ANO
8 |
Livraria virtual em www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
2787
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Na
última sexta-feira voltei de Belém. Na madrugada desta quarta-feira, viajo para
Manaus (retornando na madrugada de sábado) para duas palestras na Universidade
Federal do Amazonas* e uma na Universidade do Estado do Amazonas e um exame de
qualificação de doutorado. Há ainda uma palestra prevista para professores da
rede estadual, com conflito de agenda. *http://portal.ufam.edu.br/ index.php/eventos/2417- alfabetizacao-cientifica-e- cidadania-e-tema-de-palestra- do-prof-attico-chassot-na- quinta-29
Esse
recorte de uma agenda, mesmo que excepcional, permite que amigos generosos teçam
loas a meus fazeres. Os amigos também são para isso.
Não
sem assomar a imodéstia, trago aqui o artigo semanal do jornalista e sociólogo
José Carneiro, professor aposentado da UFPA publicado, neste 25 de maio, em O Liberal, de Belém, jornal líder em
circulação no estado do Pará, desde 1968. José Carneiro, há três anos publica,
a cada domingo, uma crônica refletindo o seu Pará. Estas, de vez em vez, dada a
oportunidade do tema, são transcritas aqui. A deste domingo, não sem justificada
razão que comparto aqui.
Um
peregrino pela ciência Nesta semana esteve em Belém, pela sétima vez (ou
mais) nos últimos dez anos, o prof. Attico Inácio Chassot, um químico gaúcho,
de nome tão incomum (para nós, nortistas) quanto a vida acadêmica assumida após
aposentação da UFRGS: circula por todo o Brasil, e por vezes Brasil a fora, em
vilegiaturas rápidas, proferindo palestras, orientando e examinando teses.
Prefiro
considerar, mais coloquialmente, que o professor Chassot se transformou num
peregrino, integralmente comprometido com a nobre missão de discutir e difundir
um dos temas que mais lhe é caro: a ciência. Segundo ele, ensinar a linguagem
da ciência foi o que mais se propôs a fazer nos 53 anos de magistério, que nem
a aposentadoria compulsória fez refluir. Esse polímata dos pampas, que aos 74
anos de idade continua em sala de aula, já publicou doze livros, entre os quais
“A Ciência é masculina?”, já na 6ª edição, proeza de fôlego num mercado
editorial tão volúvel e restrito como o brasileiro. O texto busca contribuir
para que tenhamos uma sociedade menos desigual quanto às diferenças de gênero.
Outro de seus livros, “Alfabetização Cientifica: questões e desafios para a
educação”, cujos direitos autorais são doados permanentemente para o
departamento de educação do MST, também já está na 6ª edição.
Sua
última publicação enveredou pela memorialística ao fazer um ajuste de contas
com seu próprio passado, no instigante “Memórias de um professor”, onde ele
revisita sua infância (passada entre Santa Maria e Porto Alegre, em ambiente
ferroviário) e passeia pela evolução do Brasil, destacando pontos referenciais
que nortearam, para o bem ou para o mal, o desenvolvimento ciclotímico de nosso
país. Além da divulgação da ciência por meio dos livros, mantém um concorrido
blog onde fala de ciência e de outras linguagens que leem o mundo natural e cotidiano.
Em
suas blogadas, Chassot tem aprofundado senso crítico a respeito de tudo e de
todos – mormente quando o assunto é a politica – e aproveitado para divulgar a
diversidade cultural do país, pouco conhecida dos brasileiros. No caso
paraense, sua admiração beira a fantasia e seu prazer pela gastronomia alcança,
segundo o próprio, a gulodice, embora contida. Mas, paralelamente à admiração
pela rica e ameaçada natureza amazônica, o professor Chassot é ácido na
avaliação que faz dos gestores despossuídos do zelo necessário em conservar
tanta beleza, concebida e desprezada. No caso do campus universitário do Guamá,
por exemplo, suas palavras são generosas ao considerá-lo um dos mais bonitos
espaços acadêmicos que conhece (e ele conhece muitos, no Brasil e no exterior),
misturando natureza e arquitetura num rico espectro. Mas faz ressalva e não
deixa passar despercebida a miséria enquistada pela explosão demográfica do
bairro que cerca o campus da UFPA.
