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sexta-feira, 21 de março de 2025

Quem se impõe a Trump no México?

 

ANO 16

21/03/2025

Livraria digital em www.professorchassot.pro.br

Quem se impõe a Trump no México?

EDIÇÃO

2812

Não fosse o exotismo da situação, muito provavelmente poucos leitores deste blogue  — inclusive eu  —  saberíamos o nome da Presidente do México e mais ainda, nos referiríamos à Cláudia como a Presidente de um dos mais importantes países do Planeta. Ora vence Trump com firmeza e democracia. 

O assunto, aqui e agora, é Cláudia Sheinbaum.

Ela atuou como Secretária do Meio Ambiente da Cidade do México de 2000 a 2006 durante o mandato de Andrés Manuel López Obrador como prefeito, e foi Prefeita de Tlalpan de 2015 a 2017. 

O Prêmio Nobel da Paz de 2007 foi compartilhado entre dois (1 o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (O grupo ganhou o Prêmio Nobel da Paz no qual Cláudia se envolveu, naquele ano) & (2 Albert Arnold Gore Jr., mais conhecido como Al Gore*. 

*Al Gore (nascido em Washington, 31 de março de 1948, político, empresário e ambientalista americano que atuou como o 45.º Vice-presidente dos Estados Unidos; Al Gore Jr "por seus esforços para desenvolver e disseminar maior conhecimento sobre as mudanças climáticas causadas pelo homem e para estabelecer as bases para as medidas necessárias para neutralizar tais mudanças"

Em 2018, Cláudia foi referida como uma das 100 Mulheres da BBC. 100 Mulheres é uma série multi-formato da BBC iniciada em 2013. A série examina o papel das mulheres no século XXI e inclui eventos em Londres, no México e no Brasil.

Em 12 de junho de 2023, Sheinbaum renunciou ao cargo de prefeita para buscar a indicação presidencial de Morena nas eleições de 2 de junho 2024. Em 6 de setembro, Sheinbaum venceu as primárias do partido sobre seu rival mais próximo, o ex-secretário de Relações Exteriores, Marcelo Ebrard. Venceu as eleições com 60% dos votos. 

Cláudia Sheinbaum Pardo nasceu na Cidade do México, 24 de junho de 1962, em uma família judia. Seu pai, o químico Carlos Sheinbaum Yoselevitz (1933–2013), era filho de imigrantes asquenazita provenientes da Lituânia na década de 1920. Sua mãe, a bióloga Annie Pardo Cemo (1940), é filha de pais sefarditas emigrados Bulgária e é professora emérita da Faculdade de Ciências da Universidade Nacional Autônoma do México. Seu irmão é físico.

Sheinbaum estudou Física na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), onde obteve um diploma de graduação (1989), seguido de um mestrado (1994) e um doutorado (1995) em engenharia de energia. Ela completou o trabalho de sua tese de doutorado em quatro anos (1991/94) no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley em Berkeley, Califórnia, onde analisou o uso de energia no transporte do México, publicou estudos sobre as tendências do uso de energia em edifícios mexicanos e obteve um Ph.D. em engenharia de energia e física.

Em 1995 ingressou no corpo docente do Instituto de Engenharia da UNAM. Ela foi pesquisadora do Instituto de Engenharia e é membro do Sistema Nacional de Investigadores e da Academia Mexicana de Ciências. Em 1999 recebeu o prêmio de melhor jovem pesquisador da UNAM em engenharia e inovação tecnológica.

Em 2006 Sheinbaum voltou à UNAM, após um período no governo, publicando artigos em revistas científicas. Em 2007, ela se juntou ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) nas Nações Unidas na área de energia e indústria, como coautora colaboradora do tema "Mitigação das mudanças climáticas" para o Quarto Relatório de Avaliação do IPCC. Em 2013, ela foi coautora do Quinto Relatório de Avaliação do IPCC ao lado de 11 outros especialistas no campo da indústria.

Prefeita da Cidade do México Em 1º de julho de 2018, Sheinbaum foi eleita para um mandato de seis anos como chefe de governo do Distrito Federal da Cidade do México, derrotando outros seis candidatos. Durante a campanha, Sheinbaum foi acusada pelo PAN de ser responsável pelo colapso de uma escola primária em um terremoto de nível 7,1 que matou 19 crianças em 2017. Ela se tornou a primeira da Cidade do México prefeita eleita e sua primeira prefeita judia. Depois de assumir o cargo de chefe de governo, Cláudia Sheinbaum foi ao Teatro da Cidade do México apresentar seu gabinete.

