TRADUÇAO / TRANSLATE / TRADUCCIÓN

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

29.- Homenagem estética, contemporânea, irreverente e bela.



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A vida me tem brindado com momentos emocionantes! Estive por menos de 30 horas em Belém do Pará. Nesta segunda-feira, 25/11, fiz duas palestras em 2 momentos e locais diferentes na UFPA. Pela manhã fiz a palestra de abertura de dois eventos: IV Congresso Nacional de Ciências Naturais e do VI Encontro Nacional do Estudantes de Ciências Naturais. À tarde falei em um dito (re)encontro com o IENCI / Instituto de Educação Matemática e Científica.
Nos dois momentos o tema das falas foi o mesmo: Assestando óculos para ver o mundo natural. Pela manhã, um ato solene com autoridades acadêmicas e hino nacional. À tarde, a informalidade definida pela presença de pessoas próximas: imaginem eu vendo, na plateia lotada luminares como a Professora Terezinha Valim e os professores Jerônimo e Licurgo. Tinha porquê me achar um pouco em casa.
Nos dois momentos muito queridas tietagens que um professor pode receber: filas que resultaram em dezenas de pedidos de fotos. Autografei sacolas, blocos, cadernos, crachás... Fiz dedicatórias em cerca de 50 dos meus seis títulos em circulação.
Parecia que tinha amealhado tudo para rotular a uma já quase conclusa segunda-feira como um dia marcado pelo exercido pleno da cidadania de um educador politicamente engajado, pois trouxera nas duas palestras excertos da Encíclica Laudato Si’ como antídotos às políticas bolsonaristas agressivas a cuidados em nossa casa comum: o Planeta Terra. Isto na Amazônia tem dimensões à beira de uma catástrofe.
 Quando me imaginava farto dos melhores momentos de quem sabia que no dia seguinte teria que levantar às 3 horas, surge um sumarento imprevisto: fui convidado pelo Centro Acadêmico da Licenciatura de Química/CALQUI da Universidade Federal do Pará Câmpus no Guamá para uma homenagem:
Houve então momento inenarrável, mas em algumas fotos se pode inferir um pouco desta homenagem que foi algo emocionante. Qual o impacto que assola alguém ao ver de maneira inesperada sua imagem em um imenso mural?
Meus olhos embaçaram.
Solicitado a apor minha assinatura no mural, onde também havia uma homenagem a Marie Curie, tive muitas dificuldades.
Parece que a Michele Sato, da UFMT, sintetizou a homenagem com expertise: estética, contemporânea, irreverente e bela. Mesmo que eu não saiba dizer qual resultado da assemblage destes quatro adjetivos aportados pela Michele.
O mural também homenageia Marie Curie
Maria Curie com tubo de ensaio


Dentre os alunos promotores do impactante mural nenhum me conhecia pessoalmente. Foram unânimes no destacar o quanto meus textos (em livros e artigos de revistas) são muito significativos na formação de professoras e professores de Química e por tal fui escolhido para ‘estar’ no CALIQ.
*



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Sirvo-me da oportunidade para informar ao ministro a educação (Sim! Com letras minúsculas) que não vi obscenidades nas paredes como as alardeadas pelo seu abraham weinsauer (vinho azedo) ou plantações de maconha no Centro Acadêmico ou em qualquer pontos do amazônico câmpus do Guamá.
Depois destes momentos sumarentos que me ensejou um bate-volta à Belém, já vislumbro a próxima semana na qual, mais da metade, viverei em Marabá. Este fim de semana viverei que nem piá em véspera do passeio anual da escola. Para a próxima segunda-feira está agendada uma aula na UAM/ Universidade do Adulto Maior do Instituto Metodista IPA. O atencioso convite é da Professora Vera Maciel Coordenadora da UAM, catalisado pela Sônia, que foi minha ex-aluna na UAM.
Entre os diferentes espaços acadêmicos nos quais exerci a docência aquele do qual mais tenho saudades provavelmente são os 12 semestres (2010-2015) que fui professor na UAM. Esta também foi a razão de muito sofrimento (talvez, o maior em quase 60 anos de magistério) quando se iniciava a quaresma 2016.
Sou enternecidamente expectante pelo primeiro dia útil do último mês deste ano tão tétrico para educação brasileira.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

22.-- Como foi a viagem? / Como foi de viagem?


