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quinta-feira, 31 de março de 2016

31.—Um posfácio a um março atípico


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 10
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Termina março. Talvez o mais diferente de todos os meus marços. A marca maior de sua atipicidade é que depois de 55 anos, na 56ª edição deste mês dedicado a Marte, deus da Guerra, pela primeira vez não tive sala de aula. Ontem à noite, desde minha demissão do Centro Universitário Metodista do IPA, em 12 de fevereiro, pela primeira vez ministrei uma aula. A última fora em 11 de fevereiro para professoras e professores das redes municipais de Boa Vista do Buricá e de São Martinho. Ontem, proferi a aula inaugural da Licenciatura em Química do IF-RS no campus da cidade de Feliz.
Agora, a semelhança de Boa Vista do Buricá, estive em uma pequena cidade do Vale do Caí, com uma tradição marcada pela colonização alemã. A língua alemã, em sua variante rio-grandense, faz parte integral do patrimônio cultural deste munícipio de cerca de doze mil felizenses, cujo lema é “Ser feliz é o nosso destino”.
Feliz está cerca de 80 km de Porto Alegre. Talvez, faça pelo menos 60 anos que eu não estivera nesta cidade... esse parecia ser o tempo — quase uma vida — de minha abstinência de sala de aula. Agradeço à Professora Dolurdes Voss, Coordenadora do curso de Química e aos estudantes que, sem saber, ajudaram que se quebrasse tão difícil jejum. A ida à Feliz ontem, se pareceu com 13 de março de 1961, quando nervosamente, em Montenegro, saí da Rua João Pessoa e percorri a Oswaldo Aranha para chegar ao Colégio Jacob Renner, para dar uma aula de Matemática para alunos do 3º científico. Ontem, foi quase como aquela minha primeira aula.
Para mim a noite de 30 de março foi memorável. Aliás, segundo as palavras do Diretor-geral do Campus Feliz, para a instituição será também. O professor Giovani Forgiarini Aiub, ao aplaudir de pé a minha fala, referiu-a como um marco na história institucional.
Por cerca de duas horas, para um auditório lotado de docentes e discentes (alguns sentados no chão em corredor externo à sala), trouxe tentativas de respostas à indagação: “O que é Ciência, afinal?” Ao final, fotos e autógrafos em livros, quando a montenegrina Luana Rosa Nunes, aluna do Curso de Química, foi exímia livreira.
Mas, este março também fez feridas que hão de ficar indeléveis. Assistir o vice-presidente da República como arauto de um golpe; saber de movimento que faz manifestações tão radicais, que leva às ruas cartaz não apenas pedindo o impeachment da Presidente, mas seu fuzilamento; conhecer o corporativismo do presidente de sindicato médico apoiando à pediatra que se negou a continuar prestar atendimento a uma criança, por sua mãe ser petista... faz este março cruento. Não deixa de ser sintomático que vereadora de Porto Alegre convide para um jantar hoje para celebrar outo golpe ocorrido há 52 anos.
Espera-se que o deus Marte não tenha, numa guerra civil, tributos de brasileiros. No horizonte, as águas de março não apagaram as manifestações de ódio de alguns que não sabem se conformar por derrota em eleição e agora tentam, uma vez mais, extinguir a democracia. Vade retro, Marte!

domingo, 27 de março de 2016

27.—Um dia também para evocações:

