Porto Alegre * Ano 5 # 1717 |
Depois do dia com agenda (ex)(in)tensa para a sexta-feira, como contei ontem e que foi prenhe de muitas emoções, uma blogada em dose dupla em livros hoje. Um, uma gostosa promessa que vence mais uma etapa; outro uma bis de outra sabatina.
No muito esperado 15 de abril, cumpriu-se a previsão: foi divulgado o resultado das obras selecionadas que concorreram a edital no Centro Universitário Metodista do IPA. O Memórias de um professor: hologramas desde um trem misto foi classificado em 1º lugar entre cinco selecionados entre oito livros apresentados. Estou muito feliz, e mais: minha alegria se expande com as pessoas que amorosamente pegaram carona na minha alegria e vibraram com a notícia. A estes, adito cada uma e cada um de meus leitores (mais distantes fisicamente, mas também torcendo) que vibram agora, ao lerem esta boa nova.
Os originais agora aprovados pelo Conselho Editorial são 380 páginas, escritas durante 2010 e retrabalhadas em nos meses iniciais deste ano, depois da leitura crítica de meu colega Jairo Brasil Vieira. O texto está distribuído em 51 capítulos, nominados de 1961 – quando iniciei a minha trajetória de professor – a 2011. Em cada capitulo contextualizo o ano e depois há um tema central do qual me faço memorista.
O livro poderia é marcado como “Histórias de escrituras: da lousa ao I-Pad”
onde evoco a gênese de minha escrita paleolítica – o guri que se diz da idade pedra, se alfabetizou em uma lousa de ardósia até que escreve no I-Pad, passando pela pena de aço, a caneta tinteiro, a chegada da caneta esferográfica, a máquina de escrever, o computador...
Recebi na manhã de ontem, durante o seminário de História e Filosofia da Ciência. Então nos envolvemos na dedicatória que Nicolau Copérnico faz ao Papa Paulo 3º quando o cientista polonês dedica o livro De revolutionibus orbium coelestium. Há um trecho que ele diz: "
Como o livro anunciado acima é, por ora, uma promessa, agora cumpro, nesta edição a rotina sabática, trazendo algo de um livro muito especial. Já foi sabatina aqui em 01 de agosto de 2009, quando creem ainda era acentuado. Os assuntos que emergiram nas discussões destes últimos dias aqui e a semana especial que inicia amanhã autorizam/ recomendam este quase bis.
Inicio com a ficha técnica do livro sintetizado como "Nada menos que apaixonante" por Luiz Zanin Oricchio, de O Estado de São Paulo, é instigante a partir do títul.:
ECO, Umberto e MARTINI Carlo Maria. Em que creem os que não creem? (In cosa crede chi non crede?) Tradução: Eliana Aguiar, 160 p. Formato: 14 x 21 cm. Rio de Janeiro: Record, 2000, ISBN 85-01-05527-1.
O livro é um intenso e caloroso diálogo entre Umberto Eco e Carlo Maria Martini. Ele se constitui de cartas publicadas pela revista italiana Liberal, entre março de 1995 e março de 1996. Nelas encontramos um leigo com imenso conhecimento e profundas dúvidas religiosas, e um religioso preocupado com as questões mais pragmáticas da vida.
A existência e a invenção de Deus, os fundamentos da ética, a mulher, o sacerdócio, a liberdade de escolha e de ação frente aos imperativos religiosos, o aborto, a engenharia genética, o respeito a vida, a idéia de fim na cultura laica e a existência ou não de uma noção de esperança comum a crentes e não crentes. Esses são alguns dos temas debatidos ao longo de um ano por um dos mais importantes pensadores laicos da atualidade e um cardeal da igreja de Roma.
Ao diálogo entre Eco e Martini se somam os filósofos Emanuele Severino e Manlio Sgalambro, os jornalistas Eugenio Scalfari e Indro Montanelli, além do teórico de extrema esquerda Vittorio Foa, fundador do jornal Il Manifesto, e do ex-ministro e ex-secretário do Partido Socialista Italiano Claudio Martelli. Esse rico debate, travado com total liberdade dialética, resulta na reflexão dos valores fundamentais do homem contemporâneo.
