ANO
8 |
M A N A U S – AM
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EDIÇÃO
2788
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Mais
uma vez esta postagem ocorre desde Manaus. Houvesse as chamadas ‘horas úteis’ como
há os ‘dias úteis’ e estas fossem as diurnas, nesta quarta-feira passei grande
parte de minhas horas úteis a bordo e foram uteis pois revisei uma dissertação
de mestrado de uma orientanda. Pulularam, também, propostas de pauta. Resolvi,
então, propor uma edição modelo patchwork. Assim, a seguir, alguns pingos e
respingos.
1.-
Há meses ouvimos falar em preparativos para a copa. Isto sempre foi sinônimo de
tapumes para ocultar obras. Chegou a se dizer que a finalidade principal dos
tapumes era para esconder a ‘paralização’ das obras. Ontem, tive a mais
agradável surpresa. O aeroporto Eduardo Gomes é um dos que fui muito frequente
nos últimos três anos. Não apenas para minhas diversas vindas aqui neste período,
mas também, quase uma dezena de vezes, em trânsito para ir e vir de Boa Vista e
Parintins. Na tarde de ontem, pareceu-me que o voo tinha errado o destino. O
desembarque do aeroporto de Manaus é agora um muito lindo e amplo jardim. Um
sensação de um espetáculo, para quem nesse aeroporto já teve até de usar
máscara para fugir a gases tóxicos produto de um incêndio. Estou curioso para
no sábado ver o embarque.
2.-
Ainda na esteira da copa ontem tive uma outra surpresa. Desmente-se uma tese que
eu seja um bom observador das realidades do cotidiano. Trago uma evidência empírica
que é o contrário. Ouvia uma roda de jornalistas onde se comentava o desentusiasmo da população com a copa.
Alguém disse então que fez um levantamento. Em mais de uma centena de carros em
certo estacionamento, nenhum carro tinha bandeirinha ou qualquer adorno com as
cores da seleção. Até aí nada de surpresa. Mas quando ouvi a justificativa,
pasmei. A falta do adereço pátrio nos automóveis se dá porque estes não têm
mais antena de rádio. Não sei quanto tempo dura esta ‘desantenação’, mas
confesso que não sabia que isso ocorrera.
3.-
Mais um pingo da copa. Prometo ser o último. Na última segunda-feira abri aqui
minha torcida. Vivo, uma vez mais, a tradição de torcer sempre pelo mais fraco.
Assim nesta copa minha torcida é pela ordem: Costa do Marfim, Nigéria e
Camarões, representam países de menores índices de qualidade de vida. Aceito
parceiros para irmanar-se comigo. Tive uma honrosa adesão. O Jair, que quase a
cada dia brinda aos leitores com poemas como comentários, nesta segunda-feira
publicou um harmonioso soneto À frente África.
Vale conferi-lo. A primeira estrofe está aqui:
Costa
do Marfim, Nigéria e Camarões
Sou eu o parceiro irmanado contigo
Torço desde criancinha por azarões
Junto-me agora com Chassot amigo.
Sou eu o parceiro irmanado contigo
Torço desde criancinha por azarões
Junto-me agora com Chassot amigo.
4.-
Nesta quinta-feira, por dois momentos, à tarde e à noite, profiro a palestra: ”Alfabetização Científica e Cidadania” para
dois grupos de calouros da área de Ciências Biológicas da Universidade Federal
do Amazonas. Será uma oportunidade de estar mais uma vez no campus da
universidade que ostenta o título de mais antiga do Brasil. A UFAM tem aqui em
Manaus um lindo campus imerso dentro de uma reserva da floresta amazônica.
Nesta atividade atendo convite das professoras Ana Cláudia Dutra Maquiné e
Irlane Maia de Oliveira, esta minha orientanda de doutorado na Rede Amazônica
de Educação em Ciências e Matemática. Amanhã tenho uma fala na Universidade do
Estado do Amazonas. A UEA tem o título da universidade brasileira que tem mais
campis, cerca de sessenta, dos quais alguns a dias de viagem da sede. Também na
UEA, amanhã ocorre a banca de qualificação da tese de doutorado da Célia Maria
Serrão Eleutério. Mas isso é o assunto de amanhã.
5.-
Por último o pingo mais importante: agradeço a cada uma e cada um dos que entraram
de carona comigo, na outorga que me fez o José Carneiro. Vibrei com título,
mesmo que com razão se disse que me subornou a imodéstia. Vez ou outra, podemos
deixar de ser violetas. Isso não é um pecado capital. Da dezena de comentário
sou empático aquele chegou desde Niterói:
Todas belas e merecidas palavras, mas confesso que como pai que sou, o elogio
dos teus filhos me levaram as lágrimas. Nada mais reconfortante e balsâmico do
que ouvir um mimo de um filho. Abraços do Antônio Jorge Furtado. Nada a acrescentar. Apenas para dizer
ao Bernardo e a Clarissa, que vibrei muito por se orgulharem de seu pai. A
recíproca é verdadeira.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirGrande mestre, terei a oportunidade de participar da palestra na UFAM.
ResponderExcluirParabenizo a professora Celia Serrão por essa conquista, até breve!
Meu primeiro acesso ao blog =D
Uma vez peregrino, sempre Peregrino
ResponderExcluirChassot, posto avançado do ensino
Com mais de meio século de carreira
Vocacionado docente desde menino
Segue alfabetizando à sua maneira.
Em Manaus aterrissou mais uma vez
Pronto para avaliar uma doutoranda
Porque dar sua avaliação é o que fez
O mestre viajar para aquelas bandas.
Que força faz o mestre cruzar o país?
Para norte desde sua terra meridional?
Basta lermos o que seu blogue nos diz
Para vermos nesse peregrino um ideal.
O mestre no Rio Grande tem sua raiz
Contudo é Peregrino da Ciência afinal.