ANO
 10
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EDIÇÃO
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Escrevi no grupo de WhatsApp no qual participam minhas irmãs e meus irmãos e também cunhados e cunhadas:
Minhas queridas e meus queridos,
que a celebração de mais uma Páscoa, entre outras emoções , possa nos remeter também, a evocações de nossa infância marcadas pelo amealhar de cascas de ovos das quais o conteúdo era retirada cuidadosamente por um furos para depois serem reenchidas com amendoins açucarados, após tintadas de maneira muito artesanal, com papéis crepons multicoloridos e ainda ovos duros sempre acompanhados da advertência que deviam ser consumido logo; encontrar num ninho, numa situação muito excepcional um ovo de açúcar, com uma ocular para espiar uma cena pascoal no seu interior era algo muito festejado. Não há como não rememorar as quase mágicas celebrações do aleluia na igreja, onde a ritualização maior para nós crianças era o desvelar das imagem cobertas por panos roxos há duas semanas.
Quando pensava nessas recordações dava-me conta que fomos a última geração que as fruiu. Nossos filhos e muito menos nossos netos, não viveram essas experiências de religiosidade.
Tudo isso era para dizer Feliz Páscoa para cada uma e para cada um, que hoje se tece também com a marca da saudade dos que já foram.
Meu cunhado Otelo acrescentou: ... lembro das matracas na procissão dos ramos e de levar para guardar em casa as palmas (cicas do Paulo) bentas. Estas eram usadas quando as tempestades eram muito violentas nos ventos, chuvas, relâmpagos e trovões. Um pedaço da palma era queimada na fornalha do fogão a lenha como pedido de passagem rápida da tormenta. Coisas do antigamente.
E minha irmã Tile completou: ... E tinha também os coelhos de pão de mel que a mãe fazia e enfeitava! (receita da d. Helga Shardong) ... E os ninhos com ovos cozidos tingidos de papel crepon (a tinta soltava com vinagre) técnicas antigas... Bem desejo a todos uma Feliz Páscoa!

quarta-feira, 23 de março de 2016

24.- Um subproduto desejável


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Não há como não nos surpreendermos. Crise gera criatividade. Talvez, o mais correto fosse dizer que o medo produz defesas. É muito provável que não me engano se afirmar: nunca fomos tão ubérrimos na produção de texto políticos. Nos últimos dias pululam análises e sugestões para garantirmos conquistas e/ou defendermos ou prostituirmos a democracia.
Não tenho contabilizado o número de documentos diários que recebo acerca da situação do Brasil. Não exagero se disser que seja bem mais de uma dezena. Não estou me referindo a postagens no Facebook ou assemelhados. Também não contabilizo charges ou algo parecido. Refiro-me a textos que me chegam por correio eletrônico ou WhatsApp.
Claro que não sou um privilegiado. Recebo a produção dos dois lados. Vou fazer mais estimativa: oito a dois, neste cruento duelo fraterno. Aqui o adjetivo significa entre irmãos e não na acepção de amoroso, como deveria ser o trato entre irmãos. Oxalá que a pugna não descambe, à moda do primeiro duelo que narra a tradição judaico-cristã. Há alguns Caim virulentos. Um destes me manda diariamente agressões que começam com uma invocação saudosa a algo que chama de ‘gloriosa revolução redentora’ que aniversariará em uma semana e tem hoje um bolsonazi a laudá-la.
Na minha análise (e claro que não consigo ler todos os textos), há que reconhecer que aqueles que produzem textos fazendo a vigilante defesa da democracia são muito mais categorizados que as hienas que uivam defendendo o golpismo. Dirá alguém que minha avaliação é tendenciosa. Aceito uma referagem isenta. Aposto no mesmo placar que usei para frequência (8 a 2) para índice de qualidade argumentativa. Talvez seja generoso, o mais correto seria dez a zero.
Dos textos que li esta semana, destaco Quatro sombras afligem a realidade brasileira de Leonardo Boff, publicado na Carta Maior e no Jornal do Brasil (de 21MAR2016).
O renomado teólogo brasileiro diz que em momentos de crise, assomam quatro sombras que estigmatizam nossa história cujos efeitos perduram até hoje: A primeira sombra é nosso passado colonial; a segunda sombra, o genocídio indígena; a terceira sombra, a mais nefasta de todas: a escravidão. Mas, quando parecia que dávamos uma virada promissora, uma quarta sombra: a corrupção volta a estigmatizar o Brasil.
O texto na integra, pode ser lido em:
http://cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Quatro-sombras-afligem-a-realidade-brasileira/4/35706

Aos que creem e aos que não creem, votos de que esta semana dita santa sirva também para pensarmos qual nossa opção:
#1) ficar entre aqueles que querem um regime sem liberdades;
#2) estar junto com os que sonham para nossos filhos e netos um país com os direitos democráticos para todos.
Permito-me recordar o que alertava na edição anterior — que apenas no último domingo teve 1046 acessos:: O silêncio neste momento é covardia e suicídio político. Não podemos nos acovardar.

