ANO
8 |
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EDIÇÃO
2766
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Esta blogada está na esteira
das edições de segunda e terça. Falei em uma e outra de tema de casa. Hoje trago
uma destas lições de casa.
Desde 28 de junho de 2012, quando
publiquei no blogue o MANIFESTO DA SBG SOBRE
CIÊNCIA E CRIACIONISMO, ao comentar quatro grandes
revoluções paradigmáticas: Copernicana
(séc. 16), Lavoisierana (séc. 18), Darwiniana (séc. 19) e Freudiana (séc. 20),
ao destacar a terceira como a mais difícil, refiro à ainda resistente transição
do criacionismo →
evolucionismo apresento o slide ao lado.
Mais
de uma vez, propus a meus alunos tanto na graduação como na pós-graduação uma
lição de casa: Elaborar uma resenha
(Mínimo 05 / máximo 25 linhas) acerca do Manifesto
da SBG posicionando-se criticamente em pelo menos duas dimensões: quanto a
forma e quanto ao conteúdo. OBSERVAÇÃO: a não adesão ‘ao manifesto’ em nada há
de influir na avaliação, ao contrário, textos argumentativos, por exemplo, em
favor do ‘design inteligente’ serão muito valorizados.
Na
manhã e na noite desta segunda, alunas e alunos de Teorias do Desenvolvimento
Humano da licenciatura em Música em aulas marcadas por saudáveis polêmicas trouxeram
seus ‘deveres’. Vários textos foram debatidos. Trago uma amostra de um,
escolhido entre aqueles que foram lidos em sala, na turma da noite.
O
texto foi elaborado por Simone
Pinto Colombo, uma
produtora musical e musicista inscrita na Ordem dos Músicos do Brasil, que
cursa o 1º semestre da Licenciatura em Música, no Centro Universitário Metodista
do IPA.
O manifesto
publicado pela Sociedade Brasileira de Genética em junho de 2012 visa
esclarecer sua posição em relação à Teoria do Criacionismo, que afronta ao
conhecimento científico e à Teoria Evolucionista.
No referido
documento a SBG admite a falibilidade da ciência, uma vez que esta não consegue
explicar todos os fenômenos que existem e ocorrem no universo conhecido e
cognoscível ao gênero humano até os tempos atuais. Sendo assim, a ciência não
alcança o conhecimento a cerca de todas as coisas. Muitas das teorias
científicas já se demonstraram falhas e errôneas, o que com certeza ocorrerá
com muitas outras teorias ainda. Embora afirme categoricamente sua opinião, a
SBG se rende ao fato de que a ciência, mesmo diante de toda sua produção ao
longo da história, não abarca tudo, não consegue dissecar e desvendar todo o
universo visível e invisível que cerca a humanidade.
Entretanto, a
Teoria Criacionista é uma profissão de fé. Podemos crer e defender o
criacionismo. No entanto, jamais uma pessoa poderá comprovar para outrem a sua
fé ou experiência transcendental. Embora existam muitos teólogos que estudem e
busquem respostas para as indagações inerentes ao ser humano, nenhum jamais
poderá comprovar suas experimentações e conhecimentos para outras pessoas
através de qualquer demonstração. Devemos ter presente que todas as culturas
que já existiram desenvolveram suas próprias teorias criacionistas,
independente do tempo ou espaço no qual estiveram localizadas.
Diante de tais
fatos, o sensato a fazer é continuar buscando respostas científicas para o que
a ciência pode responder, e crendo (os que creem) no que a ciência jamais logrará
compreender; a despeito de quanto esforço os cientistas possam vir a realizar.
Como ainda não fiz a leitura do "Manifesto" me reservo a dizer que sobre a escrita, como obrigação ou simples adesão, vale com exercício da Alfabetização Científica. Escrever, o grande desafio. Difícil? Apenas enquanto não iniciar.
ResponderExcluirMeu caro Vanderley,
Excluirnesta manhã plúmbea, acerca da escrita algo chistoso, inspirando em Pablo Neruda, o Nobel de Literatura que a ditadura chilena matou em 1973: "Escrever é fácil: Começa-se com uma maíúscula, termina-se com um ponto final e no meio se põe as ideias."
Obrigado por seres mais que um leitor aqui e obrigado por teres me brindado com um 16 de abril.
ac
Como bem explicou Seneca, o ser humano é o único animal que tem consciência de finitude. Talvez esse seja o grande misterio da fÉ.
ResponderExcluirNão há como
ResponderExcluirConfrontar ciência e criacionismo
Sempre será rematada bobagem
Criacionistas se valem de cinismo
Na sua confusa e boba abordagem.
Como colocar no mesmo patamar
Ciência versus cambada de tolos?
Se os cientistas tentam desvendar
Criacionistas são ocos, sem miolo.
Não há polêmica onde nada existe
Enquanto ciência quer esclarecer
O “do livro” nos seus dogmas insiste.
Portanto nos obrigam a esclarecer:
Mantenhamos inteligência em riste
E esses radicais vamos esquecer.