ANO
8 |
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EDIÇÃO
2771
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De
novo uma segunda-feira. Como as duas anteriores: aulas nos turnos manhã, tarde,
vespertino e noite. Quase dá para perguntar: quando é o fim de semana de novo?
Ouvido de alguém: adoro segunda-feira,
pois é o dia que está mais longe da próxima segunda.
Mas,
quando escrevo no ocaso do findi,
faço-me expectante do próximo. Mas antes dele, há uma semana extensa. E... há
que vive-la.
No princípio criou Deus o
céu e a terra. E a terra era sem forma e
vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia
sobre a face das águas. E
disse Deus: Haja luz; e houve luz.E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação
entre a luz e as trevas. Gênesis 1:1-4
Neste
ensolarado e lindo dia das mães, centenas de porto-alegrenses, entre eles a
Gelsa e eu, foram a Usina do Gasômetro — o lindo centro cultural, às margens do
Guaíba — para ver uma releitura do Gênesis feita por
Sebastião Salgado, 70 anos, um dos mais consagrados fotógrafos da atualidade.
Em
Gênesis, projeto que levou novamente o mais renomado fotógrafo
brasileiro a cruzar continentes, Salgado deixa de lado os instantâneos de
exclusão, miséria e opressão humana para revelar, com seu inconfundível
registro em preto e branco, o que ainda se mantém quase intocado no planeta. Especialmente
locais aonde a tecnologia — às vezes avassaladora — não marcou passagem. Ou
seja, como era na visão do autor do texto que relatou a cosmogonia
judaico-cristã.
Ao
completar um ano da estreia, no Museu de História Natural de Londres, e depois
de passar por capitais da Europa, pelo Rio e por São Paulo, Gênesis encerrou ontem à noite sua passagem por Porto Alegre.
Com
curadoria de Lélia Salgado, companheira do fotógrafo há 50 anos, Gênesis apresenta mais de 245 fotos que oferecem uma síntese
de 39 ensaios-reportagens realizados entre 2004 e 2012 em mais de 30 países,
distribuídos por África, Ásia, Américas, Oceania e Antártica. Tal jornada, que
envolveu expedições a lugares remotos e povos isolados com caminhadas,
helicópteros e canoas, é dividida na mostra em cinco núcleos geográficos.
A
mudança do foco da desigualdade social para a natureza praticamente preservada que marca Gênesis
se deu em grande parte pelo envolvimento de Salgado, com questões ecológicas.
Em Minas Gerais, ele e a mulher mantêm desde 1998 o Instituto Terra, pelo qual
desenvolvem um projeto ambiental no Vale do Rio Doce.
A
exemplo de ensaios como Trabalhadores (1986-1992) e Êxodos (1994-1999), Genesis
é um projeto monumental. Para a série de incursões ao redor do globo, o financiamento
se deu por meio de um fundo que reuniu patrocinadores como a mineradora Vale do
Rio Doce, além de instituições dos EUA e cerca de uma dezena de revistas e
jornais que publicaram partes do trabalho ao longo da realização das viagens.
Valeu
ter assistido Gênesis. As fotos são da página oficial e mais detalhes em www.vale.com/genesis Vale conhecer o
livro editado pela Taschen com 520 páginas e oferecido em diferentes livrarias
na rede.
Fotomundo
ResponderExcluirGênesis é tema de Sebastião Salgado
Profícuo fotógrafo de fama universal
Clica instantâneos como apaixonado
Fotos correm nele tal sangue arterial.
Seus cliques põem o dedo na ferida
Fazem denúncia da infância roubada
E por vezes da degradação desta vida
Para isso Salgado põe pé na estrada.
Preocupado com problema ambiental
E também com a desigualdade social
Fundou com sua mulher Instituto Terra
Mais que fotógrafo é prócer Sebastião
De injustiças e incúrias desse mundão
E cruenta beleza seu trabalho encerra.
O perfil impactante do artista é marca registrada.
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