ANO
8 |
BELÉM - PA
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EDIÇÃO
2781
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Na blogada de hoje faço amealhares de uma quarta-feira
belenense. Na manhã de ontem, aproveitei não ter atividades no Seminário da
Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática e fiz uma circulada pelo
bairro São Brás onde está o hotel. Primeiro admirei uma caixa d’água de ferro inaugurada em 1885. A estrutura,
com 20 metros de altura, é de ferro fabricado na Europa. Tanta resistência
comporta até 1.570.000 litros de água. O monumento abastece até hoje bairros
próximos. Em 1979, foi tombado como patrimônio estadual histórico, paisagístico
e turístico. A caixa d’água é abastecida por uma estação de tratamento,
cujos tanques de decantação estão sob uma olhada da janela de meu quarto.
Depois pela Av.
Governador Magalhães Barata, admirando imponentes casarões históricos cheguei
ao Parque
Zoobotânico do Museu Paraense
Emílio Goeldi. É muito significativo ver, situado no centro urbano de
Belém, um parque uma área de 5,2 hectares. Foi fundado em 1895, sendo o mais
antigo do Brasil no seu gênero. Além de abrigar uma significativa mostra da
fauna e flora amazônicas, o Parque concentra as atividades educativas do Museu
Goeldi, tal como um laboratório para aulas práticas. Recebe anualmente cerca de
200 mil visitantes.
Esta foi a
segunda vez que estive neste local encantador. Nas cerca de duas horas que me
deliciei, na manhã de ontem, no parque selecionei quatro atrações destaques: 1)
uma árvore que anda; 2) um imponente mogno; 3) mais de uma centena de tracajás;
e 4) um lago com vitórias-régias.
1.-
Caiue, a árvore que anda, é uma palmeira, quando na sombra de árvores, procura
um espaço entre as copas para receber sol nas suas folhas — daí os índios
dizerem que ela é a árvore que anda. Surpreendeu-me verificar, o tronco
"deitado" no chão na busca do sol. Isto determina o deslocamento de
sua copa.
2.- Encantou-me ver um
mogno — nome que como filho de marceneiro, ouvia meu pai pronunciar reverente —
uma árvore grande (altura de 25 a 30 m, com tronco de 50–80 cm de diâmetro) que
ocorre em baixas densidades (geralmente, menos de uma árvore adulta por hectare)
em florestas.
3.- Na Amazônia já
participei de a iações de dissertações envolvendo tracajás. Nunca os havia
visto. Ontem vi mais de uma centena deles reunidos. Não sei qual o coletivo de
tracajás. Tracajá é um quelônio dulcícola de tom negro azulado com manchas
amarelas. Vive em muitas bacias hidrográficas do norte da América do Sul.
4.- Ver ao vivo
plantas e flores de vitória-régia, que os não amazônicos só conhecem de imagens
foi emocionante. Há no bosque um logo de vitórias-régias — uma planta aquática
típica da região. Ela possui uma grande folha em forma de círculo, que fica
sobre a superfície da água, e pode chegar a ter até 2,5 metros de diâmetro e
suportar até 40 quilos se forem bem distribuídos em sua superfície.
Ainda pela manhã, fui mais uma vez visitar a basílica
de Nazaré, muito próxima do parque. Sempre me encanta a suntuosidade de templo.
À tarde, no mesmo esquema já referido nos dois dias anteriores,
assisti a quatro bancas, onde cada doutorando relata o estado de seu projeto e
este é a iado por dois professores, um doutorando (colega de turma) com a
participação do orientador.
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À
noite, fui agraciado com jantar de filhote pelos meus amigos Conceição Rosa e José
Carneiro, comigo no 'retrato'. Ela já me fizera companhia ao café, pela manhã. Tínhamos muito a
conversar os três. É oportuno corrigir uma informação que dei na edição de
segunda, acerca da denominação de Cans, que parece ser o local onde estava a a que se sepultava os cães.
Permitam-me
uma sobremesa. Anderson Simão Duarte, um biólogo que prepara sua tese
envolvendo estudos acerca da tradução de metáfora para Libras. Por tal está
mito atento às metáforas usada nas diferentes falas. Ele me enviou algumas,
fotos em uma mensagem muito original. A mensagem está abaixo com foto de seu
autor comigo.
Salve, salve... meu professor GIGANTE!
Segue as fotos do teu "Enunciado Metafórico Criativo",
sim, para mim foi único e impar, logo, jamais verei outro igual. Tuas palavras
foram "neutras", pois a mim, foram mais que sintaxe ou pragmática,
foram dialógicas e exotópicas, portanto, foram direcionadas a mim!
As experiências e saberes de uma águia são compartilhados a
todas as outras, sim, me senti as outras... vendo com os ouvidos, escutando com
os olhos e saboreando com as minhas utopias.
Obrigado pelo mel que ofertastes.
Ave magister magistrorum
ResponderExcluirviajei contigo pelas vitórias-régias.
Estou em SC dando cursos de capacitação para professores e palestras na UnC.
A conexão é precária.
Desde Mafra meu carinho e minha saudade.
Abraços do teu aprendiz
Guy
Grato por partilhares conosco as belezas desse Brasil diverso.
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