ANO
9 |
A N Á P O L I S – G O
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EDIÇÃO
2976
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Estou pela segunda vez em Anápolis. A primeira foi em 19 de
setembro do ano passado. Então escrevia que o nome Anápolis — a cidade de Ana, era
uma evocação à antiga Vila Sant’Ana das Antas. Aprendi acerca da devoção à
Santa Ana, a avô do menino Jesus, na recontada história de como foi definido o
local da cidade.
Para mim esta vibrante cidade, que aprendi, então, é conhecida
como a Manchester Goiânia. Lateralmente devo acrescentar que em outubro deste
ano já estive em Juiz de Fora e Sorocaba, Manchester mineira e paulista.
Deslustrei, na primeira visita, algo estava no meu imaginário: associar
Anápolis a sua Base Aérea, seus Mirages e sua esquadrilha da fumaça. Isto é
pertence ao passado. Hoje se destaca aqui, por exemplo, a pujança da indústria farmacêutica
local.
No ano passado estive aqui envolvido com discussões catalisadas por
diversos campi IF-GO Instituto Federal Goiano. Hoje, estou aqui a convite da jovem
Universidade Estadual de Goiás (UEG), mais especialmente pela Unidade Universitária de Ciências Exatas e Tecnológicas,
da qual as quatro licenciaturas (Biologia, Física, Matemática e Química)
realizam o Primeiro Encontro das Licenciaturas.
O objetivo promover uma integração dos cursos
de licenciatura desta unidade de ensino deixando de lado posturas
disciplinares, em geral marcadas pelo conteudismo ou mais, valendo do argumento
que o importante é aprofundar-se nos conhecimentos específicos. Não se
dificuldades, tentei sensibilizar em direção oposta.
Parece importante justificar o título desta blogada.
É a primeira vez que venho à UEG. Não tenho aqui ex-orientandos. Do universo de
alunos e professores, conhecia muito poucos, de encontrar em eventos. E, aqui
ocorre algo muito singular.
Desde a recepção no aeroporto de Goiânia,
depois passando no restaurante onde estava um grupo de participantes e mais
tarde a chegada ao campus, parecia que estava retornando ao meu chão. Não
recordo que alguma vez fosse tão acarinhado. Não foram pelas centenas de fotos
que tirei, nem pelos muitos livros que autografei. As duas sessões de palmas
continuadas e vibrantes no encerramento da conferencia, me emocionaram. Fui
agraciado com uma grande cesta com produtos goianos, ganhei um lindo cartão e
camiseta do evento. Não se trata disto que estou falando. Acima de tudo ganhei
muito carinho. Foi algo original. Foi algo excepcional.
Quando penso que na tarde de terça, pelo recrudescimento
de dor ocasionada pela queda que contei aqui na oura quarta, cogitei a cancelar
a viagem, teria sido frustrante. Até a dor cheguei esquecer por um tempo.
Sou grato a este grupo que mais faz partícipe
do I Encontro das Licenciaturas da UnUCET – da Universidade Estadual de Goiás.
Está sendo muito bom estar aqui em Anápolis.
Uma das máximas mais corretas é "colhe-se aquilo que se planta". O mestre planta o conhecimento com carinho e humildade respeitando sempre a opinião alheia, a meu ver um dos diferenciais que o torna especial, sendo assim sua colheita não poderia ser outra. O verdadeiro sábio não é aquele que coloca-se em um pedestal e só escuta a própria voz, infelizmente a prática da maioria quando adquire algum conhecimento, mas sim aquele que sabiamente sabe ouvir, sabe orientar e principalmente sabe a hora de corrigir. Attico Chassot como poucos conseguiu reunir estes e muitos outros atributos.
ResponderExcluirTodo o carinho que recebes nestas andanças é reconhecimento ao incansável trabalho de alfabetização científica.
ResponderExcluirNo entanto, com tantas idas próximo à Brasília, confesso que temo sermos surpreendidos por uma blogada repentina dizendo, por exemplo: "Por tempo indeterminado estarei no poder, não mais podendo fazer interlocução com vocês, seres inferiores". (rsrsrs). Fico imaginando o mestre sendo atraído pelos tentáculos do poder. Estejamos atentos. Boa estada.