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Os dois interrogantes que se fazem título da penúltima blogada deste festivo e memorável novembro estão muito no nosso cotidiano. Quase me atreveria dizer (Daniel, SOS!) que eles podem definir diferenças (não disse níveis!) no uso da língua culta.
Um e outro dos interrogantes parece merecerem duas avaliações, pelo menos assim me afiguram. Em uma das avaliações o inquiridor quer saber dos translados (o corretor insiste que deva escrever traslados!) para ir e vir de uma viagem. Em outra, parece se quer saber acerca do como foram os fazeres em função dos quais se viajou.
Esta manhã quando a dona Ceni me perguntou: Como foi de viagem? Eu contei que na ida, na escala em Brasília, depois de ficarmos uma hora embarcados em um avião sem ar condicionado, com promessas a cada 10 minutos que o problema estava sendo resolvido, fomos convidados — depois de uma hora — a desembarcar e caminhar com mochilas pesados distâncias extensas na busca de outro portão para sermos reembarcados. Disse que na volta os transtornos foram mais emocionantes: no voo de duas horas entre Cuiabá e Guarulhos, depois de mais de meia hora de voo foi pedida a colaboração de médicos presentes no voo, pois era necessário prestação de socorro a passageiro. Durante o atendimento éramos mais de duas centenas de passageiros interrogantes. Depois do transcurso de dezenas de minutos, fomos informados que retornávamos à Cuiabá. Partimos, uma vez mais, à Guarulhos duas horas depois. Claro que com isto perdi a conexão para Porto Alegre. Afortunadamente havia um voo 2,5 horas depois. Parti em hora que há muito já estaria em casa. Cheguei quase duas horas de quarta-feira (mais de 11 horas depois de ame presentar no aeroporto para embarque) e ainda sem minha mala, que só foi me entregue 20 horas depois. Dona Ceni, que nunca andou de avião, achou significativo manifestar seu dó, pelos meus dissabores.
Para a Luciana, que perguntou: Como foi a viagem? Contei das palestras, das aulas e, detalhei a defesa da Patrícia, cujo objeto de pesquisa já está farta de ouvir.
No projeto de tese apresentado à qualificação pela Professora Patrícia Rosinke (UFMT/campus Sinop) no dia 18/11/2019 depois de ter sido submetidas em duas pré-qualificação, nos Seminários 1 e 2 em Manaus em 2018 e 2019, nesta segunda-feira se trouxe a proposta de se examinar o quanto são tênues os limites entre o sagrado (religião) e o profano (ciência) — ou entre o ensino de ciências e o ensino religioso. Há uma situação aparentemente exótica: na catedral católica romana de Sinop, 4 entre 7 painéis (8 x 6,5 m) recorrem a representações iconográficas dos quatro elementos alquímicos (água, ar, fogo e terra) para se fazer a representação do sagrado marcando não apenas o tetramorfo dos quatro Evangelistas (Lucas, Mateus, Marcos e João), há, ainda, um tetramorfo formado pelos quatro animais, que segundo Ezequiel, profetizam os quatro evangelista na mesma ordem antes citadas, (touro, homem, águia e leão); um observador mais atento encontra nos painéis os 4 dogmas marianos (imaculada concepção, mãe do salvador, sempre virgem e assunta ao céu com corpo e alma) localizado cada um em um dos quatro pontos cardeais.
Nessa Tese trazemos algo original ou pelo menos não muito usual em teses doutorais: é de senso comum que uma tese é uma construção coletiva envolvendo o doutorando e o orientador. Fizemos isso mais evidente como uma ‘assemblage’ com textos da doutoranda e do orientador, como um vinho (no sentido mais usual) de diferentes cepas..
A pesquisa tem como sujeitos colaboradores licenciandos do curso de Ciências Naturais com habilitação em Química, da UFMT de Sinop/MT. Parece não existir nenhuma produção acadêmica acerca dos quatro elementos em espaços sagrados, também parece que não há nenhuma pesquisa acerca dos painéis da catedral de Sinop, MT. As considerações preliminares nos permitem afirmar que: o tema é importante na formação de professores de Ciências/Química; de acordo com as justificativas, principalmente porque ciência e religião são onipresentes em nossas vidas e por considerar a escola um espaço fundamental na formação dos sujeitos, sendo as aulas de Ciências motivadoras de discussões sobre a vida e seus fenômenos. Assim, já nos primeiros olhares – que somos induzidos a confirmar a nossa tese, de que são muito tênues os limites entre o sagrado e o profano, ou entre a religião e a ciência.
Geison (IFMT) Patricia (doutoranda) Chassot (Unifesspa), Gladys (Coordenadora do Programa, Marcel (UFMT)
A tarde foi preenchida por extenso tempo de aprender com a qualificação da tese de doutorado da Patrícia que foi aprovada por unanimidade pelos dois professores presentes Professor Geison Jader Mello do Instituto Federal de Mato Grosso e professor Marcel Thiago Damasceno Ribeiro da Universidade Federal do Mato Grosso e por três pareceres enviados: professor Helder Eterno da Silveira da Universidade Federal de Uberlândia, professora Patrícia Macedo de Castro Universidade Estadual de Roraima e professor Felício Guilardi Junior da Universidade Federal do Mato Grosso Câmpus Sinop. Os cinco pareceres foram unânimes em reconhecer a pertinência e a importância da tese proposta e as qualidades teóricas da mesma. A proposta de fazer uma ‘assemblage’ ao que parece por ser inédita na academia foi muito elogiada. Agora há pela frente a extensa apropriação das sumarentas contribuições da banca e elaborar a versão para a defesa final.

