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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

09.- O CIENTISTA E O POETA


ANO
 9
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 2982

Ao encerrar a última edição, anunciava para hoje o cientista e o poeta. Esta edição se tece no esteirar das edições de sábado e de segunda.  
Na primeira, retornado de Anápolis, viagem semelhante a que fizera em setembro do ano passado, recordei que então, conhecera o jovem cientista André Lucio Franceschini Sarriá, um químico de produtos naturais, especialista em ‘comunicação entre plantas’. Celebrando a evocação trouxe, trouxe excerto de entrevista que fizera com Tite, como é conhecido o Ph.D., ora na Inglaterra.
Esta retrazida ensejou que Jair Lopes — o comentarista-poeta, que faz este blogue distinguido, publicasse mais um de seus apreciados sonetos-acrósticos: AS PLANTAS SABEM.
A natureza sempre sabe o que faz
Simples plantas fazem comunicação
Pedem socorro para frente ou atrás
Liberam eflúvios no seu raio de ação.

Assim ajustam falta de movimento
No relacionamento com as amigas
Tentam evitar a qualquer tormento
Ataque de predador e de formigas.

Sentem atmosfera e meio ambiente
Sabem até mais do que muita gente
Apesar de bestas acharmos que não.

Basta que uma planta seja atacada
Então ela avisa todas as camaradas
Mover não, comunicar-se de montão.
O cientista, que antes aderira a comentário de Vanderlei Farias, encantasse com o poema do aeronauta amerissado em Floripa. Escreveu perguntando pela autoria. “Não conhecia este soneto, gostei muito. Vou usa-lo algumas vezes. Um abraço, titi.”
O espirituoso poeta, incontinente respondeu: “Titi Sarria, eu também não o conhecia até hoje, acabei de fazê-lo. Pode usa-lo como quiser, está liberado. Jair.”
Caiu a ficha do cientista: “Rs rs rs! obrigado. A usarei com as devidas referências, um abraço”.
A propósito: a edição de ontem, Sujar-se faz bem a saúde, detalhado aqui pelo Dr. Sarriá, recebeu do Jair um soneto-acróstico: A SUJEIRA FAZ BEM.

4 comentários:

  1. Mestre Chassot,
    na exposição do Dr. André Sarriá, publicada ontem, visualiza-se com detalhes o que o o senhor mostra no diálogo entre os três saberes: a busca de um saber primevo (sujar-se faz bem para saúde) explicado com o saber acadêmico (a existência no solo de uma bactéria chamada Pseudomonas vacae) para ensinar-se um saber escolar (o contato com a terra é algo saudável).
    Excelente fazer dialogar estes três saberes.
    A admiração de
    Michaela

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  2. Acróstico
    À criatividade

    Ou se é um cientista ou poeta
    Considero isso uma bobagem
    Inclina-se ciência a uma meta
    E sua mente mostra voragem.

    Não estranhe se ele versejar
    Ter curiosidade é seu direito
    Isto além de tudo será salutar
    Seu cérebro torna-se perfeito.

    Ter cérebro somente canhoto
    Assusta o tal cientista liberal
    Então o lado um tanto maroto
    Une-se à destra ala cerebral.

    Mais afinado agora à poesia
    Pode cientista então esnobar
    Ousa não ser uma anomalia.

    Estando desse modo a poetar
    Tenta até compor a antologia
    A fim de fazer-se tão peculiar.

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  3. A Michaela sintetizou muitíssimo bem um dos objetivos deste rico e democrático espaço. Me sinto cada vez mais envolvido nestas atividades de alfabetização científica.

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  4. Como já dito o universo vive de perguntas. A curiosidade daqueles que fazem ciência torna a vida de todos melhor. Há alguns anos a humanidade aguardava o fim do mundo ante a expectativa do choque do cometa de Halley com o planeta. Hoje pousamos com uma sonda em um desses. O que mais virá? A ficção e a realidade convivem em uma tênue linha constantemente rompida.

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