ANO
8 |
RIO DE JANEIRO
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EDIÇÃO
2614
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Estar
no Rio de Janeiro é sempre um privilégio. Já deve fazer cinquenta anos que cheguei
a esta cidade a primeira vez. Então, como cada uma das dezenas de vezes que já aqui
estive, o cognome de cidade maravilhosa
‘me parece muito bem posto’. Cada vez vivo com entusiasmo o desejo de ratificar
o que diz o poeta: cidade maravilhosa,
cheia de encantos mil.
Dizia
ao taxista que me trouxe ao hotel, com temperaturas de 40ºC, que mesmo em trabalho,
deve ser privilégio ver todos os dias este cenário que se desenha misturando
mar, montanhas, florestas, onde concreto, que faz obras arquitetônicas, parece estar
desconfortável com tanta beleza natural.
O
jantar com meu amigo e colega Renato, que anunciei ontem aqui, foi emocionante.
Rastreamos o último encontro: um e outro, parece, concordarmos que foi no IX
ENEQ, em Aracaju, em julho de 1998, quando o Brasil perdeu a final da Copa do
Mundo para a França, por 3 x 0. Tínhamos muito a conversar. Jantamos numa tratoria perto ao Hotel Copacabana
Palace. A passarmos diante dele lembramos muitas das personalidades históricas
que por ali passaram. Lembrei que ao vir a primeira vez ao Rio estava no
roteiro ‘conhecer’ este imponente hotel. Só esperamos não precisar aguardarmos
15 anos para um reencontro ao vivo, já que por internet temos trocado
mensagens, falando de nossas preocupações acadêmicas como o produtivismo e os
comitês de ética na pesquisa.
A
minha fala que deve ocorrer esta manhã — inserida na programação que postei na
edição de ontem —, me ‘presenteia’ com um frio na barriga. Mesmo que levantar
hipóteses e defender uma tese sobre porque a Ciência é masculina já
tenha sido objeto de palestras em praticamente todos estados brasileiros e em
meia dúzia de países, nunca como hoje, esta fala está num cenário no qual se
destacam pesquisadoras renomadas. Tenho muito presente que esta manhã não posso
dar ‘minhas usais aulinhas’ sobre o assunto.
Trago
algo prosaico, talvez, para espantar meu nervosismo. No entardecer de ontem,
quando mais uma vez me maravilhava com a beleza das ilhas e ilhotas que
enfeitam a baia da Guanabara — de maneira mais especial quando pousava no
Santos Dumont — lembrei-me de devaneios mirabolantes. Encanta-me o mar, mas
detesto ‘ir à praia’. Não são poucas vezes que sonho em viver numa casa numa
ilha com as ondas do mar esculpindo na rocha onde se assenta a varanda onde
dependurarei a rede para ler aqueles livros que a tempo aguardam leitura.
Pois
esta semana soube de uma mulher que presenteou algo, parecido com meus sonhos, a
seu amado. Tomara que o exemplo frutifique.
Eis
uma notícia: Angelina Jolie 'gasta 12,2 milhões dólares (algo como 30 milhões
de reais) na compra de uma ilha isolada em forma de coração para celebrar o 50º
aniversário de Brad Pitt. Pareceu-me muito apropriada a sugestão. Vejo que nem
sou original.
Quem
quiser ver se a ilha e a casa merecem ser desejadas pode ver no endereço abaixo
muitas imagem do bom gosto que marca o presente.
Trazer
um assunto tão ‘relevante’ (e que certamente fará que muitas amadas joguem na
loteria) me fez esquecer o nervosismo. Mas, que minha palestra desta manhã é
mais significativa que o sorteio dos grupos da copa do mundo de futebol parece
que não padece dúvidas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLimerique
ResponderExcluirRealmente, Rio é magnífico lugar
Esplêndido para se ver e visitar
Mas maltratado por essa gente
A qual o deixou decadente
Deus dá asas pra quem não sabe voar.