ANO
8 |
D I V I N Ó P O L I S - MG
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EDIÇÃO
2597
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Em
mais de sete anos de blogares já fiz postagens em mais de uma dezena de países,
em quase todos estados da federação, logo em centenas de cidades. Assim uma
postagem em uma cidade, quando inédita, sempre merece um registro especial.
Vale o mesmo, quanto ao estar pela primeira vez e uma universidade.
É
minha primeira vez em Divinópolis, aonde cheguei depois das 13h de ontem, viajando de
Belo Horizonte (onde chegara às 8h30min em voo de 2 horas desde Porto Alegre)
viajando 120 km via rodoviária em companhia da querida amiga doutora em
História, Rita de Cássia Marques, que conheci há 18 anos em Ouro Preto em um
reunião da Sociedade Brasileira de História da Ciência, entidade da qual ela é
hoje vice-presidente e do Professor Francisco Carlos
Félix Lana, Coordenador do mestrado e doutorado em enfermagem da
UFMG, onde a Rita também é docente. Viemos conduzidos por outro Francisco,
motorista da UFSJ.
A
sede da UFSJ — fundada em 28 de dezembro de 1986 — é na cidade que lhe empresta
o nome: São João del-Rei, mas há outros campi além deste que estou hoje —
campus Dona Lindu, que homenageia a mãe do presidente Lula — como aqueles em Ouro
Branco e Sete Lagoas.
Primeiro
uma evocação à cidade sede da UFSJ: há uma geração de brasileiros para quem
essa cidade evoca Tancredo Neves, que fez a muitos chorar quando de sua morte
em 21 de abril de 1985, anunciada com Fafá de Belém, cantando o hino nacional
em arranjo funéreo. A cena mais dolorosa evocada é aquela em que um pedreiro,
por longos minutos rejunta as lajes da sepultura do presidente eleito, que
morreu antes de assumir.
Algo
acerca desta cidade em que estou pela primeira vez e na qual esta manhã tenho
uma fala no XI Congresso de Produção Científica da UFSJ:
Divinópolis,
uma cidade de cerca de 215 mil habitantes esta situada no centro-oeste de Minas
Gerais às margens do rio Itapecerica, que é a fonte de abastecimento de água à
região. A cidade caracteriza-se principalmente pela indústria confeccionista e
metalurgia/siderurgia.
O
nome da cidade origina-se do culto religioso católico ao Divino Espírito Santo —
a quem é dedicada a atual catedral —, desde quando foi fundada em 1767, por
cinquenta famílias que viviam em propriedades próximas ao Rio Itapecerica. O
primeiro assentamento ocorreu próximo às margens deste rio e a partir daí
começou a ser denominado Paragem do Itapecerica em referência a ele. Em 1770
passou a se denominar Espírito Santo do Itapecerica, sendo um distrito da cidade
denominada de Tamanduá (Hoje Itapecerica). Em 1912 se tornou uma cidade com o
nome de Divinópolis em homenagem a seu antigo nome.
Dentre
os divinopolitanos mais ilustre, o destaque vai para Adélia Prado, aqui nascida
em 1935, e que foi professora por 24 anos, antes de ser uma das mais
importantes escritoras brasileiras.
A
Divinafolia é a maior festa micareta da região e uma das maiores do estado. A
cidade conta com um clube de futebol tradicional na primeira divisão do futebol
mineiro, o Guarani, conhecido como Bugre.
Com
este pequeno recorte, respondo a expectativa de alguns de meus leitores que
viajam comigo. Quando a quinta-feira estiver terminando, espero chegar em Porto
Alegre.
Não podemos deixar de observar o detalhe pitoresco do nome "Divinafolia", onde mescla-se um nome de origem religiosa para denominar uma festa pagã. Quanto ao saudoso Trancredo vale a pergunta; o que faria pelo nosso Brasil? Resta-nos sonhar e pedir ao universo que conspire por outro grande líder.
ResponderExcluirLimerique
ResponderExcluirO mestre sempre muito motivado
Não fica quieto em seu quadrado
Agora em Minas Gerais
Que não pensava jamais
Na Divinópolis de Adélia Prado.
Não sabia muito da origem do nome da cidade mas sei que muitas cidades de Minas vem com o nome da religião catolica.
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