sexta-feira, 18 de março de 2016

18.- Com medos e apreensões

ANO
 10
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Quando em dezembro de 2014, abandonei depois de quase 9 anos, a periodicidade diária deste blogue me propus a cada dois ou três dias postar uma edição. Nesses 15 meses fiz isso. Ontem, deveria ter postado algo, para circular nesta sexta-feira. Não  consegui/não consigo faze-lo.
Nesses dias tão difíceis, onde medos e apreensões são companhias constantes, parece não ser tempo para me envolver na faina de blogar, de maneira usual muito saborosa.
Ontem até adormecer ouvi os buzinaços dos pregoeiros do golpe. Hoje desde o despertar ocorre o mesmo. Agora, já quase pôr-do-sol, a raiva azucrinante parece se intensificar.
Este barulho, que por morar próximo ao Parcão me acostumei ser festivo ou de alegria, hoje é insano. Não há como grenalisar as disputas. Hoje o eles e o nós não são uma questão de estar do lado da derrota ou da vitória. Não se trata de ver quem é a favor de prender Sergio Moro ou que quer fazê-lo o louvado patrono de uma ditadura. É estar contra aqueles que querem um regime sem liberdades ou estar com os que sonham para nossos netos um país com os direitos democráticos para todos.
Não é ser contra ou favor da corrupção. Essa bandeira é mentirosa. Todos somos contra a corrupção. Inclusive aquele que na academia, quando há aparelhos mais disputados que podem ser usados no máximo 30 minutos, quando o contador marca 20 minutos zera para fazer mais 30 minutos, se diz contrário à corrupção, mesmo que envergue a camisa da corrupta CBF.
Recebo um aviso: O silêncio neste momento  é covardia e suicídio político.  Não posso me acovardar. Nos últimos dias li dezenas de análises. Algumas densamente argumentadas. Tenho me alimentado em alguns sítios. Permito-me recomendá-los:
Eis quatro dicas: Diário do centro do mundo // Brasil 247 [http://www.brasil247.com/] // Caros amigos // Pragmatismo político.
A melhor opção, necessariamente, não está com as maiores massas que são manobradas.

terça-feira, 15 de março de 2016

15.- Uma leitura dolorosa


ANO
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Minhas muito estimadas leitoras / meus muito estimados leitores,
uma carta recebida do Avaaz hoje se faz a blogada desta terça-feira. Mesmo que o assunto seja recorrente (por exemplo, está em A Ciência é masculina? É, sim senhora! e em mais de uma edição deste blogue) emocionei-me profundamente. Por isso o comparto, aqui:
Aos seis anos, Hibo Wardere ouviu: “você é corajosa, forte, e amanhã se tornará uma mulher”. No dia seguinte, foi levada a uma cabana improvisada na capital da Somália, Mogadishu, e teve seus lábios vaginais e clitóris removidos com uma gilete por um “cortador” local.
Hibo é uma das 200 milhões de mulheres e meninas que, em 30 países, sofreram a mutilação genital feminina (MGF). Mas na Somália, onde absurdos 98% das meninas passam por isso, a ministra para as Mulheres e Direitos Humanos está tentando proibir a prática. Especialistas locais dizem que uma onda de apoio mundial pedindo por tolerância zero pode ajudar o governo a conseguir banir essa crueldade em questão de semanas!
O estado autônomo de Puntland, no nordeste da Somália, acabou de propor a proibição total da mutilação; o governo federal já adotou políticas progressistas vindas desse estado anteriormente. Se um número suficiente de nós pedirmos que esses governantes corajosos defendam a vida das meninas, podemos conseguir a aprovação da lei no Parlamento. Juntem-se ao apelo e compartilhem com todos: 

https://secure.avaaz.org/po/fgm_somalia_ban_loc/?bxAUMab&v=73934&cl=9657659127

A mutilação genital feminina é uma inquestionável violação dos direitos humanos. Não há nenhum benefício à saúde – na verdade, ela é extremamente perigosa: as meninas podem morrer de infecção devido às péssimas condições de higiene e, se sobreviverem, as cicatrizes podem atrapalhar na hora do parto e causar complicações menstruais. A crença comum é que a MGF é uma prática religiosa que aumenta as chances de casamento e serve como transição para a vida adulta. Mas líderes muçulmanos já disseram que não há qualquer base na religião islâmica.