sábado, 16 de novembro de 2019

15.- -Uma comemoração espraiada



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Dentro da escancarada preferência pelos números redondos (e, por tal me condoo com os números primos) as evocações dos oitenta anos do 06/11/1939 foram espraiadas. Primeiro se falou na duração de um kerb, depois em um tríduo, depois uma novena e logo já era dezena e agora, depois da emocionante comemoração desta quinta-feira, na Unifesspa, em Marabá PA, já se beira à quinzena.
Já na edição anterior comentei proto-celebrações e dei destaque àquela que deveria fazer a clausura comemorativa: a recepção, no Vale dos Vinhedos a minhas duas filhas, meus dois filhos, dois genros, duas noras, quatro netas e quatro netos, desde o começo da tarde de sexta até o meio dia de domingo. Descemos a serra dando por encerrada as comemorações. À madrugada de segunda-feira, já como um oitentinha assumido fui de Porto Alegre à Marabá em longas doze horas.
Semana era curta, por ter feriado. Mas em três dias se produziu uma agenda sumarenta:
i)              nas manhãs de terça e quarta, dois turnos de aulas na Licenciatura de Ciências da Natureza, com encerramento em grande estilo de uma experiência que parece inédita no ensino de graduação, marcada densamente no compartilhar a direção da sala de aula com a pedagoga Ana Clédina.
ii)             nas tardes de terças e quinta, dois turnos de aulas para encerrar a componente curricular tendências para o ensino de Ciências no Programa de Pós-graduação de Educação em Ciências e Matemática, com o frutuoso compartilhamento da sala de aula com minhas colegas Alessandra e Danielle.
Além destes quatro turnos de aulas, ainda proferi duas palestras, ambas com prelúdio e posfácio da encíclica Laudato Si’ trazido s como antídoto às politicas ambientais do governo bolsnarista. Também referi que meu presente de aniversario foi a notícia de Lula Livre:
a)    Na noite de terça-feira no II ENCONTRO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA dentro de promoções do PARFOR, fiz para cerca de uma centena de professoras e professores a palestra Assestando óculos para olhar o
mundo natural
b)    Na noite de quarta-feira, participei do lançamento dos colóquios da Faculdade de Química do INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS o primeiro com a marca dos 150 anos da Tabela Periódica e o ensino de Ciências na Amazônia Oriental. Na sessão, que iniciou com a execução do hino nacional em idioma Kaiapó, fiz a fala 2019 ANO INTERNACIONAL DA TABELA PERIÓDICA, para mim inédita.
Como sobremesa registro o ocorrido da aula de quinta-feira: Quando entro na sala de aula, para a última atividade do componente curricular tendências do ensino de ciências, sou surpreendido com uma linda mesa montada por mais mais de uma dezena de professores e alunos emocionados cantando parabéns para você eu não tive palavras para agradecer. Chorei. Destaque maior foi uma linda tortas entre bolos, refrigerantes e sucos. Nesta havia reprodução de capas de dois de meus livros Alfabetização Científica e A Ciência é Masculina? Também havia símbolos de diferentes elementos da tabela periódica e o detalhe era maior para um óculo fazendo referência a uma das palestras que mais tenho feito assestando óculos para ler o mundo. Houve momentos de confraternização e e recebi de todos os manifestantes muito carinho pelo aniversário no qual era ungido como oitentinha.
Esta edição é postada tardiamente desde Cuiabá, onde cheguei na noite de sexta-feira, para na tarde de segunda-feira participar da qualificação de minha orientanda Patrícia Rosinke que apresentará à banca a tese doutoral OS QUATRO ELEMENTOS: TERRA, ÁGUA, AR E FOGO - Um tetramorfo envolvido em um tênue limite entre o sagrado e profano.

