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terça-feira, 5 de novembro de 2013

05.- UM OUTRO MAPA DA RIQUEZA

ANO
 8
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EDIÇÃO
 2582

Nova pesquisa revela que PIB mundial atinge maior valor da história, mas divisão segue extremamente desigual. Cinco anos depois do início da crise econômica mundial, marcada pela quebra do banco estadunidense Lehamn Brothers, os indicadores financeiros seguem apontando para uma concentração da riqueza ao redor do globo. De acordo com o relatório “Credit Suisse 2013 Wealth Report“, um dos mapeamentos mais completos sobre o assunto divulgados recentemente, 0,7% da população concentra 41% da riqueza mundial.
Em valor acumulado, a riqueza mundial atingiu em 2013 o recorde de todos os tempos: US$ 241 trilhões. Se este número fosse dividido proporcionalmente pela população mundial, a média da riqueza seria de US$ 51.600 por pessoa. No entanto, não é o que acontece. Abaixo há um  gráfico da projeção de cada país se o PIB (Produto Interno Bruto) fosse dividido pela população: 
A Austrália é o país com a média de riqueza melhor distribuída pela população entre as nações mais ricas do planeta. De acordo com o estudo, os australianos têm média de riqueza nacional de US$ 219 mil dólares.
Apesar de serem o país mais rico do mundo em termos de PIB e capital produzido, os EUA têm um dos maiores índices de pobreza e desigualdade do mundo. Se dividida, a riqueza dos EUA seria, em média, de mais de US$ 110 mil dólares. No entanto, é atualmente de apenas US$ 45 mil dólares — menos da metade.
Entre os países com patrimônio médio de US$ 25 mil a US$ 100 mil, se destacam emergentes como Chile, Uruguai, Portugal e Turquia. No Oriente, Arábia Saudita, Malásia e Coreia do Sul. A Líbia é o único país do continente africano neste grupo. A África, aliás, continua com o posto de continente com a menor riqueza acumulada.
Mesmo com o crescimento da riqueza mundial, a desigualdade social continua com índices elevados. Os 10% mais ricos do planeta detêm atualmente 86% da riqueza mundial. Destes 0,7% tem posse de 41% da riqueza mundial.
Veja no gráfico abaixo a pirâmide da riqueza. Apenas 0,7% da população detém US$ 98,7 trilhões de dólares:
Os pesquisadores da Credit Suisse também fizeram uma projeção sobre o crescimento dos milionários ao redor do mundo nos próximos cinco anos. Polônia e Brasil, com 89% e 84% respectivamente, são os países que mais vão multiplicar seus milionários até 2013. No mesmo período, os EUA terão um aumento de 41% do número de milionários, o que representa cerca de 18.618 de pessoas com o patrimônio acima de 1 milhão de dólares.
Em meados deste ano, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) divulgou um estudo sobre o crescimento da desigualdade social nos países desenvolvidos, como consequência da crise financeira.
A organização diz que o número de pobres cresceu entre 2010 e 2011 em 14 das 26 economias desenvolvidas, incluindo EUA, França, Espanha e Dinamarca. Nos mesmos países, houve forte aumento do desemprego de longa duração e a deterioração das condições de trabalho. Atualmente, o número de desempregados no mundo supera os 200 milhões.
Em contrapartida, entre os países do G20, o lucro das empresas aumentou 3,4% entre 2007 e 2012, enquanto os salários subiram apenas 2,2%.
Segundo informações da imprensa europeia, na Alemanha e em Hong Kong, os salários dos presidentes das grandes empresas chegaram a aumentar 25% de 2007 a 2011, chegando a ser de 150 e 190 vezes maiores que o salário médio dos trabalhadores do país. Nos Estados Unidos, essa proporção é de 508 vezes.
Centro comercial em Hong Kong: um dos maiores centros empresariais e de riqueza do mundo.
América Latina Na contramão das grandes potências, a situação econômica e social da América Latina melhorou. Entre 2010 e 2011, 57,1% da população dos países da região estava empregada, um ponto percentual a mais que em 2007, último levantamento antes da crise financeira internacional.
Em alguns países, como Colômbia e Chile, o aumento superou quatro pontos percentuais. Com o aumento do trabalho assalariado, cresceu também a classe média. Na comparação entre 1999 e 2010, a população dentro do grupo social cresceu 15,6% no Brasil e 14,6% no Equador.
No entanto, a OIT destaca que a região ainda enfrenta como desafios a desigualdade social, maior que a média internacional, e o emprego informal. A média da região é de 50%, sendo que em países mais pobres, como Bolívia, Peru e Honduras, supera os 70%.
Em todo o mundo, a organização afirma que há mais de 200 milhões de desempregados. A expectativa é que, ao final de 2015, esse número chegue a 208 milhões.

4 comentários:

  1. Edni Oscar Schroeder Amigo CHASSOT: Estou chegando do Semiárido (Petrolina-PE), onde a renda das famílias não é a necessária - mas as novas forma de coleta de água (que vem dos Céus . . . i.é, das poucas chuvas) e as distribuições do BF e das aposentadorias de trabalhadores(as) rurais (que não necessariamente contribuíram para o INSS) fazem o povo passar por uma seca onde quem morre são as vacas não aclimatadas.

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  2. "O povo sufocado pelos pesados tributos pode vir a perder para o poder suas propriedades". Poderíamos estar lendo uma crônica de Jean Froissart sobre a Idade Média, mas não, falamos dos proprietários de imóveis da cidade de São Paulo, onde o governo tal qual um tirano medievo arranca do povo suas terras com pesados tributos, aqui no caso o tal IPTU que tem agora uma previsão de aumento astronômica e impagável. Temos atitudes similares aqui no Rio de Janeiro, onde o governo transmuta-se de cordeiro e adota a postura benévola recheada de boas intenções em "pacificar as favelas". Na realidade o único interesse do Estado é passar a arrecadar impostos nesses territórios, nada mais. A segurança e melhores condições de vida do povo ficam ao Deus dará, como todo o resto da cidade. E pra fechar com chave de ouro o governo federal distribui um agrado populista que nada mais é do que a compra garantida dos votos dessa horda famélica.
    abraços

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  3. Mestre Chassot,
    os dados trazidos hoje são de uma dolorosa realidade e se poderia fazer um seminário sobre eles.
    Obrigado por fazeres uma lúcida alfabetização científica.
    Mirian

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  4. Limerique

    Era um Planeta injusto, desigual
    Ricos e pobres, diferença abissal
    Parece uma orgia fecunda
    E pobre só entra co'a bunda
    Enquanto o ganho vai pro capital.

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