ANO
8 |
em fase de transição
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EDIÇÃO
2635
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Dois fatos do
meu cotidiano, nestes dias, teceram esta edição.
Talvez seja uma blogada
histórica esta do último sábado do ano. Um: dei-me conta do absurdo que praticava:
comprara — acriticamente — no supermercado cebola e caqui provenientes da Espanha. Outro:
fui presenteado no Natal, pelo meu filho André com as primícias (foto) de sua
produção agrícola em um sítio no Lami, na zona rural de Porto Alegre.
Observemos estes
seis vocábulos: omnívoro, carnívoro,
herbívoro, insetívoro, frutívoro, localívoro.
Os cinco primeiros são facilmente identificados: quem se alimenta de tudo, de
carnes, de ervas, de insetos e de frutas. O sufixo voro, do latim vorus, de vorare = comer; devorar.
E localívoro? Esta palavra parece que
ainda não é dicionarizada em português; está sendo proposta, aqui e agora. Em
inglês existe o vocábulo locavore.
Definition of LOCAVORE: one who eats foods grown locally whenever
possible [aquele que come alimentos cultivados
localmente, sempre que possível]
Origin of LOCAVORE: local + -vore (as in carnivore)
First Known
Use: 2005, palavra do ano de 2007 para o dicionário Oxford American!
Fonte: www.merriam-webster.com/dictionary/locavore
Em inglês a Wikipédia registra: Locavore is a person
interested in eating food that is locally produced, not moved long distances to
market. The desired maximum distance for local produce is between 50-100 miles.
A
Wikipédia em português não registra termo homólogo ao inglês. Além do inglês há,
apenas, em catalão e islandês.
Localívoro (proposto, em
português) é uma pessoa interessada em comer, quando possível, alimentos localmente
produzidos, que não tenham percorrido longas distâncias entre a produção e o
consumo. Uma distância máxima desejada seria algo de até 100 km.
Em espanhol
usa-se a mesma proposta que faço aqui: Localívoro.
O movimento Localívoro nos Estados Unidos e em outros
países foi gerado a partir do interesse em sustentabilidade e consciência
ecológica. Amanhã apresentarei uma ‘receita’: Dez maneiras de começar a ser um
localívoro. Votos de um fim de semana/ano associando — também — comer à
saúde.
Limerique
ResponderExcluirDesde sempre sei que sou onívoro
Porquanto só não traço semáforo
Mas por que não produzir
E dos demais divergir
Tornar-me um saudável localívoro?
Para quem, como eu, nasceu e se criou na lavoura, posso dizer que sou localívoro. Hoje, algumas das hortaliças que me alimentam ficam distante quase 05 metros de minha cozinha. Ainda encurtarei tal distância. Perco muito tempo.
ResponderExcluirA tendência é de que, além de alimentos mais saudáveis(orgânicos), sejamos mais localívoros.
Meus caros Jair e Vanderlei.
ResponderExcluirObrigado pelos retornos sempre preciosos.
Um no Canada e outro em Frederico Westphalen, ambos fizeram histórias sãos as primeiras pessoas a grafarem a palavra ‘localívoro’ não apenas na escrita mas com simbólica adesão a proposta da mesma.
Podem testar colocando a palavra no google
Com admiração
attico chassot
Mestre Chassot,
ResponderExcluirse houver votação para a blogada do ano, escolherei a de hoje.
Foi muito bom ver-me adjetivada como uma localívora (adorei o seu neologismo!)ratificando postura que cultivo há mais de dois anos.
Obrigado mestre pela aula de hoje.
Mirian
Pai,
ResponderExcluirFico feliz em conseguir produzir alimentos saudavéis e usando só nutrientes naturais.
Sítio a 30km do centro de Porto Alegre.
Abçs André.
Melhor presente do que a gênese da sua neologia, é a mesma ser em interação com a correta prática de cultivo do seu filho. ParabÉns aos dois que educam, cada a seu modo.
ResponderExcluirAbraÇos
André, filho querido,
ResponderExcluirvibrei com catalisares a blogada deste sábado.
Gostaria que visses o comentário do Antonio Jorge, um colega muito querido de Niterói RJ.
Aqui faço publico meu reconhecimento a ti e a ele.
Com admiração
Pai