Apesar da mudança legislativa não ser a solução final – educação e conscientização são cruciais para acabar com essa prática –, o banimento na Somália pode ajudar a salvar a vida de milhares de crianças que estão, nesse momento, sendo preparadas para a mutilação. O momento é favorável: o governo é progressista, uma proibição parcial foi anunciada no ano passado e especialistas dizem que ¾ dos parlamentares devem apoiar a iniciativa.
O governo de Puntland e a ministra para as Mulheres e Direitos Humanos são os líderes dessa reforma, e mensagens de esperança e incentivo vindas da nossa comunidade servirão como motivação para colocá-la na ordem do dia no Parlamento. Quem pede nossa ajuda urgente é o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), que trabalha incansavelmente para erradicar a MGF na Somália. Assinem a petição e compartilhem com todos: 
Nossa comunidade já lutou contra práticas que humilham e abusam de mulheres e meninas. A batalha para acabar com esses costumes é uma das mais importantes do nosso tempo, para criar um mundo no qual nossas irmãs e filhas tenham as mesmas chances que nossos irmãos e filhos. A Somália tem o maior índice de mutilação genital feminina do mundo; assim que essa prática for ilegal lá, pode ser um símbolo de esperança para o resto do mundo. Vamos apoiá-los e ajudar a Somália a se tornar o emblema do fim dessa crueldade.
Um abraço cheio de esperança, de toda a equipe da Avaaz
Mais informações: "Desmaiei de dor", lembra top model da Somália sobre mutilação genital (IG)
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2015-04-23/desmaiei-de-dor-lembra-top-model-da-somalia-sobre-mutilacao-genital.html 

ONU pede eliminação de ‘prática violenta’ da mutilação genital feminina até 2030
https://nacoesunidas.org/onu-pede-eliminacao-de-pratica-violenta-da-mutilacao-genital-feminina-ate-2030/ 

8 dados chocantes sobre mutilação genital feminina no mundo (Exame)
http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/8-dados-chocantes-sobre-mutilacao-genital-feminina-no-mundo

Ministro somali sugere movimento para banir a MGF (em inglês) (The Guardian) 
http://www.theguardian.com/world/2015/aug/13/somali-minister-hint-fgm-ban-female-genital-mutilation 
Um afago dolorido em cada uma e cada um,
 attico chassot

sábado, 12 de março de 2016

12.- Uma saborosa leitura sabatina


ANO
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A crise politica que vivemos traz um subproduto singular. Por vivermos uma facilidade de disseminação de textos, a produção dos mesmos é excepcional. Comparemos a situação da tentativa de golpe de agora com a do golpe de 1964. Então só tínhamos acesso à imprensa de massa e ainda censurada. Hoje os dois lados (sim! Há dois lados) estão ubérrimos.
É significativo que muitos de nós somos recipientes tanto dos panfletos da direita (autointitulada paladina da anticorrupção, afinal corruptos são os outros) e a produção da esquerda. Se nesses dias me pusesse a ler tudo que me remetem, nem se houvesse uma 25ª hora não sobrar-me-ia tempo para fazer qualquer outra coisa.
Realmente a catadupa de textos é avassaladora. Ao lado do que recebemos, há consultar fontes confiáveis. Eis duas dicas: Diário do centro do mundo e Pragmatismo político.
Mas ante essa avalanche, não serei eu que irei empanturrar ainda mais meus leitores.
Vou oferecer algo muito palatável para um sábado. Um querido colega e amigo enviou-me uma publicação dele: Afinal o que é ser leitor http://www.sul21.com.br/jornal/afinal-o-que-e-ser-leitor/ Vale ler. O texto é bonitamente ilustrado e é trazido com votos de um bom fim-de-semana.
 Não vou recomendar para que se grenalisem as manifestações de domingo, pois a ver pelo domingo que passou, isso pode ser pedir guerra.