Umberto Eco, já presente em outras edições deste blogue, autor entre outros clássicos de "O Pêndulo de Foucault" e "O Nome da Rosa", nasceu no Egito em Alexandria no ano de 1932. Laureado em filosofia na Universidade de Torino, com uma tese estética sobre São Tomás de Aquino, trabalhou na RAI e na editora Bompiani e lecionou Semiótica na Universidade de Bolonha. Como estudioso, dedicou-se à estética medieval, à arte de vanguarda e aos fenômenos da cultura de massa.
Carlo Maria Martini nasceu em Torino em 1927, ordenando-se sacerdote pela Companhia
de Jesus em 1952. Em 1958 forma-se em Teologia fundamental pela Universidade Gregoriana de Roma, da qual mais tarde será reitor. Iniciou a atividade de docente em 1962, no Pontifício Instituto Bíblico, de onde foi Reitor até 1978. Neste ano, foi nomeado Reitor Magnífico dell’Università Gregoriana di Roma pelo Papa Paulo VI. Em 1979, João Paulo II o nomeia para o cargo episcopal de Milão e em 1983 o faz cardeal. É reconhecido biblista. Na sucessão de João Paulo II era um dos ‘papabiles’ mais forte, todavia motivos de saúde o retiraram do páreo. Desde 2002 é arcebispo emérito de Milão e retirou-se viver em Jerusalém.
Trago – como aperitivo – dois excerto de um e outro dos interlocutores, que estão na contracapa da edição referida na ficha técnica. “Como nos ensinam as mais laicas entre as ciências humanas, é o outro, é o seu olhar, que nos define e nos forma.” Umberto Eco. “O que funda a dignidade humana senão fato de cada ser humano é uma pessoa aberta a algo de mais alto e maior que ela própria?” Carlo Maria Martini.
Agora a melhor notícia desta sabatina. Mais de um quarto do livro pode ser lido incluído capa, contracapa, sumário e índice analítico [excetuada as páginas 39 a 154] copiando o endereço abaixo para o navegador.
Com votos de um bom sábado excelente e que a semana que se vizinha seja santa para crentes e não crentes. Há a expectativa de nos encontrarmos aqui no domingo que advém.
Caro Chassot,
ResponderExcluirmais uma vez meus cumprimentos pela aprovação do teu original para ser publicado pelo IPA. Torço para que não demore muito esta publicação, pois será uma grande contribuição ao conhecimento, especialmente no que se refere à História do ensino das ciências, filosofia, química, etc... e sobretudo, para conhecermos um pouco mais os teus 50 anos de vida docente.
Um abraço, e bom sábado!
Garin
Muito querido colega Garin,
ResponderExcluirobrigado pela continuada parceria. Vibro que juntos possamos disseminar algumas de nossas reflexões em sala de aula e em blogues.
Um bom sábado e uma frutuosa semana santa
attico chassot
Meu querido Chassot
ResponderExcluirCarregado na emoção desta notícia, em primeiro lugar quero te parabenizar pela conquista. Em segundo, quero te dizer o quanto estou alegre e contente por ter sido por ti convidado para fazer parte de mais esse capítulo de tua trajetória. Eu que tenho convivido contigo desde 2008, depois da defesa do Mestrado na Unisinos, sou testemunha de teu empenho e dedicação no fazer pedagógico. E esses resultados nada mais são do que o fruto colhido pelos esforços empreendidos por ti, pela competência que demonstras todos os teus dias dessa labuta de uma educação transformadora.
Parabéns MESTRE -ESCOLA.
JB
Muito querido colega e amigo Jairo,
ResponderExcluirtu és um do grande parceiro desta conquista. Foste um dos buriladores de meu texto. Teu olhar de lince ajudou a remover arestas e polir Memórias de um professor: hologramas desde um trem misto. Não foi sem razão que antecipei para ti excerto da blogada de ontem.
