ANO
8 |
BELÉM - PA
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EDIÇÃO
2781
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Faço
nas primeiras horas desta sexta-feira minha despedida de Belém, aonde cheguei
quando começava a segunda-feira. Voo Belém-Belo Horizonte-Campinas-Porto Alegre.
Imaginei
ter que viajar sem minha bagagem, pois houve várias tentativas sem sucesso para
abrir meu ‘apartamento’. Após mais de 40 minutos, conseguiram abrir, mas por ora
só se consegue abrir por dentro. Às vezes, chegamos a acreditar mais em um
artefato tecnológico de metal chamado chave do que em um cartão magnetizado que
se diz conter um código.
Como
nos dias anteriores, ontem me envolvi em atividades de bancas na Rede Amazônica
de Educação em Ciências e Matemática. Cedo foi ao campus do Guamá, aquele que
referi aqui na terça-feira como um quase gueto aristocrático inserto em bairro muito
pobre de 100 mil habitantes.
Pela
manhã assisti a defesa de doutorado de Artur G. Machado Jr. Este apresentou a
tese Aprendizagens compartilhadas de
formadores de professores: o caso da licenciatura integrada em Educação em Ciências,
Matemática e Linguagens para os anos iniciais do Ensino Fundamental. É
significativo ver a longa transição de um professor de cursinho se transformar
durante mais de dez anos em doutor em ensino de Ciências e Matemática.
Esta foi a quinta tese doutoral do Instituto de Educação Matemática e
Científica da UFPA.
À
tarde, participei de três bancas de pré-qualificação. De uma delas, a proposta
de tese de Raiziana Mary de Oliveira Zurra que apresentou As
etnociências e o processo de ensino e aprendizagem das ciências da natureza dos
estudantes do ensino fundamental, em escolas rurais ribeirinhas de Tefé-AM: um
estudo a partir da perspectiva da etnoecologia por meio das narrativas populares
fui avaliador. Fiz algumas contribuições,
entre elas examinar a perspectiva da etnociência ao invés da etnoecologia.
Passava
das 19h quando se encerrava a sessão. O evento se estende ainda até sábado.
Como era minha despedida de um grupo com o qual estive intensamente junto
durante três tardes, onde participei da discussão de propostas de 11 teses, fiz
uma fala de despedida, alertando a problemas estruturais que se não houver
correção poderão comprometer o projeto para formar 120 doutores para a
Amazônia.
Mas
ontem Belém para mim não foi só discutir ações doutorais. Para o almoço fui
convidado pelo Tadeu Olivier Gonçalves, orientador da tese, a acompanhar a
celebração gastronômica que se seguiu a defesa de tese. Fomos a um restaurante
no Guamá, talvez mais apropriadamente a um boteco, comer uma caldeirada de
filhote. Estava excelente. Sou grato a minha colega Isabel Cristina Lucena que,
sob chuva, me levou e trouxe antecipadamente ao/do restaurante para que eu
pudesse atender aos compromissos de avaliação.
À
noite, em companhia do Luciano, Silvia, Conceição e Geziel fui jantar nas docas
de Belém. A Estação das Docas é um complexo turístico da cidade. Anteriormente
parte do Porto de Belém, foi inaugurado em 13 de maio de 2000.
O
complexo turístico e cultural congrega diversos ambientes, entre eles:
gastronomia, cultura, moda e eventos. São 32 mil metros quadrados divididos em
três armazéns e um terminal de passageiros. Os bulevares foram resultado de um
cuidadoso trabalho de restauração dos armazéns do porto da capital paraense. Os
três galpões de ferro inglês são um exemplo da arquitetura característica da
segunda metade do século 19.
Os
guindastes externos, marcas registradas da Estação, foram fabricados nos
Estados Unidos, no começo do século 20. Já a máquina a vapor em meados de 1800,
fornecia energia para os equipamentos do porto.
As
ruínas do Forte de São Pedro Nolasco, onde foi construído um Anfiteatro, foram
originalmente construídas para a defesa da orla em 1665. O espaço foi destruído
após o Movimento da Cabanagem, em 1825, e revitalizado para a inauguração da
Estação.
Querido amigo Chassot,
ResponderExcluirSempre será bom acompanhá-lo em solo amazônida, Volte sempre.
Geziel