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

08.- 06/11/1939 UMA DATA ESPECIAL



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Esta postagem entra em circulação nesta sexta-feira, 08/11, quando ainda vivo no esteirar da última quarta-feira. Então evoquei outro 6 de novembro: 06/11/1939. Esta é minha DN. Talvez, a informação que me é mais solicitada, quando preencho qualquer documento. Mas este ‘seis de novembro’ este ano tintou-se -- melhor seria dizer tinta-se, pois nesta sexta-feira começa a ocorrer uma muito significativa comemoração, que já se espraia há pelo menos por uma semana quando, no sábado passado de Passo Fundo vieram a Clóvia, o Fábio e a Alice com presentes, jantar que incluía uma torta com velinhas acende-apaga. Desde o começo desta tarde, a Danila e eu recebemos no Vale dos Vinhedos minhas duas filhas, meus dois filhos, dois genros, duas noras, quatro netas e quatro netos.
Não resisto fugar quatro linhas do texto para referir que o verbo espraiar, que há muito aprendi com o companheiro Olívio Dutra (bons tempos àqueles que tínhamos um Governador formado em Letras), antes tão poético ficou um tanto besuntado e mal cheiroso desde o que ocorre nas praias nordestinas.
Adicionar legenda
Mas este 6 de novembro de 1939 é muito especial. Acabo de aprender que 6 de novembro é o Dia do Sorriso. Ele não é singular, pois tem duas dimensões díspares: uma a nível micro e outra a nível macro.
Nasci em 06/11/1939, em Estação Jacuí. Era o primogênito dentre sete filhos. Deduzo que era muito esperado. Meu pai no mesmo dia foi à Restinga Seca, então distrito de Cachoeira do Sul, certamente conseguindo uma carona em trem, pois era marceneiro da Viação Férrea e fez o registro 5555 no Cartório Magoga. Era o dia que me inaugurava na vida cidadã. Assim, na última quarta-feira eu completei a minha 80ª volta ao redor do Sol. E no menosprezar os números primos, há que se celebrar os números redondos.
O motivo destas estendidas comemorações é celebrar a vida que me tem sido tão generosa e tão plena de saberes e de sabores. É muito bom poder viver cercado de muitas pessoas que me amam e que eu amo muito. Isto é motivo suficiente para acarinhar e ser acarinhado.
Também pelos múltiplos acarinhares me sirvo deste texto para agradecer as inúmeras manifestações de júbilo por eu me tornar oitentinha. Eram amigos próximos que tinham adesão de dezenas de pessoas que são meus leitores, alun
os, orientados, ex-alunos... que agradeciam desejavam a continuidade de meus fazeres. Mensagens nas redes sociais, telefonemas, mimos... são tantos que peço considerem a minha gratidão. Reconheço que com tantos prognósticos promissores ofertados é muito bom fazer 80 anos.
Este mesmo 06/11/1939 que aqui e agora enseja celebrações tem outra marca dolorosa, não de alegria, mas de luto. Não apenas enlutamento por quase duas centenas de professores universitários que foram exterminados e que se narra a seguir. Mas, e especialmente nestes tempos tumultuosos nos deve servir de alerta situações de governos nazifascistas em diferentes geografias. Eis um exemplo do que acontecia há 80 anos e que alguns ensaiam repetir.
A nível macro, desde janeiro de 2015, quando estive na Polônia, pela primeira vez, o dia do meu nascimento se tintou de luto e dor. Quando visitei uma das mais antigas universidades da Europa, ao lado das muitas exposições era me recordado um fato que conhecera dias antes no Museu Oskar Schindler: no dia 6 de novembro de 1939, os nazistas, que desde 01 de setembro de 1939 ocupavam a Polônia, convocaram os professores e cientistas mais eminentes da país para uma aula inaugural na Universidade Jagiellonian. Em sua totalidade, os 184 que atenderam a convocação, foram presos e deportados pelos nazistas para campo de concentração onde foram mortos. O meu 6 de novembro de 1939 ficou muito diferente.