Em junho de 2019, Sheinbaum anunciou um novo plano ambiental de seis anos. Inclui reduzir a poluição do ar em 30%, plantar 15 milhões de árvores, banir os plásticos descartáveis ​​e promover a reciclagem, construir uma nova estação de separação de resíduos, fornecer serviço de água a todas as casas, construir 100 quilômetros de corredores para uso exclusivo de linhas de trólebus e o sistema Metrobús da Cidade do México e a construção e instalação de aquecedores solares de água e painéis solares.

Seu governo foi caracterizado por questões ecológicas e uma forte política social, criando infraestrutura (transporte para abrir os subúrbios, universidades, etc.) e distribuindo ajuda social nos bairros mais pobres. Em termos de segurança, a taxa de homicídios foi reduzida quase pela metade durante seu mandato.

Em setembro de 2019, Sheinbaum anunciou um investimento de 40 bilhões de pesos (US $ 2 bilhões) para modernizar o metrô da Cidade do México nos próximos cinco anos, incluindo modernização, reforço, novos trens, melhoria de estações, escadas, controle e automação de trens, informações do usuário e sistemas de pagamento.

Sheinbaum foi indicada pela City Mayors Foundation para o prêmio World Mayor em 2021 na América do Norte por lidar com a pandemia de COVID-19 no México.

Pergunta: Quando surgiu e como se divide estes dois grupos: judeus ashkenazim e judeus sefaradim?

Resposta: Após a destruição do primeiro Templo, aproximadamente em 450 Antes de Cristo, os judeus foram exilados para a Babilônia. Após 70 ano de exílio, muitos deles retornaram a Terra de Israel. Contudo, a maioria dos judeus permaneceu na Babilônia. Os judeus que se encontravam na Terra de Israel foram novamente levados a diáspora em 70 Antes C, desta vez pelos romanos. O exílio romano criou comunidades na Europa e no norte da África. As comunidades européias estavam concentradas na França, Espanha, Roma, e Alemanha. Os judeus da França e Alemanha ficaram conhecidos como "ashkenazim" (palavra hebraica para "alemão"), e os judeus da Espanha ficaram conhecidos como "sefaradim" (palavra hebraica para "espanhol"). Os judeus da Espanha, que permaneceram sob o Império árabe por centenas de anos, tinham conexão com os judeus do norte da África e no Oriente Médio, e assim os judeus destas regiões acabaram sendo sefaradim.

As diferenças de costumes entre as comunidades ashkenazi e sefaradi têm origem nas discussões de Halachá entre os rabinos das diferentes regiões, e algumas influências da cultura externa. Halacha é o conjunto de normas e leis que guiam os judeus na prática da Torá, tanto na escrita como na oral. Saiba mais sobre o significado, o sistema e a ética da halacha no judaísmo.

Posfácio 

  1. As diferentes citações desta edição deste blogue são quase  todas como fonte principal a Wikipédia. Mais que um continuado agradecimento, a carta do presidente ratificando que a Wikipédia NÃO está à venda. Tenho sobradas razões, para hoje  — mais uma vez  —  fazer uma doação por termos esta tão significativa Enciclopédia preciosa. 

  2. Não é possível conhecermos a Doutora Cláudia sem fazermos comparações com os políticos brasileiros. No México é provável há algo que se assemelhe

  3. Claro que nos encantamos com o slogan da sua campanha: “Para o bem de todos, os pobres em primeiro lugar”. Há que reconhecer que estamos longe de mestres e doutores em nossos parlamentos.

sexta-feira, 14 de março de 2025

O jovem pai salva o seu filho de cinco anos ou seu pai de 80 anos?

 

ANO 16

14/03/2025

Livraria digital em www.professorchassot.pro.br

O jovem pai salva o seu filho de cinco anos ou seu pai de 80 anos?

EDIÇÃO

2812

Esta blogada é tecida no embalar da celebração, do dia de ontem, quando evoquei o 64º aniversário de meu ser professor. Como preâmbulo narro, uma vez mais, uma historieta que me foi contada, já há algum tempo, pelo Prof. Dr. Nélio Bizzo* da USP. 


*UM MITO ANCESTRAL:

        Em um barco havia um homem com cerca de 30 anos, acompanhado de seu filho de 5 anos e de seu pai de 80 anos. O barco soçobrava. Só o jovem pai sabe nadar. Ele pode salvar apenas um. Quem ele salva? O menino? O velho?”

