ANO
8 |
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EDIÇÃO
2582
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Nova pesquisa
revela que PIB mundial atinge maior valor da história, mas divisão segue
extremamente desigual. Cinco anos depois do início da crise econômica mundial,
marcada pela quebra do banco estadunidense Lehamn Brothers, os indicadores
financeiros seguem apontando para uma concentração da riqueza ao redor do
globo. De acordo com o relatório “Credit Suisse 2013 Wealth Report“, um dos
mapeamentos mais completos sobre o assunto divulgados recentemente, 0,7% da população concentra 41%
da riqueza mundial.
Em valor
acumulado, a riqueza mundial atingiu em 2013 o recorde de todos os tempos: US$
241 trilhões. Se este número fosse dividido proporcionalmente pela população
mundial, a média da riqueza seria de US$ 51.600 por pessoa. No entanto, não é o que acontece. Abaixo há
um gráfico da projeção de cada país se o
PIB (Produto Interno Bruto) fosse dividido pela população:
A Austrália é
o país com a média de riqueza melhor distribuída pela população entre as nações
mais ricas do planeta. De acordo com o estudo, os australianos têm média de
riqueza nacional de US$ 219 mil dólares.
Apesar de
serem o país mais rico do mundo em termos de PIB e capital produzido, os EUA
têm um dos maiores índices de pobreza e desigualdade do mundo. Se dividida, a
riqueza dos EUA seria, em média, de mais de US$ 110 mil dólares. No entanto, é
atualmente de apenas US$ 45 mil dólares — menos da metade.
Entre os
países com patrimônio médio de US$ 25 mil a US$ 100 mil, se destacam emergentes
como Chile, Uruguai, Portugal e Turquia. No Oriente, Arábia Saudita, Malásia e
Coreia do Sul. A Líbia é o único país do continente africano neste grupo. A
África, aliás, continua com o posto de continente com a menor riqueza
acumulada.
Mesmo com o
crescimento da riqueza mundial, a desigualdade social continua com índices
elevados. Os 10% mais
ricos do planeta detêm atualmente 86% da riqueza mundial. Destes 0,7% tem posse de 41% da riqueza
mundial.
Veja no
gráfico abaixo a pirâmide da riqueza. Apenas 0,7% da população detém US$ 98,7
trilhões de dólares:
Os
pesquisadores da Credit Suisse também fizeram uma projeção sobre o crescimento
dos milionários ao redor do mundo nos próximos cinco anos. Polônia e Brasil,
com 89% e 84% respectivamente, são os países que mais vão multiplicar seus
milionários até 2013. No mesmo período, os EUA terão um aumento de 41% do
número de milionários, o que representa cerca de 18.618 de pessoas com o
patrimônio acima de 1 milhão de dólares.
Em meados
deste ano, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) divulgou um estudo sobre
o crescimento da desigualdade social nos países desenvolvidos, como
consequência da crise financeira.
A organização
diz que o número de pobres cresceu entre 2010 e 2011 em 14 das 26 economias
desenvolvidas, incluindo EUA, França, Espanha e Dinamarca. Nos mesmos países,
houve forte aumento do desemprego de longa duração e a deterioração das
condições de trabalho. Atualmente, o número de desempregados no mundo supera os
200 milhões.
Em
contrapartida, entre os países do G20, o lucro das empresas aumentou 3,4% entre
2007 e 2012, enquanto os salários subiram apenas 2,2%.
Segundo
informações da imprensa europeia, na Alemanha e em Hong Kong, os salários dos
presidentes das grandes empresas chegaram a aumentar 25% de 2007 a 2011,
chegando a ser de 150 e 190 vezes maiores que o salário médio dos trabalhadores
do país. Nos Estados Unidos, essa proporção é de 508 vezes.
Centro
comercial em Hong Kong:
um dos maiores centros empresariais e de riqueza do mundo.
América Latina
Na contramão das grandes potências, a situação econômica e social da América
Latina melhorou. Entre 2010 e 2011, 57,1% da população dos países da região
estava empregada, um ponto percentual a mais que em 2007, último levantamento
antes da crise financeira internacional.
Em alguns
países, como Colômbia e Chile, o aumento superou quatro pontos percentuais. Com
o aumento do trabalho assalariado, cresceu também a classe média. Na comparação
entre 1999 e 2010, a população dentro do grupo social cresceu 15,6% no Brasil e
14,6% no Equador.
No entanto, a
OIT destaca que a região ainda enfrenta como desafios a desigualdade social,
maior que a média internacional, e o emprego informal. A média da região é de
50%, sendo que em países mais pobres, como Bolívia, Peru e Honduras, supera os
70%.
Em todo o
mundo, a organização afirma que há mais de 200 milhões de desempregados. A
expectativa é que, ao final de 2015, esse número chegue a 208 milhões.
FONTE: www.ecodebate.com.br/boletim-diario/
30/10/2013
Edni Oscar Schroeder Amigo CHASSOT: Estou chegando do Semiárido (Petrolina-PE), onde a renda das famílias não é a necessária - mas as novas forma de coleta de água (que vem dos Céus . . . i.é, das poucas chuvas) e as distribuições do BF e das aposentadorias de trabalhadores(as) rurais (que não necessariamente contribuíram para o INSS) fazem o povo passar por uma seca onde quem morre são as vacas não aclimatadas.
ResponderExcluir"O povo sufocado pelos pesados tributos pode vir a perder para o poder suas propriedades". Poderíamos estar lendo uma crônica de Jean Froissart sobre a Idade Média, mas não, falamos dos proprietários de imóveis da cidade de São Paulo, onde o governo tal qual um tirano medievo arranca do povo suas terras com pesados tributos, aqui no caso o tal IPTU que tem agora uma previsão de aumento astronômica e impagável. Temos atitudes similares aqui no Rio de Janeiro, onde o governo transmuta-se de cordeiro e adota a postura benévola recheada de boas intenções em "pacificar as favelas". Na realidade o único interesse do Estado é passar a arrecadar impostos nesses territórios, nada mais. A segurança e melhores condições de vida do povo ficam ao Deus dará, como todo o resto da cidade. E pra fechar com chave de ouro o governo federal distribui um agrado populista que nada mais é do que a compra garantida dos votos dessa horda famélica.
ResponderExcluirabraços
Mestre Chassot,
ResponderExcluiros dados trazidos hoje são de uma dolorosa realidade e se poderia fazer um seminário sobre eles.
Obrigado por fazeres uma lúcida alfabetização científica.
Mirian
Limerique
ResponderExcluirEra um Planeta injusto, desigual
Ricos e pobres, diferença abissal
Parece uma orgia fecunda
E pobre só entra co'a bunda
Enquanto o ganho vai pro capital.