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

01.- Acerca de uma láurea: Pena libertária



ANO
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EDIÇÃO
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Na semana passada postergara, pela segunda vez (a primeira fora no dia 18, quando tentei narrar as emoções do Círio de Nazaré –- e foi quando iniciava o mesmo que recebia a noticia de minha premiação com a Pena Libertária) pois na ultima sexta-feira, dia 25, vivia as densas emoções de encerramento do 39ºEDEQ, na Univates em Lajeado que quase se fundia com X EPPEQ, na UNESP em Bauru. Assim, ajudado pela assessoria de imprensa do Sinpro/RS assesto luzes na outorga da 22ª edição da láurea: Pena libertária.
A cerimônia de entrega do troféu Pena Libertária aos vencedores ocorreu na noite da sexta-feira, 18, na sede estadual do Sinpro/RS, em Porto Alegre. Das 70 indicações, os vencedores se destacaram pelo compromisso com a educação de qualidade, com o desenvolvimento da cidadania e com o acesso ao conhecimento, segundo a comissão julgadora.
 “Educação é resistência, é luz, é reflexão, é esclarecimento, é alento. E é na escola que podemos transformar, que podemos criar espaços, que podemos ousar, que podemos ter esperança na dimensão política do termo, de forma justa e democrática”, destacou a professora Margot Andras, coordenadora da premiação, instituída pelo Sinpro/RS em 1998.
Os vencedores da edição de 2019 nas três categorias foram: PROFISSIONAL – Attico Chassot – Porto Alegre, PROJETO – HIP HOP nas Escolas – Caxias do Sul e INSTITUIÇÃO – Escola Estadual Indígena Karai Arandu – Viamão.
Destaco, ainda ajudado pelo que foi divulgado pelo Sindicato dos Professores algo acerca das meritórias ações, dos que comigo foram laureados. Aditando que para mim, especialmente pelo que vimos e ouvimos acerca dos dois premiados. me fiz orgulhoso por ter tão destacadas companhias ao meu lado, quando vivia momentos inéditos quase no ocaso de 59º ano enquanto professor.
PROJETO – HIP HOP nas Escolas – Caxias do Sul
O movimento hip hop é a configuração de forças. MC, DJ, breaking e grafite reunidos afirmam a emergência de caminhos da arte para a o exercício da cidadania. É nesse contexto que o projeto HIP HOP NAS ESCOLAS se apresenta para o desenvolvimento de habilidades e competências dos alunos das redes pública e privada – ensino fundamental e médio de Caxias do Sul. Capitaneado pelo rapper CHIQUINHO DIVILAS — incansável ativista do papel cidadão da arte, o HIP HOP NAS ESCOLAS movimentou cerca de 2,5 mil alunos de sete instituições educacionais neste ano, desenvolvendo o empoderamento e a cidadania, discutindo temáticas a partir da participação nas diversas oficinas que o projeto oferece. HIP HOP NAS ESCOLAS contou com as parcerias do DJ MUZAK, para a oficina Discotecagem Profissional; do B-BOY GEOVANI E GREGORI para a oficina de Dança; do DJ Hodd para a oficina de DJ; do jornalista CARLINHOS SANTOS para a oficina de ‘Conhecimento, falando sobre proatividade’; e do músico e produtor LUCIANO BALEN, do Dua CCOMA para a oficina de Liderança. A produção geral é de Daiane Luza. Também participam do projeto os músicos Rafael, Boni e Rodrigo Morales. O conhecimento, a expressão escrita, as artes plásticas e a dança apreendidas no âmbito do Hip Hop prestam-se como competências para a ampliação da compreensão do mundo.
