ANO
9 |
A N Á P O L I S — GO
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EDIÇÃO
2978
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Esta edição ainda entra
em circulação em Anápolis. Minha agenda tem como ponto basilar — ou melhor:
quase exclusivo — O retorno para casa. Anápolis / Goiânia / São Paulo
(Guarulhos) / Porto Alegre consumirá cerca de 9 horas de minha sexta. Deixo o
Hotel às 6h, para chegar às 15h. Quando se é convidado a eventos, pouco se
analisa esses tempos. Parece que nosso fazer começa quando chegamos ao local do
convite e termina quando nos despedimos.
O breve comentário
que tece esta edição, ainda se espraia no estar no I Encontro das Licenciaturas
da UnUCET – da Universidade Estadual de Goiás. Ontem, último dia do evento, eu
não tinha participação formal. Mas, na metade da manhã fui ao Campus Central da
UEG. Logo recebi várias manifestações pela blogada de ontem. Os coordenadores
do evento sentiram-se tocados pelo crédito que lhes dei no meu texto.
Vivia-se a primeira
edição de um evento. Quase todos eram neófitos na complexa tarefa de organizar
eventos. Assim, recebi a gratidão por reconhecer que evento me encantava. Vi,
em mais de um rosto lágrimas. E estas eram de emoção pelo atingimento de
objetivos.
Deividi e eu |
Pela manhã assisti a
palestra Filosofia da Ciência e pesquisa no Ensino de
Ciências - Bachelard e Tomas Kuhn proferida
pelo Prof. Dr. Deividi Márcio Marques (Univ. Federal de Uberlândia).
Encantava-me como o Deividi associava Bachelard à Química e Kuhn à Física,
baseado na trajetória acadêmica de um e outro. Falando em trajetórias, ele
relata algo de sua história. Conta que no começo dos anos 2000 estava
finalizando a sua graduação, indeciso com a área que investiria na sua pós-graduação.
Na biblioteca, encontra um livro que se põe a ler. Em menos de três dias, não
tinha apenas o livro devorado. Sabia em que seria seu mestrado: História e
Filosofia da Ciência. E foi nessa área que fez também seu doutorado. Reconheceu,
publicamente a importância de A ciência
através dos tempos. Fiquei, mais uma vez muito contente. Ele já havia feito isso em Ouro Preto em agosto. O que mais pode querer um autor: que
um texto seu repercuta. Parece que este é um exemplo fulcral.
Mesmo
que não tivesse nem uma fala para mim, à tarde a programação sofreu alteração.
Na quarta, na minha fala, mencionara que tinha exemplo de uma prática de
pesquisa que ilustra a parte teórica que desenvolvera, quando discuti “Das
disciplinas à indisciplina”. Foi o bastante para que os organizadores rearranjassem
a programação.
Assim, das 17h às 18h, apresentei um exemplo de pesquisa. Propus
um problema genérico de pesquisa: “Como preservar saberes primevos na
tentativa de fazê-los saberes escolares mediados por saberes
acadêmicos? Este problema pode conter uma gama muito grande de
problemas de pesquisa. Direcionei a atividade para ser realizadas com alunos do
ensino médio. Não foram poucos os que depois, já na confraternização de
encerramento, contavam-me do pretendiam fazer a partir do diálogo de saberes
propostos.
Com
duas fotos de Larissa Ferreira, a ilustração de parte da
plateia na minha fala da tarde de ontem e também um grupo de participantes, que
quase me apagam na foto. E
foi embalando esses sonhos que se encerrou minha participação no evento. Posso
dizer que valeu a pena ter vindo à Anápolis.
Encanta-me no mestre o entusiasmo com que executa cada uma das inúmeras tarefas com essa energia. Como não ser reconhecido dessa maneira? Um exemplo de dedicação. Uma prova de que trabalhar é viver. O mundo seria melhor se todos encontrassem no seu fazer sentido para viver!!!
ResponderExcluirNessa era tão conturbada, de escândalos políticos, de máfias que se engalfinham, época em que o apetite do lucro cada vez maior justifica qualquer barbárie, é gratificante ver tanta gente dedicada em edificar um mundo mais culto. O saber educa o homem, forma o seu caráter, melhora as relações de convivência. Afinal, nem tudo está perdido.
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