ANO
8 |
em fase de transição
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EDIÇÃO
2623
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Ontem,
conhecemos aqui algo acerca da serendipidade. Muito provavelmente a história da
"Coroa de ouro do rei Hierão" é um exemplo para ilustrar um evento
serendipitoso.
“Era uma vez
um rei. E um sábio. O rei se chamava Hierão, e o sábio, Arquimedes. Os dois
viviam em Siracusa, cidade-Estado da Grécia Antiga. O rei mandou fazer uma
coroa de ouro, mas ouviu uns boatos de que o ourives não tinha usado apenas
ouro para fazer a coroa, e ficou desconfiado. Mas se a coroa era totalmente
dourada, e se parecia muito com ouro puro, como fazer então para ter certeza
sem destruí-la?
É aqui que
entra o sábio. Arquimedes já era renomado na época — quando o termo filósofo
era usado para todos os estudiosos e cientistas em geral — e é célebre até hoje por suas descobertas
na matemática, física e por diversas invenções.
O rei
consultou o filósofo para resolver o problema da coroa de uma vez por todas —
provar se ela era toda de ouro ou não. Estava o sábio grego, um belo dia, a
tomar banho numa banheira, entretido com essa questão. De repente, ele teve um
vislumbre da solução e saiu correndo, nu(!) pelas ruas da cidade, gritando
“Eureka, Eureka!”, que em grego quer dizer “Descobri, descobri!”.
E Arquimedes
descobriu que quando tomava banho em sua banheira, que a quantidade de água que
transbordava era igual em volume ao seu próprio corpo.
E assim
percebeu como poderia provar a fraude do ourives. Ele observou que massas
iguais de prata e de ouro faziam transbordar volumes de água diferentes (porque
os dois materiais têm densidades diferentes). Então, ele mergulhou numa bacia
cheia de água um bloco de ouro de massa igual à da coroa e mediu o volume de
água que transbordou. Fez a mesma coisa com um bloco de prata. O volume de água
que transbordou quando mergulhou o bloco de ouro era menor que o volume de água
quando mergulhou o bloco de prata. Repetiu a experiência com a coroa e
verificou que o volume de água que transbordou era maior que o do bloco de ouro
e menor do que o do bloco de prata
Concluiu que a
coroa não era de ouro puro e que o ourives a tinha feito misturando os metais.
Arquimedes baseou-se no princípio de que o volume ocupado por um determinado
sólido é proporcional à sua massa. Ele usou a densidade para provar que a coroa
tinha sido feita com uma liga (mistura) de ouro e prata” [Fonte: www.invivo.fiocruz.br].
O rei não deve
ter ficado lá muito satisfeito com o ourives e nem este com Arquimedes...
Muito querido Mestre Chassot!
ResponderExcluirBem associada a clássica ‘descoberta do Princípio de Arquimedes’ à serendipidade (Viva! A primeira vez que escrevo esta palavra tão exótica mas importante).
Curiosa pelas próximas descobertas serendipitosas (to me puxando nos termos.
Bom domingo
Michaela