Ano
6*** Porto Alegre ***Edição
2185
Depois de oito dias (5 em Salvador + 3 em Buenos Aires)
consecutivos usando redes de internet sem fio precárias e buscando acessos em
lobbies de hotel, parece quase um êxtase estar em casa e ter conexão sem
colocar senhas, que na maioria das vezes não aceitas. Ainda, em blogada
recente, comentei acerca de nossas ‘dependência’ com internet.
Hoje, em um hotel, melhor que uma cama confortável ou um
banho reparador, ter uma conexão que funciona passou a ser preferível. O
detalhe de se dever ir lobby, depois de um dia de atividades é um complicador,
que tem a dificuldade aumentada quando há uma gurizada fazendo reportagens para
terceiros pelo Facebook.
Assim curto mais uma vez ‘a minha’ rede. Há sensação de
proprietário me faz abonado. É fácil entender — mas, não justificar — os
latifundiários.
Esta abertura, ainda sem direção, faz aflorar uma
pergunta em duas dimensões: nosso estresse/nossa (quase) angústia em não estar
conectados deve-se: A) ¿ao nosso não saber dos outros? B) ¿aos outros não
saberem de nós?
Esta sensação de estar quase náufrago em um
mar encapelado, inexistia há 10 anos. Quando se está tentando uma conexão,
talvez ícone mais olhado seja aquele triângulo retângulo formado (idealmente)
por cinco barrinhas, embaixo no canto direito, próximo ao relógio. Quantas
vezes, nas conexões débeis, há apenas uma ou duas barrinhas. Quando tentamos uma
conexão estabelece-se um rodar que beira à eternidade, enquanto espera para
converter-se no desejado triângulo, que se sonha não venha com um impeditivo
amarelo ferreteado.
Em nossas andanças este hoje é um dos símbolos indicativos
mais desejados: ele está em aeroportos, rodoviárias, trens, ônibus...
Apesar de o termo Wi-Fi ser uma marca registrada pela
Wi-Fi Alliance, a expressão hoje se tornou um sinônimo de tecnologia que
permite a conexão entre diversos dispositivos sem fio. Amplamente utilizado na
atualidade, a origem do termo, diferente do que muito acreditam, não tem um
significado específico.
A expressão Wi-Fi surgiu como uma alusão à expressão High
Fidelity (Hi-Fi), utilizada pela indústria fonográfica na década de 50. Assim, o
termo Wi-Fi nada mais é do que a contração das palavras Wireless Fidelity, algo
que se traduzido não representa muito bem a tecnologia em questão.
Um logo ainda
mais desejado que o anterior é este, que indica que estamos em zona na qual não
se precisa pagar para usar internet.
A cobrança de internet nos hotéis não tem lógica, pois não há consumo de nenhum bem material. Seria racional — mas claro que não defendo isso — que hotéis cobrassem pelo consumo de água ou energia elétrica, pois nessas situações há um consumo material. Não seria um despropósito se um hotel cobrasse pelo uso de elevador, tendo taxas diferenciadas pelo número de andares utilizados. Hoje há campanhas como esta. Tomara que isto se torne realidade.
A cobrança de internet nos hotéis não tem lógica, pois não há consumo de nenhum bem material. Seria racional — mas claro que não defendo isso — que hotéis cobrassem pelo consumo de água ou energia elétrica, pois nessas situações há um consumo material. Não seria um despropósito se um hotel cobrasse pelo uso de elevador, tendo taxas diferenciadas pelo número de andares utilizados. Hoje há campanhas como esta. Tomara que isto se torne realidade.
Bom dia mestre Chassot, entre as suas varias qualidades que admiro uma é este domínio desta nova tecnologia. Confesso ainda sou como um dinossauro tentando andar de skate. No falecido "orkut" perdi muitos amigos, pois ao responder-lhes suas mensagens na realidade as enviava a mim mesmo. Quando descobri minha gafe, já era tarde, meus amigos internautas esvairam-se acreditando-se preteridos. No blog do mestre mesmo, logo nbo início fiz uma longo comentário sobre o euro que até minha filha recebeu, menos o senhor. Mais como já disse Comte a evolução é positiva, e eu estou evoluindo.