quarta-feira, 9 de março de 2016

09.—OGM Revisando posição


ANO
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Thierry Vrain (foto) foi por muitos anos, enquanto cientista, um defensor dos transgênicos na agricultura do Canadá — um dos países com a maior produção e exportação agrícola do mundo —, veio recentemente a público com nova conclusão: os transgênicos Organismos Geneticamente Modificados (OGM) são perigosos para os seres humanos, animais e meio ambiente.
“Eu refuto as reivindicações das empresas de biotecnologia que suas colheitas modificadas produzem mais, que eles exigem menos aplicações de agrotóxicos, que eles não têm impacto sobre o meio ambiente e é claro, que eles são seguros para comer“, escreveu ele.
Enquanto estava no Departamento de Agricultura do Canadá, Vrain foi o cientista designado para tratar em grupos públicos com a mensagem de que os transgênicos eram seguros. “Eu não sei se eu estava apaixonado por isto, mas eu estava bem informado”, escreveu ele. “Eu defendia o avanço tecnológico, da ciência e do progresso. Nos últimos 10 anos eu mudei a minha posição.”
Vrain diz que a sua mudança de opinião surgiu depois que ele tomou conhecimento de numerosos estudos de laboratórios de prestígio, publicados em revistas científicas de prestígio, mostrando os riscos para a saúde dos transgênicos (OGM).
“Há um crescente corpo de pesquisa científica – feito principalmente na Europa, Rússia e outros países – mostrando que as dietas contendo milho ou soja podem causar sérios problemas de saúde em ratos de laboratório e ratos”, escreveu ele.
Vrain observa que a evidência é tão abrangente que, em 2009, a Academia Americana de Medicina Ambiental pediu uma moratória sobre os alimentos transgênicos e expansão nos testes de segurança. Os estudos revisados ​​pela Academia descobriram que uma dieta com transgênicos levou a diversos problemas, incluindo envelhecimento acelerado, disfunção imune, infertilidade, disfunção em genes que regulam a sinalização celular, a síntese de colesterol, a regulação da insulina e formação de proteínas, e alterações aos rins, fígado, baço e do sistema gastrointestinal.
Vrain observa que, apesar de muitos transgênicos produzirem inseticidas em seus tecidos e ainda são até mesmo registrados como inseticidas, as proteínas tóxicas que estes produzem nunca foram testadas para a segurança.
 “Tudo o que temos são estudos científicos provenientes da Europa e da Rússia, que mostram que ratos alimentados com engenharia de alimentos morrem prematuramente.” “Não há estudos de alimentação a longo prazo realizados nesses países para demonstrar as alegações de que bioengenharia de milho e de soja são seguros“, escreveu ele.
Vrain também chama a atenção para os riscos ambientais dos transgênicos, citando o relatório de 120 páginas :“Transgênicos: Mitos e Verdades“ (“GMO Myths and Truths”). Esta análise de mais de 500 estudos e relatórios governamentais refuta alegações da indústria de que os transgênicos são mais nutritivos, utilizam menos pesticidas e não prejudicam o meio ambiente. Estudos repetidamente descobriram que os transgênicos podem passar seus genes modificados para não apenas outras plantas, mas também para as bactérias do solo. Estas bactérias, em seguida, espalham os genes para o meio ambiente. Outro estudo descobriu genes transferidos para as bactérias do intestino de seres humanos que comeram transgênicos.
Vrain também aborda o argumento mais comum de proponentes transgênicos: a de que ninguém jamais ficou doente depois de comer uma refeição contendo transgênicos. “Ninguém fica doente por fumar um maço de cigarro também“, escreveu ele. “Mas, com certeza, nós não sabíamos na década de 50, do século 20 antes do início nossa onda de epidemias de câncer. Só que desta vez não se trata de um pouco de fumaça, é todo o sistema alimentar que é motivo de preocupação.”
Leia mais: http://gmosummit.org/former-pro-gmo-scientist/ e http://www.noticiasnaturais.com/2016/02/ex-cientista-dos-transgenicos-expoe-as-mentiras-e-propaganda-da-industria-de-biotecnologia/#ixzz41kCXTnIp

terça-feira, 8 de março de 2016

sábado, 5 de março de 2016

05.—¿POR QUE SOB VARA?