Na cultura africana, onde esta historieta tem sua matriz, o natural é que o velho seja salvo, por um único argumento: ele é  detentor de conhecimentos que são muito preciosos para toda a comunidade.

Há alguns anos narro esta historieta*, quando procuro motivar docentes e discentes à busca de saberes primevos para deles fazer saberes escolares. Parecia ser natural que usasse a mesma historieta quando buscava destacar a valorização de saberes, muitas vezes em risco de extinção, detidos pelos mais velhos. Para os estudantes, que assistem a minha fala, parecia natural que o jovem pai salvasse o menino. Afinal este, diferente de seu avô, tem toda uma vida pela frente. Todavia, na cultura africana, onde esta historieta parece ter suas raízes, é natural que o velho fosse salvo, por um único argumento: ele é o detentor de conhecimentos que são muito preciosos para toda a comunidade. De maneira usual o ensinar ocorria, naturalmente: os mais velhos sempre ensinavam os mais jovens. Estes consideravam os saberes ancestrais como verdades inquestionáveis.

Quando, agora reli o parágrafo anterior me deu uma tristeza de algo que parece  eu ter perdido: a sala de aula, não apenas por aposentadoria. Nas lives e mesmo nas aulas híbridas não ocorre mais ‘aquele contato’ com os alunos. Lembro o quanto curtia perambular entre os alunos em uma sala de aula… Lembro dos olhares cúmplices que trocava com quem meneava positivamente a cabeça; e também como fugia de quem enviava acenos de negação… Ora, isso não se faz mais. 

A cada momento, surge uma novidade que oblitera a sala de aula, na qual eu deambulei por mais de sessenta anos. Há não muito recebi dois convites para palestras. Redigia um sim muito entusiasmado. Soube, então, que devo fazer a palestra na minha casa, em momento que eu desejar, e encaminhar o link para a organização do evento para o qual fora convidado. Para quem e aonde vou falar? Não sei… É mais uma sala de aula que se esboroa silente.  

Dou-me conta que talvez esteja fugindo ao convite dos editores de conceituada revista que me convidaram para um texto. Quando já se tem mais de 60 anos de docência parece permitido sermos, vez ou outra, um pouco intimistas. Afinal as realidades daqueles que vivem agora as primícias da docência são diferentes daqueles que ora vivem o ocaso do inolvidável professorar. 


É preciso — aqui e agora — oferecer uma explicação aos meus atenciosos leitores. Buscara, na historieta de meu preludiar, dizer que este é um texto mal comportado. Ele foge à ortodoxia. Meus leitores já leram, inclusive escreveram, artigos científicos bem comportados. De maneira usual estes textos relatam uma pesquisa. Acerca destes artefatos culturais parece dispensável trazer comentários. Fiz, aqui e agora, apenas um preâmbulo. Em outro momento, prosseguirei com relatos. Até então!

*BIZZO, Nélio; CHASSOT, Attico; ARANTES, Valéria Amorim (Org). Ensino de Ciências: Pontos e Contrapontos, 192p. São Paulo: Summus, 2013. ISBN 978-85-323-0891-7)

sexta-feira, 7 de março de 2025

Por que este ano o carnaval é mais tarde (03/03)?

  07/03/2026 Sexta-feira, 07 de março de 2025// Ano 16<> Edição 2811

Preliminarmente devo trazer uma notícia indigesta: não realizei a disfunção que na pretérita sexta-feira, 28/02,  agastou e terminou sem encerrar a última blogada do primeiro bimestre de 2025. Tento uma recuperação.

Não raro sou criticado por ser por demais igrejeiro em muito dos temas aqui assuntados. Justifico quando  me refiro que estudo (também) Ciência e Religião. Nesta edição que escrevo acerca do Carnaval (na última terça-feira 04/02 os assuntos vêm a calhar. Eis uma questão: Por que a data do Natal (25 de dezembro) é fixa e a data da Páscoa é móvel(entre 22 de março e 25 de abril)? Mais uma interrogação: Por que este ano o carnaval é bem mais tarde (03/03)?  Nos 16 anos deste blogue ofereci textos a fruir a quase cada ano.

O plenilúnio (palavra com sonoridade ímpar que traduz um fenômeno astronômico que não raro nos embriaga no mundo da lua). A Páscoa ocorre sempre na primeira lua cheia do equinócio de primavera no Hemisfério Norte (ou de outono no Hemisfério Sul). Como o calendário lunar é independente do calendário solar, vemos que essa variação é de trinta e quatro dias, ou seja, cinco semanas menos um dia. Como o equinócio (quando temos o dia com 12 horas de sol e 12 horas de noite) de outono (no Hemisfério Sul) é em 22 de março, há a possibilidade de variação entre 22 de março e 25 de abril.

