ANO
9 |
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
2990
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Quando cumprimento alguém pelo aniversário com atraso, brinco
que faço isso para expandir por mais dias a comemoração. Hoje, não busco
explicações, para prestar tardiamente uma homenagem fúnebre a um professor cuja
trajetória acadêmica foi exemplo a muitos educadores e cientistas brasileiros.
O professor Leopoldo de Meis morreu no domingo, dia 7, em
casa, de causas naturais. Deixa esposa, a professora Vivian Rumjanek, e quatro
filhos. Ele nasceu em uma colônia italiana em Suez, no Egito em 1ª de março de
1938, filho de Ezio de Meis, um violoncelista italiano, e de Maria de Meis. Passou
a infância em Nápoles, na Itália, para onde a família se mudou após o início da
Segunda Guerra Mundial. Quando tinha nove anos veio com a família morar no
Brasil.
Graduou-se em
medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro e nesta instituição fez sua extensa
e significativa carreira científica. Desta pode-se registrar a publicação de
205 trabalhos científicos em revistas internacionais e nacionais, além de 13
livros. Foi o responsável pela criação do instituto de Biociências da UFRJ.
“Não sei o que é mais importante: publicar um artigo
revolucionário num revista científica como a ‘Nature’ ou a ‘Science’; ou ver um
jovem feliz ao entrar na universidade”. Dessa forma o Prof. Leopoldo de Meis
comentou o recebimento do Prêmio Faz
Diferença, que ocorreu em 2010, na categoria da revista Meganize. Ele foi
escolhido por ter criado, em 1985, o Programa Jovens Talentosos, em que meninos
e meninas de baixa renda tinham a oportunidade de fazer um curso de prática
científica no Instituto de Bioquímica Médica (IBqM) da UFRJ, do qual Meis foi,
inclusive, um de seus fundadores e que hoje leva seu nome. A iniciativa foi
replicada em universidades de todo o país.
Em nota, quando de seu falecimento, a Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) lamentou e prestou
homenagem: “à sua trajetória de excelência acadêmica e sua dedicação à extensão
universitária como forma de atenuação da miséria social e identificação de
novos talentos para a educação, ciência, tecnologia e inovação serão para
sempre perpetuadas através de sua obra maior, o IBqM, e de seus seguidores”.
Na
recordação de textos sobre ensino de Ciências este blogue homenageia,
reconhecido, ao Prof. Dr. Leopoldo de Meis (1938—2014)
Pessoas que se preocupam com os outros, principalmente os mais necessitados merecem todo o respeito e reconhecimento pelos feitos. Justa homenagem.
ResponderExcluirTodas as mortes são perdas, afinal quando uma pessoa morre seus entes queridos e amigos sentem a falta do seu convívio. Porém quando morre um homem de ciência, perde toda a humanidade. Além dos seus entes queridos e amigos, todos nós ficamos "emburrecidos". Fica seu trabalho, legado de uma vida, que outros "Leopoldos" darão seguimento, mas aquela mente brilhante é única nas suas características próprias.
ResponderExcluirReflitamos.