ANO
7
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EDIÇÃO
2435
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Sempre me pergunto sobre a ‘utilidade’ de assinar listas
clamando por justiça. Usualmente comovo-me. Adiro. Parece que omitir-se é mais
constrangedor.
Primeiro devo registrar aqui, não sem certo pejo, que
tinha conhecimento zero acerca da República das Maldivas (em maldívio ދިވެހިރާއްޖޭގެ ޖުމްހޫރިއްޔާ,
transl. Divehi Rajjeyge Jumhuria) um pequeno país islâmico insular situado no
Oceano Índico, ao sudoeste do Sri Lanka e da Índia, ao sul do continente
asiático, constituído por 1.196 ilhas, das quais 203 são habitadas.
O trecho a seguir é de membros da Avaaz, organização que
já catalisou muitas petições, algumas das quais apoiadas por este blogue. Assim
hoje convite para ler o que segue e — se for opção — assinar o manifesto algo
que demanda segundos.
É difícil de acreditar, mas uma sobrevivente de estupro
de 15 anos de idade, nas Maldivas, foi sentenciada a 100 chicotadas em público!
Vamos dar um fim a essa loucura e atingir o governo no seu ponto mais sensível:
a indústria do turismo.
O padrasto da garota é acusado de matar o bebê que ela
trazia em seu ventre. Agora, um tribunal afirmou que ela deve ser açoitada por
"fazer sexo fora do casamento" com outro homem que nem mesmo foi
identificado!
O presidente das Maldivas, Waheed Hassan, já está sentindo
a pressão de todos os cantos do mundo, mas podemos forçá-lo a salvar essa
garota e mudar essa lei para poupar outras vítimas de um destino cruel. É assim
que poderemos acabar com a Guerra contra as Mulheres: nos mobilizando todas as
vezes em que algo revoltante assim acontecer.
O turismo é uma grande fonte de renda para a elite das
Maldivas, incluindo ministros do governo. Vamos construir uma petição com
milhões de assinaturas para o presidente Waheed essa semana, e então ameaçar a
reputação das ilhas Maldivas por meio de anúncios publicitários em revistas de
viagens e em websites, até que ele dê um passo adiante para salvar essa garota
e abolir essa lei revoltante. Assine e encaminhe esse email agora:
www.avaaz.org/po/maldives_global/?bxAUMab&v=23534
As Maldivas são um paraíso para os turistas. Mas não é
sempre assim para as mulheres de lá. Existem países com interpretações ainda
mais duras da sharia, a lei islâmica, mas nas Maldivas as mulheres de todas as
idades podem ser açoitadas em público se forem condenadas por sexo fora do
casamento ou adultério. A "fornicação" antes do casamento é ilegal,
mas apesar de sempre envolver um homem e uma mulher, 90% dos que são punidos
são mulheres! E, ao mesmo tempo em que estatísticas vertiginosas afirmam que 1
a cada 3 mulheres entre 15 e 49 anos já sofreram agressões físicas ou abuso
sexual, nenhum estuprador foi condenado nos últimos três anos.
Vencer essa batalha pode ajudar as mulheres em todos os
lugares do mundo, pois o governo das Maldivas está, nesse exato momento,
concorrendo a um cargo de direitos humanos na ONU em uma plataforma sobre os
direitos das mulheres! As Maldivas estão no caminho para construir a democracia
e querem ser um 'modelo de democracia islâmica'. O presidente já pediu ao Procurador-Geral
para apelar da sentença no caso da jovem de 15 anos. Mas isso não é suficiente.
Os extremistas do país forçarão o presidente a abandonar outras reformas se a
atenção da comunidade internacional se dissipar. Vamos dizer às Maldivas que o
país está prestes a perder a reputação de destino turístico romântico, a menos
que tomem medidas rápidas para assegurar os direitos humanos universais e os
direitos das mulheres.
Se uma quantidade suficiente de nós levantarmos nossas
vozes, poderemos fazer com que o presidente Waheed e seus parlamentares se
oponham aos extremistas. O presidente já tem sofrido pressão por medidas
concretas em torno dessa história vergonhosa e trágica -- vamos aproveitar esse
momento para prevenir mais injustiças contra as jovens garotas e mulheres.
Assine a petição e, em seguida, envie esse email para todos:
www.avaaz.org/po/maldives_global/?bxAUMab&v=23534
Quando certos casos extremos chamam a atenção da opinião
pública global é super importante nos pronunciarmos, não importa se trata-se
dos EUA, da Índia ou das Maldivas. Os membros da Avaaz já lutaram muitas
batalhas se opondo à guerra global contra as mulheres. No Afeganistão, ajudamos
a proteger jovens mulheres que corajosamente se pronunciaram em público contra
o estupro; em Honduras, lutamos com mulheres locais contra uma lei que
colocaria mulheres na cadeia pelo uso da pílula do dia seguinte. Agora chegou o
momento de apoiarmos as mulheres das Maldivas.
Querido mestre,
ResponderExcluirparece-me que a omissão é um fazer de negação que auxilia a perpetuar a opressão. A prudência, mãe da decência, é sempre um claro apelo a que, onde quer que estejamos ousemos nos posicionar, de forma radical, a fim de evitar extremismos. Sempre que há uma vítima, é ela que nos olha e nos vê, chamando-nos a uma responsabilidade a que não podemos nos eximir pelo simples fato de fazermos parte da humanidade. Responsabilidade que conduza à dignidade de vida e decência no conviver. Isso é Cuidado. Grande e carinhoso abraço: Lia, a Ilíria que ainda lê
Limerique
ResponderExcluirO mundo ainda é medieval
Onde religião tem força local
Pobres das mulheres
Que nos seus misteres
Enfrentam brutalidade sexual.
Inquestionável o apoio a tão nobre convocação, mas gostaria de aditar uma crítica aos nossos "desenvolvidos" vizinhos e irmãos. Falo dos Estados Unidos, potência líder que constantemente interfere com a força em outros países alternando o seu curso na história. Porque não usam esta mesma força e agem em uma situação como essa? Certamente teria a simpatia da esmagadora maioria da população mundial. Outra boa oportunidade teria nosso amigo "Francisco" em manifestar o seu repúdio com vemência a estes absurdos. Na realidade o poder veste luvas de pelíca e age de acordo com as conveniências políticas para mante-lo.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Limerique
ResponderExcluirEntão essas mulheres, nossas divas
Pelos homens consideradas cativas
Em nome da religião
Massacradas estão
Nas paradisíacas Ilhas Maldivas.
Mestre Chassot,
ResponderExcluirassinei a petição, e por tal sinto-me mais cidadão.
Adiro a proposta do Antonio Jorge: os xerifes do mundo mereciam também repúdio.
Com admiração por me ensinar um pouco sobre as paradisíacas Maldivas, que estão sendo prostituídas por seus líderes,
L L L
Ao nosso Mestre Chassot: É realmente lamentável raivoso e insano o que vem acontecendo nas ilhas maldivas.Vejo que ainda existem muitas mulheres que sofrem caladas com a violência física e psicológica sabendo quen qualquer uma delas deixa marcas profundas prá sempre.Deixo aqui meu repúdio e indignação. É sempre bom recordar 25 de novembro " Dia Internacional de Combate conta a violência da Mulher" Um abraço Ley
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