INSTITUIÇÃO – Escola Estadual Indígena Karai Arandu – Viamão
A Escola Estadual Indígena KARAÍ ARANDU – que significa “sábios” em português – pertence à comunidade da Terra Indígena JATA’ITY, na região do Cantagalo, em Viamão. Cercada por morros e vegetação densa, a comunidade conquistou a demarcação dos 268 hectares de terra indígena nos anos 1980. Reúne 42 famílias. Regulamentada pelo MEC há três anos, a escola KARAÍ ARANDU existe desde 2002 e conta, atualmente, com 135 alunos – educação infantil, ensinos fundamental e médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA); e 3 funcionários e 12 professores. O diretor da escola MARCO SOZO diz que os guaranis mais velhos entendem que as crianças devem estar preparadas para enfrentar a cultura externa. Os estudantes não vêm para serem educados, mas para adquirirem conhecimento. A KARAÍ ARANDU é a maior escola guarani do Rio Grande do Sul se tornou a primeira escola indígena do Estado a comprar alimentação da própria aldeia. A responsabilidade é destinada às famílias que acessaram o Bloco de Produtor Rural e agora fornecem alimentação escolar através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
PROFISSIONAL – Attico Chassot – Porto Alegre
Professora Margot Andras, da direção do Simpro RS, entregando a láurea
O Sinpro/RS divulgou uma bem posta síntese biográfica de minha vida acadêmica, na qual fica evidenciada ser a Universidade Federal do Rio Grande do Sul minha alma-mater. Fiz na UFRGS minha graduação (Licenciatura em Química) Mestrado em Educação e doutorado em Ciências Humana. Fui professor nas quatro categorias de Auxiliar de Ensino a Professor titular (atualmente aposentado) do Instituto de Química, na primeira e última, por concurso público.. Trabalhei, ainda, enquanto aluno do curso científico, por dois anos no Restaurante da Reitoria.
P
reciso registrar o quanto vivi (ainda vivo) emoções muito fortes pela premiação. Sou grato ao Sinpro/RS pela iniciativa. Mesmo que por muito tempo lecionasse em Universidade Pública, com orgulho vinculo-me ao Sinpro/RS enquanto ex-professor da Fapa, Puc, Ulbra, Unisinos, Uri, Metodista e Unilassales.
Sou reconhecido aos jurados e àqueles que através do voto me levaram à vitória. Também reconheço méritos acadêmicos nos dois colegas que foram comigo finalistas.
Sou imensamente grato àquelas e àqueles que, não sendo eleitores, ‘fizeram campanha’ para mim. Destes faço um destaque especial a minha filha Ana Lúcia. Ela mostrou o que é ter expertise nas redes digitais.
Aproveito aqui para agradecer a centenas de mensagens, das mais diferentes formas, oriundas de todas as regiões, especialmente de meus colegas amazônidas, alguns dos quais estavam comigo quando saiu o resultado. Parece havia um consenso entre os felicitantes (parece mais sonoro que felicitadores): “Tu mereces!” E isso me alegrava/alegra muito. E me é sumarento.