Ainda com ações restritas no computador, encerro este registro com convite aos crentes a que se integrem aos habitantes do Planeta em orações pelo restabelecimento da saúde do Papa Francisco e aos não crentes lembrar que torcer é uma maneira agnóstica de rezar. Torçamos pelo batalhador da Paz na Terra.


sábado, 1 de março de 2025

Por que este ano o carnaval será bem mais tarde?

28 fevereiro de 2025// Ano 16<> Edição 2809

Fevereiro se esvaziava: o primeiro bimestre de 2024 terminava e começava o mais extenso feriadão do ano começava.

Pergunta capital: Por que este ano o carnaval era bem mais tarde? Nos 16 anos deste blogue oferecia textos a fruir a quase cada ano. Tudo pronto para simplesmente aguardar o pôr-do-sol para a desejada postagem.

O plenilúnio (palavra com sonoridade ímpar que traduz um fenômeno astronômico que não raro nos embriaga no mundo da lua).

A Páscoa ocorre sempre na primeira lua cheia do equinócio de primavera no Hemisfério Norte (ou de outono no Hemisfério Sul). Como o calendário lunar é independente do calendário solar vemos que essa variação é de trinta e quatro dias, ou seja, cinco semanas menos um dia. Como o equinócio (quando temos o dia com 12 horas de sol e 12 horas de noite) de outono (no Hemisfério Sul) é em 22 de março, há a possibilidade de variação entre 22 de março e 25 de abril.

Num momento quase mágico desaparecem todos os arquivos gestado durante horas. Não consigo recuperar o produzido.



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Três verbos: LER / ESCREVER / EDITAR

ANO 16

21/02/2025

Agenda de Lives em página

www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO

2010


O monumento aos livros está em Morro Reuter, próximo a Porto Alegre. 72 livros

Estamos já vivendo a última semana de fevereiro. Estou com livros a mancheia. Três verbos determinam meu viver como homo librorum nesses meus novos tempos de neo-aposentado: ler, escrever e publicar. Os dois primeiros preenchem quase exclusivamente o meu/nosso quotidiano. O que estamos fazendo agora? Lendo  e/ou escrevendo! 

O terceiro: quantos de nós já não sonhou ser um editor? Muito provavelmente ser editor de um blogue é uma maneira ‘pequena’ de realizar este sonho reprimido. Ler também os nossos escritos nos faz editores! Ler os comentários laudatórios de nossos colegas nos faz quase detentores do Nobel de Literatura.

Faço uma experiência: edições menores; edições trazidas de excertos de edições grandes. Agora os dois momentos já anunciados. Um dos momentos preencheu meu fim de semana e ainda se espraia pelos dias que fluem. O terceiro (publicar) ainda me interroga. É irrespondível.  Eis um teste:

No sábado, um passarinho, ainda implume, caiu no foyer pela chaminé da lareira, de provável ninho no piso superior. Não voa ainda, mas se adonou e marcou sua presença em peças da casa. No domingo, com orientações de distantes pontos do país recebi recomendações para hidratá-lo e alimentá-lo. Não tive muito sucesso. Acolchoei-lhe uma caminha. Na manhã de segunda-feira, anunciei aos meus parceiros salvacionistas que o frágil passarinho fora a óbito. Engano meu. Ao ascender para dar-lhe sepultura no jardim, manifestou-se piando a doer. Então, de vez em vez, ofertei-lhe uma solução hidratante, leite morno, pirão... Não fui hábil. Penso que a oferta não foi aceita. À tarde, na expectativa que seu piar chamasse sua mãe (depois me disseram que as mães não reconhecem filhotes que foram tocados por humanos e os deserdam), levei-o a um tomar um sol, entre nuvens, nada intenso. Foi fatal. Ele morreu. Dei-lhe sepultura sob uma lápide, onde penso que vejo escrito este memorial. Sofri. Sofro. Eu não mato uma das milhares de drosophilas que se apossaram de minha cozinha, ajudei a matar um passarinho ainda implume (levando-o ao sol).

Agora um interrogante fulcral: como o episódio do frágil filhote e os cruéis crimes contra a humanidade em centros de extermínios se entretecem. Parece que não preciso responder. Até a vindoura sexta-feira.