ANO
9 |
A G E N D A em www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
2941
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Na manhã desta quinta
viajo para Campinas, para a seguir ir a Goianá. Meus leitores já viajaram
comigo a esta cidadezinha da Zona da Mata mineira, com cerca de 3,6 mil habitantes.
Ali está o aeroporto que serve a cidade de Juiz de Fora. A cognominada ‘Manchester
Mineira’ tem uma população quase 200 vezes maior que cidadezinha que lhe
empresta o aeroporto. Amanhã e sexta, tenho compromissos na Universidade Federal
de Juiz de Fora. Com esta saída quebro uma longa abstinência de viagens de duas
semanas, algo inédito este ano.
A edição de hoje traz um
comentário acerca de um livro que faz sucesso nos Estados Unidos. Ele ainda não
está traduzido para o português. Li algumas resenhas. Porém, meu inglês exige
que espere uma tradução. Sirvo-me hoje do abalizado comentário que Hélio
Schwartsman, bacharel em filosofia, publicou na p. A2. na Folha de S. Paulo de
sexta, 24. O autor de ‘O Segredo de Avicena’ nos faz desejoso de conhecer a
obra completa.
A ARTE DE MORRER
"Being Mortal" (sendo mortal) é um livro de não ficção sobre o tema
mais deprimente que se pode imaginar: a decadência física e mental que precede
a morte. Ainda assim, nós o lemos com a mesma avidez com que se devora um
romance de mistério. O fato de sabermos a priori que os protagonistas morrerão
nem chega a atrapalhar.
A
principal razão é que seu autor, Atul Gawande, cirurgião, professor em Harvard,
escritor e jornalista da "New Yorker", tem amplo conhecimento do
assunto e sabe como ninguém cativar o leitor. Ele se vale de casos de idosos e
de pacientes terminais, incluindo tocantes experiências autobiográficas, para
mostrar que, no Ocidente, nós perdemos o que os medievais chamavam de "ars
moriendi", a arte de morrer bem.
O
problema central, diz Gawande, é que a medicina obteve sucesso em tantas
esferas que acabamos delegando a ela também os cuidados com o envelhecimento e
a morte. Só que a maioria dos profissionais de saúde não está preparada para
lidar com esses dois processos, que são irreversíveis.
O
resultado é que criamos uma estrutura que esvazia de sentido os momentos
finais. Para evitar que idosos se machuquem, roubamos-lhes o que ainda têm de
autonomia, confinando-os a asilos e hospitais. Para tentar prolongar a vida de
pacientes de câncer, submetemo-los a tratamentos com pouca chance de sucesso e
que acabam com a qualidade da vida que lhes resta.
Obviamente,
não há solução para esses problemas. A perda de autonomia faz parte do
envelhecimento e o câncer mata de forma muitas vezes cruel. Ainda assim, é
possível estabelecer as prioridades de cada paciente e tentar atendê-las,
deixando com que tenham o máximo de controle sobre seu destino. Gawande mostra
não só como isso pode ser feito mas também o impacto positivo que tem sobre o bem-estar
de pacientes, familiares e do sistema de saúde.
VIDA & MORTE
ResponderExcluirO muito pouco que te resta de vida
Neste corpo decrépito e carcomido
Deverá aproveitar à maneira devida
Tudo que seja ou deveria ter sido.
Sei que aqui estás só de passagem
E nada que viste aproveita na morte
O corpo que vai não leva mensagem
E para o inferno não há passaporte
Pois a morte desobriga-nos da lida
E com o corpo se vai a existência
Se você foi bondoso causará ferida
Se estudioso foi, perderá a ciência
E por você, sofrerá pessoa querida
Mas, o que fazer? tenha paciência.
Acredito que existam alguns pontos a ponderar nesse tema. Além do citado, lembraria a crescente falta de paciência e aceitação para com a velhice. A sociedade capitalista vê no velho um estorvo, se esquece da longa estrada percorrida, caminhada essa muitas das vezes sacrificada pelo mesmo que agora o coloca a um canto como um aparelho obsoleto. Ai nosso sistema selvagem inclui o velho como mercadoria, entulhando os depósitos de tristeza para definharem esquecidos na esperança de escassas visitas geralmente providas por grupos religiosos totalmente estranhos ao seu convívio.
ResponderExcluirSer alfabetizado cientificamente significa não fazer sensacionalismo em cima das chamadas divulgações de cunho científico. Uma notícia desse porte deve ser divulgada e tratada com cuidado. Autoridades da área como o Professor Attico Chassot tratam da temática com clareza. Vale a pena ler. Bárbara Maciel, Dayanne Araujo, Rafael Ribeiro,Angelo Martins e demais alunos da Universidade Estadual do Amapá
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