Em relação à Universal, a
principal preocupação é a segurança, disse Falcão.
Respeitar a fé de cada um é política do bom conviver. Porém o que vemos é um quadro de exploração do sofrimento e fragilidade alheia. Certa vez um "capo" do tradicional jogo do bicho me disse o seguinte:
ResponderExcluir- Sou rico porque vendo ilusão, e ilusão não me custa nada...
Trocado em miúdos é o mesmo dilema. Vende-se a ilusão de que aquela vida miserável, cheia de dificuldades, passará em troca de uma contribuição mensal. Já foi dito "O homem é o lobo do homem."
abraços
Antonio Jorge
Limerique
ResponderExcluirPensamento mágico ou superstição
Tudo cai dentro do mesmo caldeirão
Católica ou protestante
Como elegias delirantes
Somente ópio do povo, a religião.
Grande!
ExcluirSou Cristão e respeito as diferentes opiniões sobre religião,embora não concorde com a maioria delas. Penso que todas as instituições e/ou pessoas(religiosas ou não) que tenham como objetivo enganar e tirar vantagens de pessoas já fragilizadas pelo sofrimento, que muitas vezes é causado pela ambição, egoísmo e falta de amor (ou pelo menos respeito) ao próximo, deveriam ser banidas, não só de Angola, mas, de todos os lugares do planeta. O que a meu ver, contribuiria para que tivéssemos um mundo melhor.
ResponderExcluirMuito querido amigo,
Excluirnas horas que tive o privilégio de privar contigo, vi quanto és um cristão muito especial, que muito admirei. A propósito: encantou-me o texto escrito pelo pastor presidente de tua igreja (Ricardo Gondim), onde fala das ideias possíveis para um mundo possível. Realmente é um cristianismo diferenciado onde destaca o quanto a ciência pode contribuir para esse mundo melhor. Divulgo aqui o texto
http://www.folhabv.com.br/Editorias.php?Col=3
Com estima e admiração,
attico chassot