ANO
9 |
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EDIÇÃO
2925
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Nesta
segunda-feira, volto ao tema — o prêmio Nobel — que monopolizou atenções na semana
passada e nesta semana terá uma sequência. Na edição do último sábado
apresentei os nomes dos ganhadores (com as nacionalidades) dos cinco prêmios
Nobel, distribuídos na semana passada e também as justificativas dos diferentes
comitês da Fundação Nobel para a outorga. Vimos então que em Física foram três
homens; Química, também três homens; Medicina, dois homens e uma mulher; Literatura,
um homem; e Paz, um homem e uma mulher. Assim em 2014 foram premiados 10 homens
e duas mulheres. O Nobel de Economia de 2014 deverá ser anunciado dentro de
três dias.
Dizia
então que olhando os dados totais de premiações e os números atribuídos a
mulheres — e se considerarmos o Prêmio um razoável indicador — o título do
livro: A Ciência é masculina? É, sim
senhora! continua adequado.
O
número que ganharam o Prêmio Nobel é muito pequeno de mulheres. Elas são apenas
17 entre os laureados nas Ciências (duas em Física, quatro em Química e onze em
Medicina ou Fisiologia) Destas 17, apenas 3 prêmios foram atribuídos exclusivamente
a mulheres. Então, em um universo de 575 premiados, há menos de 3% de mulheres
premiadas. Vale lembrar que prêmio pode ser individual ou dividido entre dois
ou três escolhidos (na situação de três premiados um pode receber a metade e outros
dois um quarto ou cada um dos três um terço). A tabela seguinte é uma síntese dos três prêmios
na área das Ciências:
Pode-se
observar que das 17 mulheres que ganharam o Nobel, seis receberam no século 21.
A última mulher que ganhou sozinha foi em Bárbara McClintok, em Medicina, em
1983.
Mas
não é só a Ciência que masculina. Nas outras três modalidades de prêmios Nobel
temos:
O
Prêmio Nobel de Literatura treze mulheres entre 107 laureados.
O
Prêmio Nobel da Paz já foi concedido 95 vezes entre organizações e pessoas, dentre as quais 16
mulheres já foram premiadas.
O
Prêmio Nobel de Economia – o único mais recente, pois, diferentemente dos cinco
outros, que iniciaram em 1901, este começou em 1969 – em 2009, pela primeira
vez premiou uma mulher (Elinor Ostrom, nascida em 1933 nos Estados Unidos)
junto com um homem.
Mesmo que as mulheres não estejam representadas nestes prêmios por razões que conhecemos ainda constituem papel fundamental na ciência e em todos setores da sociedade. A ciência é masculina com um sensível toque feminino.
ResponderExcluirO que dizer de uma humanidade onde até Deus é homem?
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