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quinta-feira, 29 de maio de 2014

29.- PINGOS & RESPINGOS


ANO
 8
M A N A U S – AM
EDIÇÃO
 2788

Mais uma vez esta postagem ocorre desde Manaus. Houvesse as chamadas ‘horas úteis’ como há os ‘dias úteis’ e estas fossem as diurnas, nesta quarta-feira passei grande parte de minhas horas úteis a bordo e foram uteis pois revisei uma dissertação de mestrado de uma orientanda. Pulularam, também, propostas de pauta. Resolvi, então, propor uma edição modelo patchwork. Assim, a seguir, alguns pingos e respingos.
1.- Há meses ouvimos falar em preparativos para a copa. Isto sempre foi sinônimo de tapumes para ocultar obras. Chegou a se dizer que a finalidade principal dos tapumes era para esconder a ‘paralização’ das obras. Ontem, tive a mais agradável surpresa. O aeroporto Eduardo Gomes é um dos que fui muito frequente nos últimos três anos. Não apenas para minhas diversas vindas aqui neste período, mas também, quase uma dezena de vezes, em trânsito para ir e vir de Boa Vista e Parintins. Na tarde de ontem, pareceu-me que o voo tinha errado o destino. O desembarque do aeroporto de Manaus é agora um muito lindo e amplo jardim. Um sensação de um espetáculo, para quem nesse aeroporto já teve até de usar máscara para fugir a gases tóxicos produto de um incêndio. Estou curioso para no sábado ver o embarque.
2.- Ainda na esteira da copa ontem tive uma outra surpresa. Desmente-se uma tese que eu seja um bom observador das realidades do cotidiano. Trago uma evidência empírica que é o contrário. Ouvia uma roda de jornalistas onde se comentava o desentusiasmo da população com a copa. Alguém disse então que fez um levantamento. Em mais de uma centena de carros em certo estacionamento, nenhum carro tinha bandeirinha ou qualquer adorno com as cores da seleção. Até aí nada de surpresa. Mas quando ouvi a justificativa, pasmei. A falta do adereço pátrio nos automóveis se dá porque estes não têm mais antena de rádio. Não sei quanto tempo dura esta ‘desantenação’, mas confesso que não sabia que isso ocorrera.
3.- Mais um pingo da copa. Prometo ser o último. Na última segunda-feira abri aqui minha torcida. Vivo, uma vez mais, a tradição de torcer sempre pelo mais fraco. Assim nesta copa minha torcida é pela ordem: Costa do Marfim, Nigéria e Camarões, representam países de menores índices de qualidade de vida. Aceito parceiros para irmanar-se comigo. Tive uma honrosa adesão. O Jair, que quase a cada dia brinda aos leitores com poemas como comentários, nesta segunda-feira publicou um harmonioso soneto À frente África. Vale conferi-lo. A primeira estrofe está aqui:
    Costa do Marfim, Nigéria e Camarões
    Sou eu o parceiro irmanado contigo
    Torço desde criancinha por azarões
    Junto-me agora com Chassot amigo.
4.- Nesta quinta-feira, por dois momentos, à tarde e à noite, profiro a palestra: ”Alfabetização Científica e Cidadania” para dois grupos de calouros da área de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Amazonas. Será uma oportunidade de estar mais uma vez no campus da universidade que ostenta o título de mais antiga do Brasil. A UFAM tem aqui em Manaus um lindo campus imerso dentro de uma reserva da floresta amazônica. Nesta atividade atendo convite das professoras Ana Cláudia Dutra Maquiné e Irlane Maia de Oliveira, esta minha orientanda de doutorado na Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática. Amanhã tenho uma fala na Universidade do Estado do Amazonas. A UEA tem o título da universidade brasileira que tem mais campis, cerca de sessenta, dos quais alguns a dias de viagem da sede. Também na UEA, amanhã ocorre a banca de qualificação da tese de doutorado da Célia Maria Serrão Eleutério. Mas isso é o assunto de amanhã.
5.- Por último o pingo mais importante: agradeço a cada uma e cada um dos que entraram de carona comigo, na outorga que me fez o José Carneiro. Vibrei com título, mesmo que com razão se disse que me subornou a imodéstia. Vez ou outra, podemos deixar de ser violetas. Isso não é um pecado capital. Da dezena de comentário sou empático aquele chegou desde Niterói: Todas belas e merecidas palavras, mas confesso que como pai que sou, o elogio dos teus filhos me levaram as lágrimas. Nada mais reconfortante e balsâmico do que ouvir um mimo de um filho. Abraços do Antônio Jorge Furtado. Nada a acrescentar. Apenas para dizer ao Bernardo e a Clarissa, que vibrei muito por se orgulharem de seu pai. A recíproca é verdadeira.

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Grande mestre, terei a oportunidade de participar da palestra na UFAM.
    Parabenizo a professora Celia Serrão por essa conquista, até breve!

    Meu primeiro acesso ao blog =D

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  3. Uma vez peregrino, sempre Peregrino

    Chassot, posto avançado do ensino
    Com mais de meio século de carreira
    Vocacionado docente desde menino
    Segue alfabetizando à sua maneira.

    Em Manaus aterrissou mais uma vez
    Pronto para avaliar uma doutoranda
    Porque dar sua avaliação é o que fez
    O mestre viajar para aquelas bandas.

    Que força faz o mestre cruzar o país?
    Para norte desde sua terra meridional?
    Basta lermos o que seu blogue nos diz
    Para vermos nesse peregrino um ideal.

    O mestre no Rio Grande tem sua raiz
    Contudo é Peregrino da Ciência afinal.

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