15.- DIA DO PROFESSOR!

ANO  9

A G E N D A    em www.professorchassot.pro.br

EDIÇÃO  2927

Hoje é um dia muito especial. Mesmo avesso a comemorações, a evocação daqueles que foram ou são nossos professores merece celebrações. Há quem tenha dito com simplicidade (mas, não sem propriedade): Ser professor é a única profissão que forma todas as outras.

Ontem, recebi os votos da Coordenadoria de Graduação do Centro Universitário Metodista do IPA com a mensagem:

Feliz aquele que transfere o que sabe, marcando as páginas de nossas vidas!

Esta frase se assemelha um pouco ao dito de Cora Coralina, a poetisa de Goiás Velho, que está na lousa ao lado. Não deixa de ser significativo, que na busca de ilustrações para a esta edição, em sua maioria as sugestões eram de quadros-verdes (ou lousas) que, alguns conhecemos como ‘quadro-negro’. Pincéis atômicos ou lousas digitais e outras tecnologias, como o PowerPoint, e assemelhados quase que baniram o giz tão presente nas nossas salas de aula, ainda no advento do século 21.

Celebro esta data como professor já pela 54ª vez. Muitas foram marcantes. Evoco algumas com saudades. Outras singelas, como na noite de ontem fazendo partições de histórias com alunas e aluno do curso de Pedagogia. Mas, há uma que é insuperável. Num 15 de outubro recebi um presente maravilhoso. Nasceu uma das minhas filhas. Por uma saborosa coincidência ela se tornou referência em algumas de minhas falas e escritos.

Quando quero trazer um exemplo do dogmatismo da escola narro que a Ana Lúcia estava, talvez, no 5º ano do ensino fundamental. Ao buscá-la no colégio João XXIII, deliciava-me com relatos de suas aprendizagens. “Hoje aprendi os nomes das caravelas de Cabral”. Logo me recitou sonoramente: “Santa Maria, Pinta e Niña!” Ante minha contestação, ao dizer que essas eram as caravelas de Colombo, ela foi peremptória. “A professora disse que são do Cabral, logo são do Cabral!” Chegados em casa, consultamos a enciclopédia, pois há época não havia Google ou assemelhados. Lá estava, para orgulho dos conhecimentos de história de seu pai, que estas eram as caravelas de Colombo. A Ana Lucia não se deu por vencida: “A enciclopédia está errada, pois a professora disse que são de Cabral!”. Afortunadamente em minha história tive alguns mestres que me ensinaram a trabalhar com incertezas e abandonar o dogmatismo.

Neste relato faço uma homenagem a dezenas de professoras e professores que estão na minha história. Faço o registro emocionado de duas:

Maria Clara Volkweiss Chassot ((1909-2001) minha mãe que foi professora de escola multi-seriada em Piedade do Forromeco, então município de Montenegro.

Celina Sá Forte, professora, em 1947, de uma turma de 44 alunos (listados em separado: 17 meninas e 27 meninos; onde eu era o número dois) no Grupo Escolar de Estação Jacuí (hoje, Escola Estadual Marcelo da Gama), hoje município de Restinga Seca, RS.