ANO
9 |
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EDIÇÃO
2919
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Este
7 de outubro é uma data histórica. Foi nesta data, em 1571 a vitória dos
cristãos sobre os turcos na batalha de Lepanto. E, 7 de outubro passou a ser o
dia da celebração litúrgica de Nossa Senhora do Rosário, instituída pelo papa
Pio V, para recordar como o terço (e a espada) garantiram a memorável vitória
sobre os “bárbaros infiéis”. Abstenham-se de classificar-me como igrejeiro,
mesmo que traga a cena uma das invocações marianas mais queridas dos católicos,
a recordação da data é uma das melhores amostras do poder temporal da igreja,
ainda nos tempos modernos.
- National Maritime Museum |
Vale
atentar a este relato: Em
1570, os turcos otomanos invadiram a Ilha de Chipre, então na posse da
República de Veneza. Os venezianos, enfraquecidos por anos de luta contra os
turcos, viram-se obrigados a pedir ajuda, já que a posse de Chipre permitiria
aos turcos o domínio do Mediterrâneo. O Papa Pio V reuniu uma esquadra de
duzentas e oito galés e seis galeaças (enormes navios a remos com quarenta e
quatro canhões), das marinhas da República de Veneza, Reino de Espanha,
Cavaleiros de Malta e dos Estados Papais, sob o comando de João da Áustria,
formando a então chamada Liga Santa. Esta frota enfrentou duzentas e trinta
galés turcas ao largo de Lepanto, na Grécia, a 7 de outubro de 1571. Consta que
Miguel de Cervantes participou nesta Batalha. O combate durou somente três
horas. Foram destruídas ou capturadas cento e noventa galés turcas, enquanto os
cristãos perderam apenas doze navios. Lepanto foi o fim da ameaça marítima
turca para a Europa.
Agora o relato milagroso da mesma
batalha:
A sete de outubro de
1571, a frota católica encontrou a poderosa esquadra otomana no golfo de
Lepanto. E apesar da superioridade numérica do adversário, os cristãos saíram
triunfantes, afastando definitivamente o risco de uma invasão. Antes de
travar-se o combate, todos os soldados e marinheiros católicos rezaram o
Rosário com grande devoção. Logo no início da retirada dos barcos muçulmanos,
os católicos reanimaram-se e reverteram a batalha: os infiéis perderam 224
navios (130 capturados e mais de 90 afundados ou incendiados), quase 9.000
maometanos foram capturados e 25.000 morreram. Ao passo que as perdas católicas
foram bem menores: 8.000 homens e apenas 17 galeras perdidas.
A
vitória, que parecia quase impossível, deveu-se à proteção da Virgem
Santíssima, a qual - segundo testemunho dado pelos próprios muçulmanos -
apareceu durante a batalha, infundindo-lhes grande terror. Aprisionados pelos
católicos, alguns mouros confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora
aparecera no céu, ameaçando-os e incutindo-lhes tanto medo, que entraram em
pânico e começaram a fugir (www.eradomilagre.com/).
Esta
batalha está representada no teto da igreja do Rosário na rua Vigário José Inácio
(entre Andradas e Otávio Rocha) uma das igrejas católicas do centro de Porto
Alegre. A extensa pintura foi executada por Lorenz Heilmeier, artista alemão, autor
também dos vitrais que adornam as janelas.
Sempre
imagino quanta inculcação não deve ocorrer aos fiéis durante as celebrações
litúrgicas, ao verem os cristãos decapitando os muçulmanos, abençoados por São
Domingos com o rosário em uma das mãos!
Cristo X Maomé
ResponderExcluirUns, protegidos com católico manto
Outros, infiéis confiantes na bravura
E desta vez valeu apelar aos santos
Acabar com turcos naquela loucura.
No fim, otomano desfeito em pranto
E cristãos agradecendo sua ventura
Que eles atribuem ao deus o quanto
Valeu manter a crença que perdura.
Voltaram envoltos naquele encanto
Que lhes trouxe essa total varredura
Que jamais se repetirá, no entanto
Pois não guerreia quem tem tonsura.
Assim findou a Batalha de Lepanto,
Mas sua cristã influência ainda dura.
Como escrito em Romanos 4:17 sobre a fé; "Chama a existência de coisas que não existem".
ResponderExcluirA fé é a muleta da aflição, o conforto do moribundo, a constatação da insignificância da raça humana.
Rosário e espada? Combina?
ResponderExcluirTento, mas há "verdades dogmáticas" que não consigo entender. Por que, ao povo, é negado conhecer (história, ciência, os fatos de fatos)?