ANO
8 |
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EDIÇÃO
2777
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Um
domingo requer uma blogada fagueira e ligeira. Especialmente este, pois
terminará em um voo Porto Alegre/Belo Horizonte/ Belém. Lá durante a semana tenho
atividades na REAMEC- Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática.
Esta
edição é produto de dois temas trazidos mais recentemente. Nos dias 25 de abril
e 09 de maio comentei aqui acerca de oficina de escrita: A arte de escrever Ciência com arte. Dizia
que aceito o
mote: ‘aprende-se a escrever, escrevendo’ há um pressuposto: ‘ler é
preciso’. Defendo a importância de
lermos ficção, mesmo que estejamos assoberbado pela leitura e escrita de textos
acadêmicos.
Nestas
oficinas de escritas há a produção individual e conjunta de textos acadêmicos. Catalisado
por
livro bem-humorado e com ilustrações divertidas, “Não fiz minha lição de casa porque...” comentado aqui no último
dia 7 de maio, fizemos um pequeno exercício de escrita de ficção. Brindo meus
leitores com resultados:
Não
fiz a lição de casa porque...
... sai
para passear no parque com meu cão, Fred que é uma mistura de vira-lata com
labrador quando encontrei uma amiga que também passeava com seu cão, uma linda
labradora cor de mel chamada Chanel. Houve entre eles um encantamento imediato.
Não tive coragem de separá-los. O tempo passou e quando vi... (Lilian,
socióloga)
...
quando fui começá-la, iniciara um conflito armado entre as letras e os números
pela conquista do poder do conhecimento e isto me envolveu. (Samuel, jurista).
.... o piloto automático que tenho no meu carro
levou-me para trabalhar em uma praia deserta, não tinha celular e muito menos
internet, impossível fazer a lição de casa. (Felipe, educador físico).
...
o meu computador resolveu entrar de férias. Ele disse: “Não ligo mais, enquanto
você não passar o antivírus e atualizar o word. Estou sendo usado demais para
correção de atividades acadêmicas e leitura de teses e dissertações sobre
Terapia Comunitária Integrativa" (Karina, enfermeira).
Mas ao lado destes quatro textos
ficcionais, recebi esta semana uma mensagem de um aluno pedido para transferir
um encontro de orientação. Pensei tratar-se de uma resposta ao exercício anterior.
Não sei se a ficção imita a realidade, ou é a realidade que parece ficção. Vale
conhecer:
Caríssimo
professor Attico, venho por meio desta mensagem eletrônica averiguar a
possibilidade de nosso encontro ser transferido para outro dia desta semana. A
minha cadela quebrou a unha e tive que levar ao veterinário, o sangramento foi
muito intenso e atingiu o canal. Precisará ficar em observação e amanhã não
tenho ninguém que possa fazer isso no horário de nosso encontro, visto que
sairei cedo da manhã e voltarei para a casa por volta das 16h. Desculpa
desmarcar mais um encontro, tenho certeza que tu entendes. Um Abraço Luz e uma
ótima semana, Bruno, (músico)
Nestes tempos de cães com
status alçados, entendi. Encontramo-nos em outro dia, quando vi fotos da
adoentada. Só resta dizer um muito bom domingo para cada uma e cada um.
Gostaria, mas não me aventuro a comentar sobre a ´glamourização` do mundo animal. Até porque não tenho moral para tanto, pois me encontro profundamente envolvido na tentativa de entendimento sobre o mais complexo dos animais: aquele que pensa. Estou levando a sério a recomendação do que o filósofo húngaro ISTVÁN MÉSZÁROS de que não basta explicar, faz-se necessário ENTENDER.
ResponderExcluirSobre o título da blogada...devo, então, entender o porquê não fiz o tema de casa! Creio que o inverso também conta.
Grande abraço e uma frutuosa semana nas proximidades da linha do equador.
Querido mestre! Me diverti muito com os textos. A criatividade é um processo muito interessante, não é mesmo? Temos desde aquelas desculpas que se distanciam totalmente da realidade do escritor até aquelas que estão muito próximas. A Ju, estudante da turma de saberes, escreveu que ficou plantando abóboras e, por isso, não fez a lição. Quando perguntei sobre a ideia, ela partiu da filha da Ju, que realmente planta aboboras em casa com os avós...E teve a Lethycia, que estava passando fio dental e dando banho no gatinho. Lembra aquelas desculpas que são imensamente esfarrapadas mas que estão profundamente ligadas ao cotidiano das pessoas. Só falamos sobre o que vivemos, afinal. Será assim mesmo? Um grande abraço e bom domingo!
ResponderExcluirQuerida Cristhiane,
ResponderExcluiras desculpas são fantásticas, não são mais aquelas que qualificávamos de ‘esfarrapadas’! Talvez o mais surpreendente é o quanto a ficção imita a realidade, ou a situações reais (como o caso do Bruno) que se parecem à ficção.
Um muito bom saldo de domingo que aqui se faz plúmbeo.
Olá caro professor, aqui é o Bruno, em blog aberto em uma disciplina do curso de Música/Pedagogia.
ResponderExcluirAcontece que eu adotei duas irmãs caninas, e dou o melhor tratamento possível. A unha dela se espatifou e atingiu o nervo. Poderia não ter levado ela ou levado dias depois, sob pena de que ela poderia perder o dedo. Faria tudo por elas, assim como faria por meu filho ou outra criança ou ser vivo.
Mas mais engraçado ainda seria ler a mensagem de texto que enviei para a professor Cecília: "... parece que estou dando desculpa, mas bá, hoje foi a primeira noite em que durmo bem em duas semanas. Ontem estava indo para casa escrever o relatório depois de levar a minha cadela no veterinário e ainda fui parado numa blitz. Recolheram minha carteira de motorista por 3 dias de vencimento do prazo da renovação além do limite que eles nos dão." Sendo que já havia falado para ela que o cano do prédio estava vazando no vizinho de baixo e que tive que me envolver neste problema também. Tudo fato real. Não minto, ainda mais para professores tão Verdadeiros como vocês. São coisas que só acontece no "inferno astral", aquele mês antes do aniversário, para lembrar o sujeito: você deve vencer toda e qualquer barreira no seu caminho, deve driblar qualquer empecilho.
Mas to aqui firme e forte e a Lica... pobre animal, esta entediana neste apartamento que pelo menos bate um sol de tarde quando não estou aqui com ela. Sua unha, talvez cresça, esta bonito o ferimento tratado à base de água, água oxigenada e óleo de copaíba. O dedo não corre risco de vida.
Grande Abraço,
que tenha uma Maravilhosa semana permeada de Conhecimento, Saber e bom Humor.
Muito estimado Bruno,
ResponderExcluiraqui em Belo Horizonte, rumo a Belrm, recebo mais uma prova de tua canina venereção.
Parte do que escreveste à Professora Cecília já me relataras na quarta.
Jamais ela ou eu, posso assugurar, poderíamos imaginar não serem verdadeiros teus dissabores.
Saúde para ti e para a Lica e uma boa semana.
Vêmo-nos dia 26.