Que a chuva que compõe o cenário sabatino seja símbolo de vida na disseminação de nossas reflexões.
Com sempre renovada estima
attico chassot
Caro Chassot,
ResponderExcluirParabéns pelo "Memórias de um Professor ..." quem, sem dúvida, estarei de olho quando sair do prelo. Quanto ao livro do Humberto Eco, já sou fã de dele de outros escritos e considero que tua dica é um estímulo a mais paraeu adquirí-lo. Abraços e tenha um bom fim de semana.
Jair, meu caro parceiro de bloguismo,
ResponderExcluirobrigado pelos votos por Memórias de um professor: hologramas desde um trem misto. Tomara que parição não tarde.
Que no fim de semana haja tempo de ócio para palavras cruzada e assemelhados. E também para curtir orquídeas.
attico chassot
Pai
ResponderExcluirParabéns aqui do Japão !!
Estamos muito orgulhosos !!
Bernardo e Carla
Carla e Bernardo muito queridos,
ResponderExcluirObrigado!
Alegro-me em receber esse carinho de vocês nesta chuvosa manhã de sábado, quando vocês já quase ingressam no domingo.
Que a estada aí siga frutuosa.
Aguardamos vocês para a Páscoa
Afagos com saudades, pai
Muy querido Profesor Chassot,
ResponderExcluir¡Felicitaciones!!! espero que pronto el encabezado del blog cambie con el diseño del nuevo libro y que a quienes vivimos del otro lado de América, también nos sea accesible. Que tenga un fin de semana muy celebrado, ¡enhorabuena!
MARIA LÚCIA de Curitiba escreveu:
ResponderExcluirPrezado mestre,
quero dizer que estou vibrando
pela sua conquista, que marca suas "bodas de ouro" como educador, e, aguardo ansiosa a publicação. Desde já peço que se possível, possa adquirir um exemplar autografado!!
Abraços,
Malu
Muy amable Matilde,
ResponderExcluirrecibir desde el querido Ecuador esa torcida me encanta. Ojala pueda breve tener la portada del blog modificada como es tu sugerencia. Aprovecho para invitarla que mire http://www.profjairobrasil.blogspot.com/ y vea la homenaje.
Agradezco su comentario e deseo el mejor en el fin de semana
attico chassot
Muito querida Maria Lúcia,
ResponderExcluirobrigado por teus votos e sonhemos que em breve possamos ter o livro em suporte material. Aproveito para convidar-te a ver
http://www.profjairobrasil.blogspot.com/ e veja a homenagem que recebi hoje.
Agradeço teu carinho sempre tão afável
attico chassot
Muito estimado professor Chassot,
ResponderExcluirEstou aqui a vibrar com teu sucesso. Tenho certeza de que será um enorme prazer ler as tuas memórias cinquentenárias. Sim, um prazer, porque é isso o que sempre busco, e encontro, por aqui, ao acompanhar tuas preciosas postagens.
Um grande abraço desde São Vicente,
Renato Kinouchi.
Muito estimado colega Renato,
ResponderExcluirme alegra teu comentário e mais inda do fraterna vibração. Saber-te leitor aqui enche-me de orgulho pela admiração que amealhei naquele quase fugaz encontro em canela.
Na expectativa de revê-lo.
A amizade do
attico chassot
Embora bastante atrasada a leitura desta notícia, dou-lhe meus parabéns por mais está publicação e ainda por cima em primeiro lugar.
ResponderExcluirHenrique Martins Veber
Meu querido Henrique,
ResponderExcluirobrigado pelos cumprimentos. Agora torçamos pela parição do livro. Fico feliz que de vez em vez perambulas por aqui. A dica de leitura de amanhã vai te interessar: “Alucinando Foucault’
Espero que tenhas curtido o encerramento da blogada de hoje
attico chassot