ResponderExcluirabraços
Antonio Jorge
Muito estimado Antonio Jorge,
Excluirhoje nossos filhos e netos dominam as tecnologias melhor que nós. Têm outra história;
Rm compensação, tu que resolveste voltar à sala de aula com uma gurizadinha, dás de 10 a zero na piazada em cultura geral, por exemplo. Há assuntos que nós mais anosos precisamos aprender, outros. Nem adianta querer.Eu nunca serei capaz de andar de skate ou tocar violão.
Mas já aprendi bastantes (falta muito) a usar o iPad.
Obrigado pelo teu estar aqui no nosso cotidiano,
attico chassot
ps: quando posto pelo laptop os erros de digitação são inevitáveis, prática de teclar com força herdada da velha máquina de escrever
ResponderExcluirAntonio Jorge
Muito atento comentarista Antônio Jorge,
ResponderExcluirDepois de teu comentário, reescrevi os dois últimos parágrafos que estou atualizando em mensagem para ti:
Um logo ainda mais desejado que o anterior é este, que indica que estamos em zona na qual não se precisa pagar para usar internet.
A cobrança de internet nos hotéis não tem lógica, pois não há consumo de nenhum bem material. Seria racional — mas claro que não defendo isso — que hotéis cobrassem pelo consumo de água ou energia elétrica, pois nessas situações há um consumo material. Não seria um despropósito se um hotel cobrasse pelo uso de elevador, tendo taxas diferenciadas pelo número de andares utilizados. Hoje há campanhas como esta. Tomara que isto se torne realidade.
Obrigado por seres meu leitor,
attico chassot
Caro Chassot,
ResponderExcluirontem foi um dia complicado para mim. Participei de uma reunião de dia inteiro em São Paulo o que, mesmo com internet grátis me deixou "desconectado" da Rede já que precisava estar conectado à reunião - fiz o papel de fiel cronista (secretário de atas). Hoje, de volta à Torres, consigo ler e comentar as tuas postagens com mais calma.
O que outrora era quase um "desespero" para nossos pais durante uma viagem, conseguir alimento e boa água, hoje, para a nossa geração (e para as seguintes, quem sabe?), é o acesso à Rede. Isso me faz lembrar dos avanços conquistados a partir do empenho e da preocupação dos nossos antepassados, sonhando com um mundo mais desenvolvidos para seus filhos. Acho que precisamos dizer repetidamente: obrigado mamãe, obrigado papai.
Bom retorno à Internet latifundiária!
Um abraço,
Garin
Limerique
ResponderExcluirChassot? não existe onde ele não vai
De seus discípulos é mestre e pai
Contudo nem sempre ganha
As vezes ele apanha
Enfurece em local que não tem Wi-fi.
Ave Chassot,
ResponderExcluirentendo teu desespero. Estou em meio à Mata Atlântica com velocidade de internet precária. Por isso ando sempre com meu palitinho de 3G...
Já penso no banho e na cama de minha casa. Viajar é bom por muitas coisas, uma delas é chegar em casa.
Amanhã retorno.
Abraços!
Querido Attico,
ResponderExcluirontem lembrava de minha adolescência, quando não utilizávamos celulares e/ou internet. Hoje, se algum dos dois não funciona, nos sentimos perdidos e isolados no mundo conectado.
Tive a (infeliz) experiência de passar três dias sem internet na semana passada. Perdi as contas do número de ligações efetuadas para a operadora a fim de sanar o problema.
O que nos aconteceria se, repentinamente, a internet e a telefonia celular deixasse de funcionar por 48 horas? Podemos imaginar uma pane no sistema de satélites provocada por uma tempestade solar (existem algumas previstas para 2012). O que isso significaria em um mundo conectado?
Em tempo, ontem parece que o Google sofreu algum tipo de ataque, já que o serviço Google Talk foi derrubado pela manhã e várias pessoas relataram problemas no sistema de buscas durante o período da noite. Esperemos que não ocorra o dia em que as máquinas passem a controlar esse sistema e ele passe a denominar-se Skynet....
Abraços,
PAULO MARCELO