ANO
8 |
em fase de transição
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EDIÇÃO
2636
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Na edição de
ontem se apresentou com satisfação, aqui, uma proposta de dicionarização de um
novo substantivo/adjetivo. Localívoro é uma pessoa interessada em comer, quando possível, alimentos
localmente produzidos, que não tenham percorrido longas distâncias entre a
produção e o consumo. Uma distância máxima desejada seria algo de até 100 km.
É preciso destacar que não se está
vibrando com (e aderindo a) mais um modismo.
Há a defesa de uma postura política em busca de um necessário cuidado (cada vez
maior) com a saúde do Planeta.
Talvez fosse
oportuno referir ‘semelhanças’ com uma versão muito saudável com o movimento slow food que a partir da Itália ajuda transformar
o mundo para melhor.
Anunciei para
hoje uma receita: 10 maneiras de começar a ser um localívoro. Trata-se de uma
adaptação livre de um texto de Molly Watson em http://localfoods.about.com/od/localfoodsglossary/g/locavore.htm
tr
A trazida aqui
é como curiosidade para divulgar o movimento localívoro. É uma
proposta estadunidense, mas serve para pensarmos alguns indicadores:
1. Saiba que produtos
são da ‘estação’:
Saber o que está em temporada em sua região irá ajudá-lo a saber o que esperar
em mercados de agricultores e ajudá-lo a saber quais os itens em outros
mercados e lojas podem ser obtidos a partir de fontes locais ou regionais (e
quais os que definitivamente não são!). Há já Guias de Sazonalidade Regionais
2. Compra em mercados de agricultores: Compras em
mercados de agricultores que apresentam produtos cultivados localmente é uma
maneira fácil de aumentar a quantidade de alimentos locais que você compra e
come. Nem todos os mercados de agricultores têm as mesmas diretrizes. Assim é
recomendável verificar para ver exigências de vender produtos cultivados ou
produzidos em propriedades locais ou regionais.
3. Conhecer os produtores é uma
garantia extra: não conhecemos quem são as pessoas (no máximo
sabemos quem são as empresas do agronegócio) que produzem a maioria dos
alimentos que consumimos. Conhecer os agricultores que produzem o tomate, a
cebola, o feijão etc nos assegura sabermos se não foram usados, por exemplo,
inseticidas e sim que certamente foi feito o controle biológico de pragas.
[Este item é alternativo à descrição do Community Supported Agriculture (CSA).
4. Compre em estabelecimentos onde conste a origem dos
alimentos.
Se você tem uma escolha de mercados, escolha aquele que anuncia a origem dos
produtos. Em particular, procure por sinais que indicam a fonte de frutos do
mar, carnes, aves. Cooperativas e lojas de alimentos saudáveis são
mais propensos a indicar claramente a origem dos alimentos que oferecem, mas
mercearias convencionais estão cada vez mais rotulando a origem dos produtos.
Não há sinais
em seu mercado local? Fale com o gerente ou gerentes de seção. Expresse seu
interesse em alimentos cultivados e produzidos localmente. Peça para que todos
os itens localmente ou regionalmente cultivados presente na loja sejam
destacados.
5. Loja de mercearias: nestas lojas
compre produtos frescos, carnes e laticínios - justamente os itens que você
pode perguntar sobre sua origem e ter chance de encontrar alguns produzidos em
locais próximos.
6. Seja também um ultra-produtor local: plantar no seu jardim, ou mesmo numa sacada, seu
próprio alimento é a melhor forma de ser um localívoro. A partir de um simples
jardim de ervas ou containers ou caixas (= terrário) uma família produzir alguns de seus próprios
alimentos.
7. Visita a
Fazenda e sítios tipo “Colha e pague”
Para a maioria
dos habitantes da cidade, sítios e fazendas não são solução para colher alimentos
todos os dias. Mas quando a oportunidade se apresenta e se pode ir a
estabelecimentos do tipo ‘colha & pague’ (aonde você vai a uma fazenda e
escolhe seu próprio produto) são uma grande oportunidade de adquirir
quantidades de produtos frescos.
8. Escolha restaurantes que privilegiam localívoros.
Restaurantes frequentemente
compram de produtores locais e regionais, produtores e fornecedores que operam
com alimentos certificados e isso representa seu aos localívoros, mesmo quando
você come fora. Divulgue em suas redes sociais estes restaurantes para
privilegiar sua postura em prol da sustentabilidade. [Aqui uma semelhança ao
movimento ‘slow food’ referido a abertura].
9. Prestigie produtores de alimentos: Ofereça apoio
a um sistema alimentar local através da compra de artesãos e produtores de
alimentos de propriedades locais como padarias, açougues e torrefadores de café.
10. Procure descobrir como são produzidos os alimentos
que não de sua região:
Comer alimentos locais certamente
não é sempre possível, então procure saber como eles são produzidos nos locais
distantes e prestigie aqueles que trazem indicações acerca de processos de
produção e como eles chegam até a você.
Altamente racional o movimento "localívoro", lembrando que no livro do Jornalista Fernando de Morais, "A Ilha", o mesmo nos relata da postura adotada por Fidel em Cuba em proteger o produto nacional, no caso a cana de açucar. A Partir dessa atitude a economia daquele país, tão destroçada por Fulgencio Batista, começou a se recuperar e sobrevive até hoje. Como disse o Mestre, não se trata de modismo, se trata do remédio necessário no momento ao nosso planeta. Conclamo a todos atitudes solidárias.O planeta e a saúde de cada um agradece.
ResponderExcluirAbraços
Muito prezado Mestre Chassot!
ResponderExcluirComo disse acerca de uma nova leitura para o fracasso, Uma vez mais o sucesso do mestre na seleção de um tema para um fim de ano.
As edições de ontem e de hoje bombaram (para usar uma palavra jovial). Vou aderir ao localívoro e fazer dele uma bandeira, na perpectiva trazida pelo sempre atento Antônio Jorge, que comentou há pouco.
Ratifico o que escrevi outro dia: o continuado sucesso deste blogue neste ano de 2013, dizendo que vibro com retorno a edições diárias.
Na expectativa de um 2014 fecundo, Mestre.
A admiração do
Laurus Loureiro Lima
ResponderExcluirRita de Cassia escreveu: "Bela blogada, Professor! Esse movimento precisa ser muito divulgado!"