ANO
9 |
Um bom DILMA!
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EDIÇÃO
2937
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É amanhã. Ao anoitecer do
domingo poderemos fazer previsões mais concretas acerca dos próximos anos. Não disse
apenas dos próximos quatro anos, mas, talvez, para vinte anos.
Na segunda escrevi, na
blogada mais acessada dentre as quase três mil postadas neste blogue, em mais
de 8 anos: Impressionam-me certas razões para votarem num candidato. “Eu acho a Dilma antipática” é justificativa
de pessoas de quem eu supunha poder esperar no mínimo, uma avaliação política. Há avaliações marcadas por um automático antipetismo, construído pela mídia e que a muitos capturou. Houve, então, quem me interrogasse (ou
pedisse exemplo) do que seria uma avaliação consistente para votar na Dilma.
Quem
olhar o vídeo recomendado aqui na quinta encontra pelo menos 13 razões para votar na
Dilma amanhã. Se eu tivesse que escolher apenas uma, voltaria a considerar a redistribuição dos distintos estratos sociais desenhada na ilustração que mais
de uma vez postei, nos últimos dias. Repito aqui:
A
diminuição de 3% dos muito ricos (= 6 milhões, destes passaram para a classe
média alta) e a ascensão à classe média de 6% de excluídos (vale recordar que
são cerca de 12 milhões de pessoas). A classe média intermediária aumentou em
15% (= 30 milhões de pessoas). Se tivesse alguma dúvida em quem votar, esses
números seriam convincentes. Essas alterações na configuração dos estratos sociais têm repercussões não somente para os diretamente beneficiados, mas para toda a sociedade. Isso porque uma sociedade mais igual é garantia de menos violência, de mais segurança para todos.
Se
me fosse solicitada uma segunda razão, elegeria algo que também já repeti aqui
muitas vezes: Nos últimos semestres, mais da
metade dos alunos (às vezes, turmas inteiras) são da primeira geração que chega à
Universidade. A Universidade brasileira, nos últimos anos, mudou de cor. Agora
há alunos negros,indígenas, pobres... E, aqui, um lembrete especial aos gaúchos: foi Tarso Genro, enquanto Ministro de Educação do governo Lula, que criou e implantou o ProUni. Este ano o vice-Reitor da UFFS (com campi em PR, RS e SC)
disse-me que 87% dos alunos de sua Universidade são os primeiros de suas
famílias que chegam a Universidade. Em breve mudará também a cor do corpo docente.
Há razões sobejas para
amanhã votar no 13. Se o leitor ou a leitora ainda não estiver convencido e
precisa de mais argumentos: assista ao vídeo produzido de maneira independente por artistas do Rio
Grande do Sul:
Cresci ouvindo sobre... e vendo fome, miséria, níveis elevados de desemprego. Que a universidade era para os ricos. Hoje, quem vê, percebe que muito se avançou. Diminui-se a fome, a miséria, o desemprego. Temos muito mais oportunidade para estudar. Acredito que podemos melhorar ainda mais!!! Retroceder, jamais...O modelo que deu certo precisa continuar. O Brasil, como o Sol, nasceu para TODOS.
ResponderExcluirHá o dito popular chavão que diz "religião e política não se discute". Discordo, opiniões são para serem discutidas e lapidadas. E quando se tem um interlocutor do quilate de um sábio a prosa torna-se educativa. Respeito a sapiência do Mestre, porém refuto as mil e uma maravilhas entoadas pelo PT. No início do século XX a Alemanha assassinava a sangue frio uma das maiores ativistas que tivemos, Rosa Luxemburgo. Sua morte inclusive influenciou de forma definitiva para que Marcuse se afastasse da política, tornando-se um crítico a parte do sistema. Fiz do seu exemplo meu procedimento, embora crítico não levanto bandeiras. Mas nesse momento é inegável a constatação da intransigência do atual governo com manifestações ou críticas. E são dois pesos e duas medidas, se por um lado punem-se manifestantes como terroristas, trata-se criminosos como injustiçados. O resultado ai está, ruas sitiadas, favelas em constante guerra civil e o povo a mercê do Deus dará. Não vejo em Aécio solução, mas o continuismo também assusta.
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