De
todas as capitais brasileiras, o professor Chassot só ainda não conheceu Macapá
e Rio Branco, o que poderá acontecer a qualquer momento, tantos são os convites
que enchem sua disputada agenda, onde sempre existe uma vaga para frequentes
viagens ao exterior, junto com sua Gelsa, companheira de afetos e de ocupação.
Numa
de suas visitas ao Pará, fez palestra em Bragança e, durante dois dias,
conheceu de perto essa importante região pioneira na colonização do Estado.
Nesta atual visita a Belém, o prof. Attico Chassot atendeu convite da Rede
Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, lotou o auditório e encantou o
público. Eis mais um nome expressivo que se encanta e divulga a região
amazônica.
Não só bussolas apontam pro Norte
ResponderExcluirComo bússola funcionando perfeita
Chassot aponta firme para o norte
E na Amazônia seus laços estreita
Com aquele povo autêntico e forte.
Quando convidado pelos nortistas
O mestre rapidinho arruma a mala
Seja Manaus, Belém ou Boa Vista
Lá vai ele e conquista com sua fala.
É aedo da ciência, esse peregrino
Da qual manda em prosa e verso
Se há ouvinte, ali será seu destino
Onde expõe mistérios do universo.
Um brilho o acompanha, imagino,
Este mestre na sapiência imerso.
Attico,
ResponderExcluircreio que o título soou bastante adequado: és um verdadeiro peregrino da ciência a explorar (e fazer explorar) o nosso país.
Abraços,
PAULO MARCELO
Pai
ResponderExcluirParabéns lindo !
Está muito devido os elogios do nobre amazonense. Teus esforços são realmente monumentais.
ResponderExcluirSaúde e Sucesso
Otélo
Que bonito titulo!
ResponderExcluirMuito orgulhosa também!
Um beijo para o meu peregrino!
tua filha Clarissa
Olá, Attico!
ResponderExcluirLi e gostei muito. Parabéns.
Com admiração,
Eduardo
Oi professor, gostei do termo 'um peregrino pela ciência', é isso mesmo. O teu trabalho é essencial para nós professores que lhe ouvimos refletir sobre a prática que realizamos dia a dia em sala de aula.
ResponderExcluirSilvia
Mestre Chassot,
ResponderExcluirmesmo sem autorização, falo em nome de professoras e professores de Roraima, que já tivemos nos últimos dois anos o privilégio de tê-lo quatro ou cinco vezes aqui em Boa Vista e também na fronteira da Guiana no projeto de integração: CHASSOT, O PEREGRINO DA CIÊNCIA, ratificado aqui pela titulação conferida pelo ilustre jornalista José Carneiro, que de Belém falou pelos homens e mulheres do Norte.
Paulo
Todas belas e merecidas palavras, mas confesso que como pai que sou, o elogio dos teus filhos me levaram as lágrimas. Nada mais reconfortante e balsâmico do que ouvir um mimo de um filho.
ResponderExcluirAbraços
oi Attico !
ResponderExcluirtu es mesmo muito especial.Adorei a materia do blog.Te admiro MUITO!]
abracao. Tua irmã Clarinha
Bela e Justa homenagem.
ResponderExcluirCom admiração,
Vanderlei e família.
Grande Peregrino,
ResponderExcluirnunca vi um epíteto tão apropriado. Comovi-me.
Só tenho a dizer o que já sabes: és o Mestre dos mestres.
Abraço saudoso,
Guy
Paizinho que linda homenagem. Você merece! Tenho muito orgulho de ti, és um profissional maravilhoso, mas acima de tudo um pai exemplar. Beijos Ana
ResponderExcluirJá disse outras vezes, mas não custa repetir: se um dia os meus filhos sentirem por mim o que eu sinto por ti, eu estarei realizada.
Filha querida,
Excluirpartindo para uma jornada aqui em Manaus, recebo este teu lindo acarinhamento. Estou emocionado.
Saudades com um beijo carinhoso