ANO
8 |
WWW.PROFESSORCHASSOT.PRO.BR
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EDIÇÃO
2763
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Quando
recebo uma tese ou dissertação para examinar gosto de ler os agradecimentos. Tem-se
um termômetro de dimensões emocionais em um texto que não páginas que se
seguirão, trarão quase somente a voz da razão. Ainda não encontrei entre os que
recebem méritos por terem participado no trabalho “agradecimento aos robôs do Google pela maneira prestimosa que fizerem inúmeras
buscas!”
Certamente
todos estamos convencido de que um número significativo das mensagens que
recebemos são nos enviados por robôs. Estes muitas vezes nos conhecem bem, pois
estão preocupados com nossa saúde, nos recomendando remédios. Sabem dos livros
que gostamos e fazem sugestões e outras coisas mais.
Hoje
quero mostrar a manipulação que fazem os robôs em cartas postais. Há algumas
semanas eu (e certamente centenas de pessoas) recebi um artístico envelope com alguns
papeis de carta e envelopes coloridos, uma caneta com meu nome gravado e
etiquetas para usar como meus dados como remetentes de correspondências postais.
Tudo muito bonito. Junto vinha um documento bancário pedindo doação à obra
assistencial. Coloquei de lado para quando em tempo oportuno atender o pedido.
Esqueci.
Dias
depois recebo esta carta, destacada pela pergunta garrafal: Você respondeu meu último
presente? Certamente já havia uma programação se depois de x dias o
destinatário não depositar nada na conta remeter algo assim:
Olá
Attico, como você está? Eu quero que você esteja bem?
Estou
te escrevendo hoje, pois há um tempo atrás eu lhe enviei um presente... Não sei
se você chegou a receber, será? Às pode ter ocorrido um problema com a
distribuição dos correios de Porto Alegre? Tem gente aí do bairro Rio Branco reclamando
que nem sempre as cartas chegam... Era um envelope colorido, nele, além dos
presentinhos, te mandei também, essa carta...
Afora
misturas de 2ª e 3ª pessoas, vírgula mal posta na citação que vem adiante, uma
carta bem escrita e muito íntima. Imagino em quantas centenas de correspondências
um robô alterou a sequência: Nome / Cidade / Bairro para incriminar sem provas
os ‘Correios’. O que convenhamos não é elegante (e tira a credibilidade) de
quem diz: “Eu me
encontro enrascado pela responsabilidade que tenho, de salvar estas crianças
estão lutando contra o câncer...”
Para
mim o pedido ficou sob suspeição. E a culpa não é de robôs. Votos de um muito
bom domingo humanamente desejado.
Gostei muito dessa blogada. Interessante saber disso.
ResponderExcluirUm abraço mestre.
Luvander
Mostra a quase impossibilidade, hoje, de se viver sem a robótica e seus benefícios.
ResponderExcluirGrande abraço.
Destino
ResponderExcluirPorque robôs são nossa realidade
Com eles dividimos nosso espaço
Convívio é pura e simples verdade
Sejam benvindos para um abraço!
Não existe como os robôs ignorar
Eles convivem sempre entre nós
E as vezes ocupam nosso lugar
Podem ser cérebro até nossa voz.
E de nada adianta triste lamentar
Contra a tal avançada cibernética
Ela elevou-se a um alto patamar
Que se tornou limítrofe genética.
Mas não a coloquemos num altar
Porque ainda não é peripatética.
Meu sempre fruído Jair,
ResponderExcluirSábio e denso o teu poetar.
O último verso é capital.
Quando com os robôs caminharmos pelos parques a filosafar,
então,
a cibernética merecerá ao lado dos deuses estar no panteão.
Obrigado por engrandeceres este blogue
ac
Vai aqui um atrasado comentário, em face de minha retomada universitária. Lembro-me que antigamente, instado por solicitação via telefônica, ajudava a LBV mediante desconto mensal em minha fatura de telefone. A contribuição seria para um rebento teoricamente adotado por mim, pelo menos financeiramente. Com o passar do tempo, não satisfeitos com a ajuda mensal, passaram a solicitar depósitos extras, ora uma casaco, ora material escolar, um sapato etc. Passamos uns dois anos assim e já até tínhamos uma imagem formada do guri que já devia contar uns oito anos. Até que um natal, em um desses pedidos extras ao finalizar os agradecimentos a atendente nos parabenizou; "Muito obrigado, sua afilhada a Marieta ficará muito feliz com o presente" tentei esclarecer o que parecia um lapso, e triste constatei que o nosso "Robertinho" nem existia... Pouco tempo depois "pipocou" o escândalo que todos conhecem na mídia. Encerramos assim nossa "caridade" ao senhor Jose de Paiva Netto.
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