ANO
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 3144

É um sábado já com sabor outonal. Mas ele tem sabor adstringente, como de um caqui imaturo. Há amarguras e amargores. A maioria dos jornais está intragável. Há vontade de não lê-los. Sente-se um manifesto golpismo.
Mas... há um oásis. Há uma exceção. Ouso, até em homenagem aos mais de 1,2 mil acessos em três dias à blogada de 29 de fevereiro, fazer uma recomendação. Não a faço de maneira coercitiva. Até por que se pensava que o uso da vara estava superado...
Há uma luz. Vale ler o jornal PRAGMATISMO POLÍTICO. No ar desde setembro de 2009, Pragmatismo Político se consolidou como um dos maiores sites de notícias e opinião do Brasil. Caracterizado pela independência editorial, o espaço se destaca por disseminar informações de qualidade e fomentar debates e reflexões que estimulam o senso crítico.
Está oferecido o convite: leia http://pragmatismo.jusbrasil.com.br/

Adito outra sugestão: O jornal digital: Diário do Centro do Mundo. Ver http://www.diariodocentrodomundo.com.br/

quinta-feira, 3 de março de 2016

03.—Agora! Há que dizer OBRIGADO!

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 3143


Posso até ser repetitivo. Mas, para mim este março é muito diferente: como escrevi na última edição (29, segunda-feira): este é um março muito destoante de todos que já vivi em mais de meio século. Desde 1961, março me obsequiava alunas e alunos. Este ano está sendo muito diferente. Não terei o inebriante cotidiano de ser professor em uma sala de aula.”  Agora, de vez em vez, minha imaginação adentra em uma sala de aula. Vejo-me diante de alunas e alunos falando acerca da Ciência. É difícil, em certos momentos cair na real.
Devo reconhecer que tenho sido queridamente afagado e até, não raro, desagravado. A blogada em que narrei a minha leitura da defenestração teve na segunda-feira 447 acessos; na terça, 376 e ontem, 387 (mais de 1,2 visualizações em três dias. A média de acessos diários é, de maneira usual, em torno de 200. Devo dizer, que por ser assunto mais pessoal, não fiz alerta no Facebook, como às vezes realizo quando o assunto merece.
Mas, o que mais me empolga, não é a visitação significativa da página. Ao lado de visitas pessoais a minha casa, da movimentação de alunos da Universidade do Adulto Maior para reverter a situação e dos telefonemas são os comentários apensados ao blogue aqueles que mais me comovem. Há mais de trinta de mais diferentes matizes. Quanto à extensão, há quem fez seu desagravo em cerca de meio milhar de palavras, como meu amigo e colega de Recife Paulo César Pontes ou quem o fez em duas palavras: “indignados, Mestre” como o baiano Jorge Hamilton Sena Dias, da Universidade Estadual de Santa Cruz. Há aqueles que analisaram as relações do capital e do trabalho e continuada crise que vive a Educação ou ainda a situação mundial.
O Guto soube trazer uma excelente história futebolística onde (quase) se trocou Pelé por um perna de pau. Tive surpresas ao ver colega do mestrado de onde fui expurgado manifestar sua indignação. É comovente ver quantos ajudam embalar sonhos, dizendo que logo terei sala de aula de novos e também aqueles que me recordam que ora de curtir a nova realidade e redirecionar olhares.
Não posso comentar a todos, mas sou imensamente grato a cada uma e cada um que faz parceria com meus sonhos de fazer Educação. Houve mais de uma pessoa que escreveu que não conteve lágrimas ante a situação. Eu também fiz lágrimas ao ler algumas mensagens, como quando um mestrando escreveu: “pode acreditar que me ajudou a ver o mundo de outra forma”. Marcelo! Tomara que possamos continuar fazendo isso.