Ano
6*** Porto Alegre ***Edição
2187
Cesse tudo o que a Musa antiga
canta,
Que outro valor mais alto se
alevanta.
Assim como, há um tempo, a protofonia de ‘O Guarani’, de
Carlos Gomes anunciava o início de ‘A voz do Brasil’, marcando para muitos a
hora de desligar os aparelhos de rádio, a referência aos dois últimos versos da
3ª estrofe do Canto I de ‘Os lusíadas’ de Camões — que abrem o texto — sinaliza
uma ordem radical para mudarmos a pauta.
Hoje não haverá a usual dica sabática de leitura. Também, deixo de detalhar algo que nos emocionou ontem, no começo da noite: a Gelsa e eu fomos, enquanto avós, à Escola de Educação Infantil Cinco Estrelinhas ‘dar aulas’ à turma do Pedro (3 anos, filho do André e da Tatiana): a Gelsa, evocando seus tempos de TIPIE (do Instituto de Educação) representando excertos de ‘Pluft, o fantasminha’ encantando às crianças, professoras e (muito especialmente) a mim. Foi lindo ver as crianças depois representando os personagens e o melhor foi receber a doçura de abraços do Pedro.
Como há um assunto mais relevante que se impõe, não comento o show que foi abertura das Olimpíadas, onde o destaque para a releitura da historia da Inglaterra foi o ‘must’.
Hoje não haverá a usual dica sabática de leitura. Também, deixo de detalhar algo que nos emocionou ontem, no começo da noite: a Gelsa e eu fomos, enquanto avós, à Escola de Educação Infantil Cinco Estrelinhas ‘dar aulas’ à turma do Pedro (3 anos, filho do André e da Tatiana): a Gelsa, evocando seus tempos de TIPIE (do Instituto de Educação) representando excertos de ‘Pluft, o fantasminha’ encantando às crianças, professoras e (muito especialmente) a mim. Foi lindo ver as crianças depois representando os personagens e o melhor foi receber a doçura de abraços do Pedro.
Como há um assunto mais relevante que se impõe, não comento o show que foi abertura das Olimpíadas, onde o destaque para a releitura da historia da Inglaterra foi o ‘must’.
A emergência de outro assunto faz que este blogue se
junte a uma justa luta. O clamor é da Avaaz: O clamor é
da Avaaz:
A comunidade quilombola do Rio dos Macacos está lutando
contra o tempo. Em apenas algumas dias, uma ordem da justiça pode tirar a
comunidade das terras em que vive há mais de 200 anos. Somente uma grande
mobilização popular pode impedir que a pressão da Marinha prevaleça. Junte-se a
essa luta agora, e a Avaaz e o defensor público que defende os quilombolas
entregarão a petição diretamente para o juiz quando alcançarmos 50.000
assinaturas.
Em poucos dias, 200 anos de cultura tradicional podem ser
extintos. A comunidade quilombola de Rio dos Macacos na Bahia pode ser expulsa
de suas terras para a construção de uma base da Marinha. Mas a solução para o
problema está a nosso alcance!
A Marinha do Brasil quer expandir a Base Naval de Aratu a
todo custo, mesmo que tenha que devastar uma tradição centenária e expulsar os
quilombolas da região. Os pareceres técnicos do governo já afirmaram que os
quilombolas têm direito àquela terra, mas eles só têm validade se publicados —
e a lentidão da burocracia pode fazer com que o juiz do caso determine a
remoção da comunidade antes que seu direito seja reconhecido. Eles estão com a
faca no pescoço e nós podemos ajudar a vencer essa batalha se nos unirmos a
essa causa!
Não temos tempo a
perder! O juiz decidirá na segunda-feira se retira
os quilombolas ou espera a publicação do parecer do governo. A defensoria
pública nos disse que somente uma grande mobilização popular pode impedir que a
pressão da Marinha prevaleça. Junte-se a essa luta agora, e a Avaaz e o
defensor público que defende os quilombolas entregarão a petição diretamente
para o juiz quando alcançarmos 50.000 assinaturas.
De acordo com estudos, das três mil comunidades
quilombolas que se estima haver no país, apenas 6% tiveram suas terras regularizadas.
É um direito das comunidades remanescentes de escravos garantido pela
Constituição, e responsabilidade do Poder Executivo emitir-lhes os títulos das
terras. A cultura quilombola depende da terra para manter seu modo de vida
tradicional e expulsar quilombolas dessas terras pode significar o fim de uma
comunidade de 200 anos.
A comunidade do Rio dos Macacos tem até o dia 1º de
agosto para sair do local e, após isso, sofrerá a remoção forçada. Entretanto,
temos informações seguras que técnicos já elaboraram um parecer que reconhece o
direito dos quilombolas, mas ele só tem validade quando for formalmente
publicado e a comunidade corre o risco de ser expulsa nesse intervalo de tempo.
No caso do Rio dos Macacos, a pressão popular já
funcionou uma vez, adiando a ação de despejo em 5 meses. Vamos nos juntar aos
quilombolas e apelar para que o juiz da causa garanta a posse de terra dessa
comunidade, e carimbe seu direito de viver em harmonia com suas terras. Assine
a petição abaixo para impedir que a lentidão da burocracia acabe com uma
comunidade tradicional:
http://www.avaaz.org/po/urgente_quilombolas_em_risco_c/?bxAUMab&v=16624
Cada vez mais temos visto que, quando nos unimos, movemos
montanhas e derrotamos gigantes. Vamos nos unir mais uma vez para garantir o
direito de terra da comunidade quilombola Rio dos Macacos e dar paz as famílias
que moram no local. Juntos podemos alcançar justiça!
Com esperança e determinação, a equipe da Avaaz
Caro Chassot,
ResponderExcluirjá firmei o protesto: esta é uma causa justa que merece a mobilização de todos os leitores.
Um abraço,
Garin
Mestre vou firmar meu apoio e passarei a solicitar o auxílio de todos que conseguir contatar até o término do prazo. É lamentável a indiferença humana a determinados valôres.
ResponderExcluirabraços
Anronio Jorge
Limerique
ResponderExcluirNum Brasil quase sem identidade
Prevalece interesses e maldade
Negros no seu pedaço
Têm que ceder espaço
E mais uma vez falta humanidade.
Grande Mestre Chassot!!!!
ResponderExcluirJá firmei meu protesto.
Saudades do Amigo.
Abraços,
Jaime Gross Garcia
É assim mesmo! Parece que ainda vivemos aquele período do PROGRESSO, onde até mesmo a poluição era minimizada em nome do crescimento a qualuqre custo. Lembro ainda da deçada de 1980, quando se vivia o drama de Cubatão, solapada pelas indústrias químicas. O jurássico José Sarney questionado sobre a poluição que as multinacionais na época traziam ao país, foi enfático: "Que venham as fábricas enfumaçadas, mas que tragam o progresso para o país!" Ou seja, parece que em muitos momentos revivemos o velho dilema maquiavélico de "os fins justificarem os meios". Quem sabe as Forças Armadas não conservem o velho pensamento?
ResponderExcluirAbraço do JB
Limerique
ResponderExcluirQue a marinha se faça ao mar
Pois seu destino é navegar
Não tente dar um tombo
No negro do quilombo
Que ali, sabemos, é seu lugar.