ANO
8 |
WWW.PROFESSORCHASSOT.PRO.BR
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EDIÇÃO
2769
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Esta
edição circula num sábado, no qual tenho aula no Mestrado Profissional de
Reabilitação e Inclusão do Centro Universitário Metodista do IPA pela manhã. Isto
também ocorreu ontem à noite, quando apresentei a segunda parte da oficina de
leitura: “A arte de escrever Ciência com arte”.
Ante
a densidade da agenda, sirvo-me hoje de uma segunda colaboração de Heráclito
Parmegiano. Ele esteve aqui na edição de 30 de abril. Para recordar meus
leitores: alguns de nós nos encantamos, então, com um professor aposentado, que
de vez em vez volta à escola de Icujá Seco para ensinar algo do que o envolve
agora: agricultura ecológica.
Depois
de mais de uma semana de silêncio, ele retorna atendendo a meu convite de
trazer aqui seus saberes. Transcrevo, com agradecimentos, sua ultima mensagem. Antes, é
importante dizer que esse espaço está disponibilizado, também, a outros
possíveis colaboradores.
Muito estimado Mestre Chassot,
para minha segunda colaboração no seu blogue, vou
parafraseá-lo, adotando esquema que vejo presente na sua falas: proponho três
movimentos:
#1 – Uma protofonia: agradecimentos e
repercussões sobre o primeiro texto;
#2 – Um adágio: De ficções e
realidades acerca de um Heráclito missioneiro;
#3 – Um alegro vivo: Parma e Icujá
Seco como polos de saberes.
Assim trago algumas considerações que se somam ao
primeiro texto, onde apresentei um pouco de Icujá Seco, um vilarejo que está à
margem do intermitente riachinho Icujá, afluente do rio Jacuí.
Se no primeiro texto que tive publicado falei de
Parma, trazendo inclusive uma ilustração da cidade que visitei em 2002 — assunto
do terceiro movimento —, hoje ofereço uma foto de minha aldeia. Espero que seus
leitores a curtam. Inicio, agora, cumprindo o anunciado.
#1 – Uma protofonia: agradecimentos e repercussões
acerca do primeiro texto. Foi bem posta na blogada do dia 1º de maio este
encerramento: Se Heráclito Parmegiano lamentava a não
ressonâncias de seus primeiros escritos, com o texto de ontem [30ABR] ele fez (e formou) leitores. O senhor fala que há cerca de 300 a
400 acessos diários. Conferi o do dia 30 teve 351 numa semana com um dia com
521. Vou ser otimista. Estimo que 10% ou 35 pessoas (de novo furto-lhe a
estimativa) leram meu primeiro texto publicado na rede. Fico muito feliz. O
senhor se diz não apenas encantado com meu debut,
mas por ele estimulado a ler sobre a ‘Batalha do Riachuelo’. Nós leitores
ganhamos quando uma leitora contestou dizendo que riachuelo não é riachinho,
Assim, soubemos um pouco mais de uma das pugnas macabras do escravagista
império do Brasil. Isso me fez muito feliz.
Aqui em Icujá Seco o texto foi um sucesso
entre a meia grosa dos que tem acesso à internet. Na Escola a Profi Isolina fez
algumas cópias e distribuiu aos alunos. Acompanho algo da região que não aprecio:
chamar professoras e professores de Profis. Ela me consultou e com propriedade
suprimiu a referência que fiz ao Padre Aparício. Disse que aquilo tornava o
texto desairoso. Aceitei. Agora temo que alguma beata carola, possa contar ao
padre, quando ele voltar de Passo Fundo, onde está fazendo retiro. Também não
vou me preocupar, pois nenhuma delas, como o vigário, acessa internet. Para
dizer a verdade, a demonizam mesmo sem saber sua grande utilidade. Assim, valeu
ter um texto no seu blogue.
Mestre, observo que
minha prosa se espraiou de mais. Usei, agora, uma bonita ação verbal que
aprendi com governador Olívio. Para usar um palavrório aplumado, como o da Isolina
que citei antes, diria: “O Olívio imitiu seus primeiros vagidos numa canhada
a algumas léguas daqui”. Vou ficar no primeiro movimento. Quando tiver de
novo um dia de chuva volto a escrever e conto acerca de outros dois movimentos,
que anunciei no vestíbulo do texto. Tomara que este texto tenha uma acolhida
como o primeiro.
Icujá de novo
ResponderExcluirDe novo Heráclito Parmegiano vem
Com afinadíssima mui erudita verve
Sabe ele perfeitamente que convém
Que um espaço Chassot lhe reserve.
Pois ele colocou Icujá Seco no mapa
Tornou proeminente aquela cidade
De sua discreta aura ninguém escapa
Independente até de nossa vontade.
E mesmo que Chassot não tenha dito
Aposto minhas fichas que vai lá um dia
Pois não é seu costume fazer gambito,
E encara desafios com açulada alegria.
De Floripa esse feliz consórcio eu fito
Que se revestirá de muita sabedoria.