ANO
9 |
Livraria virtual em
www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
2921
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Uma
vez mais, uma edição que entra em circulação quando recém percorri uma hora das
seis horas de ônibus que separam Porto Alegre de Frederico Westphalen. É a
minha viagem mensal para estar por um dia no Programa de Pós Graduação em
Educação da URI de Frederico Westphalen. Hoje à noite, faço a mesma jornada em
sentido inverso.
Minha
agenda desta quinta tem, entre dois pontos de destaque: uma banca de
qualificação e a terceira sessão presencial da edição do segundo semestre da
oficina: “A arte de escrever Ciência com arte” para um grupo de mestrandos.
Tenho ainda sessões de orientação e nestes algo saboroso, encontro com
ex-orientandas, numa dinâmica que mostra o quanto, mesmo terminado o mestrado,
cabem continuações de produções. Nesta dimensão encontro-me com a Camila
Guidini Camargo, que fez a dissertação evidenciando o quanto os indígenas são
alienígenas na Universidade, para assistirmos, na parte da tarde, atividades do
III Simpósio afrocultura: narrativas
afro-brasileiras e indígenas, memórias e ensino, que inicio na terça e se
conclui hoje à noite.
Mas
o momento maior será esta manhã quando Izaura Ceolin dos Santos, licenciada em Química
e professora Escola Estadual 20 de Setembro em Caiçara, submeterá a qualificação
sua proposta de dissertação: O diálogo entre três saberes: acadêmicos,
escolares e primevos, ampliando a alfabetização científica. A banca terá
como membro interno o Prof. Dr. Arnaldo Nogaro, do Programa de Pós Graduação em
Educação, URI que é professor da URI no Campus de Erechim e como membro externo
o Prof. Dr. André Boccasius Siqueira, Universidade Federal de Santa Maria,
Campus Palmeira das Missões, Departamento de Zootecnia e Ciências Biológicas.
Em
mais de uma oportunidade já ofereci destaque aqui, o quanto — dentre os
diferentes rituais que a universidade realiza — o exame de qualificação é não
só aquele que tem o nome mais bem posto, mas é o momento no qual orientador e o
orientando recebem da banca ratificações e retificações na trajetória para que
possam levar a bom termo o que consta na proposta. Uma sessão de qualificação é
usualmente um seminário (no sentido etimológico de sementeira) de fértil
diálogo que se traduz em construção de saberes. Para mim, que já vivenciei centenas
de qualificações, esta, desta manhã, tem uma dimensão inédita. Pela primeira
vez tenho um ex-orientando como parceiro numa banca. O André foi meu orientando
de mestrado na Unisinos. Em janeiro de 2004 ele defendeu com méritos a dissertação
“Aproveitando os saberes de jovens e adultos sobre
plantas medicinais”; depois
fez doutorado e hoje é professor na Universidade Federal de Santa Maria. O tema
da dissertação de hoje é próximo àquele que há mais de dez anos eu trabalhava
com o André.
Estou
muito contente com esta oportunidade e tenho muita expectativa com as
contribuições que o André e o Arnaldo, há muito meu colega em diferentes
fazeres acadêmicos, vão acrescentar ao trabalho da Izaura. Prognostica-se uma frutuosa
manhã.
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