Ano
6*** WWW.PROFESSORCHASSOT.PRO.BR ***Edição 21606
Esta postagem é
produzida em uma sexta-feira, quando na região sul se viveu um dos dias julinos
mais típicos do inverno gaúcho: a uma chuva benfazeja, que nas primeiras horas
do dia já era igual à metade da media mensal, se ajuntou um frio e um minuano
que achava qualquer fresta para invadir a querência assoviando.
Tempo assim
faz a saudade se adensar no lembrar que a Gelsa está, literalmente do outro lado
do mundo, na organização e participação do ICME-12: 12th International Congress
on Mathematical Education, July 8-15, 2012, Seoul, Korea ~~ www.icme12.org ~~ Vibro com a distinção dela
por estar no Congresso Internacional em Educação Matemática (ICME) — um dos
mais importantes congressos do mundo na área de Educação e Ensino de
Matemática.
Hoje a dica de
leitura muda um pouco de foco. O livro proposto, não precisa de dica, a frase
da portada a digo para Saint-Exupéry: Tu,
ainda me cativas!
Já escrevi
aqui acerca de minhas paixões pelo Pequeno Príncipe, especialmente quando, a
Agir publicou uma linda edição tridimensional da obra. Mas na última
segunda-feira, uma matéria de capa do Segundo
Caderno de Zero Hora, tem esta
chamada: Livro de Saint-Exupéry permanece
entre os preferidos das crianças. Minha surpresa catalisou que trouxesse o
texto de Gustavo Brigatti para matar saudades neste primeiro sábado julino.
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Talvez,
especialmente àquelas e àqueles destas geografias sureñas, uma boa dica seja
reencontrar aquele exemplar amarelado, curtido em priscas eras e lê-lo para um
filho ou a um neto. Um bom sábado para embalar sonhos.
Não são
vampiros que brilham no sol, nem bruxinho órfão, tampouco adolescentes com
poderes divinos. Resistindo a todo tipo de modismo, o grande hit da literatura
infanto-juvenil é um gurizinho loiro, algo melancólico, que adora viajar e
divide o asteroide onde mora com uma rosa. Seu nome real permanece um mistério,
mas ganhou um apelido que o tornou célebre: O
Pequeno Príncipe.
Publicada em
1943 pelo piloto francês Antoine de Saint-Exupéry (1900 – 1944), a história do
aviador que encontra uma misteriosa criança durante uma pane no deserto do
Saara não sai das listas de mais vendidos. No Brasil, onde é impresso desde
1952 pelo selo Agir, está na 48ª edição, já vendeu mais de 4 milhões de cópias
e está sempre entre os 10 primeiros de sua categoria. Em 2011, fechou na 8ª
posição no ranking geral.
O fenômeno
cresce quando se considera que O Pequeno
Príncipe não está atrelado a nenhum derivado, como filmes e gibis, e não é
amparado por nenhuma campanha ostensiva de marketing. Sua edição mais vendida,
inclusive, permanece inalterada, incluindo a capa e as famosas aquarelas de
autoria de Saint-Exupéry. Foi somente no mês passado que a franquia ganhou
algum tipo de renovação, com o lançamento, pela editora Leya, dos primeiros
livros de uma coleção inspirada no desenho animado que atualmente é sucesso no
canal por assinatura Discovery Kids.
– É um caso de
livro que se vende sozinho, já está no imaginário das pessoas. Se você vai
abrir uma livraria, não pode deixar faltar O
Pequeno Príncipe. E uma das razões é o seu conteúdo, que fala com qualquer
tipo de público– analisa Carlo Carrenho, consultor editorial e fundador do site
de referência Publishnews.
Para o
psicanalista e escritor Celso Gutfreind, a maneira como Saint-Exupéry trata a
busca pelo autoconhecimento é parte do segredo da universalidade e da
permanência do livro.
– No fundo, a
história trata do resgate de quem se é na essência, na procura da alma em um
mundo inóspito por fora e por dentro. Precisamos falar disso. Precisamos falar
de nós. E, na forma, o autor o faz sempre com imagens instigantes, além da
presença de sugestivas serpentes e raposas. Tudo o que interessa está ali –
destaca Gutfreind.
Alguns dados
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O manezinho
Zeperri
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Uma curiosidade Exupéry&Floripa, trazida em homenagem a Jair
Lopes, comentarista de cada dia deste blogue, aviador e ilhéu da Ilha do Desterro. Entre 1929 e 1931, Antoine de Saint-Exupéry fixou
residência em Buenos Aires, onde trabalhou para a filial da
companhia francesa Aéropostale. Durante o período, ele teria sobrevoado
Florianópolis e
pousado várias vezes na ilha, onde teria se
encantado com as vilas de pescadores — que, por causa da pronúncia complicada
do nome, o chamavam de Zeperri.
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Certas obras são eternas, fazem determinados personagens imortais, mantendo porém muitas vezes o seu autor quase no anonimato.
ResponderExcluirEducar uma criança com o hábito da leitura ajuda na formação do caráter, geralmente garantindo um futuro cidadão próspero e íntegro.
Neste contexto critico apenas algumas versões trazidas as telinhas mágicas, eventualmente são verdadeiros desástres.
Perdão esqueci de me identificar no comentário acima
ResponderExcluirAntonio Jorge
Limerique
ResponderExcluirHomenageado Manezinho lhe sorri
Por ter sido lembrado logo aqui
Além de aviador
Agora velho condor*
Na Ilha da Magia e do Zé Perri.
*Aviador velho vira Condor = com dor aqui, com dor ali...
Caro Chassot,
ResponderExcluiro Pequeno Príncipe sempre está em ordem. É uma obra inspirada que sempre inspira.
Um abraço,
Garin
O Pequeno Príncipe ensina os pequenos (e adultos)a serem livres e responsáveis. O amor é assim.
ResponderExcluirVai além da obvia lição de moral.