ANO
7
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www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
2456
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Hoje, 23 de
abril, é o Dia Internacional do Livro. Esta celebração teve a sua origem
na Catalunha, uma região da Espanha. A data começou a ser celebrada em 7 de
outubro de 1926, em comemoração ao nascimento de Miguel de Cervantes, escritor
espanhol.
“Impressão do livro moderno", quarta escultura
(de seis) da caminhada berlinense das Ideias, construída por ocasião da Copa do
Mundo da FIFA na Alemanha em 2006. Inauguração: 21 de abril de 2006 em
Bebelplatz, praça perto da Unter den Linden em frente da Universidade Humboldt
em Berlin. Celebra a Johannes Gutenberg, o inventor da impressão do livro
Moderno volta de 1450 em Mainz.
Em 6 de
fevereiro de 1926, o governo espanhol, presidido por Miguel Primo de Rivera, propôs
oficializar a data e o rei Alfonso XIII assinou o decreto real que instituiu a
Festa do Livro Espanhol.
No ano de
1930, a data comemorativa foi trasladada para 23 de abril, dia do falecimento
de Cervantes. Mais tarde, em 1995, a UNESCO instituiu 23 de abril como o Dia
Mundial do Livro e do Direito de Autor, em virtude de a 23 de abril se assinalar
o falecimento de outros escritores, como Josep Pla, escritor catalão, e William
Shakespeare, dramaturgo inglês.
No caso do
escritor inglês, tal data não é precisa, pois que em Inglaterra, naquele tempo,
ainda utilizava o calendário juliano, pelo que havia uma diferença de 10 dias
apara o calendário gregoriano usado em Espanha. Assim Shakespeare faleceu
efetivamente 10 dias depois de Cervantes.
Falar em
livros é evocar bibliotecas. Acerca destas já escrevi várias vezes aqui. Comentei
acerca do privilégio de já ter estado em bibliotecas muito importantes. Assim
estive na nova Biblioteca de Alexandria, no dia 23 de abril de 2002, quando
estava prevista sua inauguração (depois adiada para outubro daquele ano, por
razões de tensões no Oriente Médio). Contei aqui, em fevereiro de 2008, minha
visita (talvez, a quarta) a magnífica biblioteca Nacional Francesa, abrigada em
um dos mais impressionantes complexos arquitetônicos de Paris. Em outubro de
2008 estive por frutuosas horas na Biblioteca Britânica e reparti aqui o quanto
ficara impressionado com as preciosidades que fruíra em Londres.
Estive já na
Biblioteca da Universidade de Coimbra e em fevereiro de 2009 visitei duas impressionantes
bibliotecas na Espanha: aquela do Real Monasterio de San Lourenzo, El Escorial
e a da Universidade Complutense de Alcalá de Henares. Claro que estou referindo
bibliotecas-monumentos.
Há aquelas que
vamos para pesquisar. Recordo com saudades os dias quase inteiros que passava
em 2002 na Biblioteca da UNED – Universidad Nacional de Educación a Distancia
em Madrid ou as gostosas ‘viajadas’ que fazia na Biblioteca da Unisinos, nos
anos que lá fui professor.
Curto uma
biblioteca, como aquela que Matthew Battles descreve em A conturbada história das Bibliotecas, onde o leitor vai tocando os
livros expostos nas estantes, levanta-os, sente-se o peso, aprecia as letras
inclinadas, dispostas numa página de rosto, examina marcas deixadas por outros
leitores e, quanto mais toca, mais fugidio lhe parece o saber ali contido.
Todas as coisas que desconhece parecem estar lhe acenando por detrás das capas,
nas entrelinhas.
Na biblioteca
o leitor é obrigado a despertar daquele sonho de comunhão íntima provocado pela
leitura. Ele é forçado a reconhecer a materialidade do mundo na sucessão
interminável das lombadas, nos sons das páginas virando sobre as mesas, no
atrito das capas que se espremem nas prateleiras, e nesse cheiro rançoso [Aqui,
permito-me discordar de Battles; os livros têm um cheiro agradável, às vezes
até sensual] que impregna qualquer ambiente em que há livros em grande número.
Na minha
biblioteca deleita-me, vez em vez, aconchegar na rede e passear pelas
prateleiras e mirar as lombadas. Evoco leituras. Recordo como determinado
exemplar se fez meu. Sonho ler exemplares ainda por desvirginar. Degusto olhar
meus livros.
Talvez, um
dia, conte aqui, um pouco mais de minha biblioteca. Por ora um curtido dia do
livro a cada uma e cada um.
Limerique
ResponderExcluirHoje é dia desse fiel amigo
Que nos segue do berço ao Jazigo
O livro simplesmente
Nos transformou em gente
E sempre nos acolhe num abrigo.
Limerique
ResponderExcluirEra um velho que a certa altura
Preocupado demais com cultura
Não estava contente
Ficara impotente
Só ganhava livro tipo brochura.
Chassot
ResponderExcluiradorei saber que hoje é o dia do livro.não pude visitar tantas bibliotecas como tu,mas só de ler teu relato passei por elas.Sei de um grande projeto de biblioteca virtual, sabes o endereço? entretanto te declaro curto como tu o cheiro do livro o toque do papel etc...
Muito querida colega e amiga Rosa,
Excluirobrigado por prestigiares meu blogue..
Pessoas de tua estatura intelectual fazem este blogue distinguido.
O endereço da Biblioteca Mundial é http://www.wdl.org/pt/ quando de sua inauguração fiz uma blogada sobre ela, mas não tenho como referir agora.
Agradecimentos com minha admiração
attico chassot