Porto Alegre * Ano 5 # 1704 |
É domingo. O sol ainda tem um jeito medroso. Parece que não consegue competir com a densa cerração. As blogadas de dominicais são reduzidas e se aceita postagens tardias. Afinal é dia em que o levantar é preguiçoso e o dejejum é moroso.
Começo com dois comentários de sábado. Do primeiro só um anuncio: o diálogo de aprendentes, via skipe com alunos do José Fernando Cánovas de Moura foi fecundo e será assunto nesta semana. O segundo é o registros de uma visita.
Ontem tivemos um gostoso bis ampliado de uma visita que recebêramos em maio de 2008: Camila Libel e Marco Arnaudo, residentes nos Estados Unidos, que então nos visitaram quando estavam Brasil em lua de mel, trouxeram a carinhosa Amélia que nos encantou com seus oito meses. A Camila, médica afilhada da Gelsa e o Marco um italiano, professor de História e Cultura italiana da Indiana University Bloomington. Ela é filha de nossos amigos Vali e Marlon Libel – um avô hipercoruja acompanhava o trio. Foram momentos agradabilíssimos, especialmente enquanto o Marco e eu tínhamos muitos assuntos de interesse comuns para trocarmos opinião, parecendo que éramos conhecidos há muito. Foi-me muito grato saber também que o Marlon é leitor deste blogue nos Estados Unidos, referindo que o mesmo ajuda amenizar saudades do Brasil.
Paulo Santana, talvez o cronista mais megalomaníaco do Brasil – este título ele ‘modestamente se autoconcede – escreveu nesta sexta-feira em Zero Hora uma crônica “Substituibilidade”. Lá pelas tantas escreve:
“Se tenho dificuldades hormonais para a prática do sexo, apuro-me nos diálogos românticos, tendo descoberto que é possível amar e ser amado mesmo restando assexuado. É necessário e urgente ir substituindo os maiores prazeres por outros que antes não tinham sido por nós descobertos. É preciso investir em novas práticas deleitosas, se fomos privados daquelas que mais estimávamos.”
Trago esse excerto evocando o ecoturismo inédito que a Gelsa e eu fizemos no último sábado e domingo em Bonito. Fomos na direção oposta da do cronista. Nos (a)venturamos em algo novo – antes impensável, sem qualquer busca de substituibilidade. Mesmo quando se tem já DNA (Data de Nascimento Avançado) pode-se tentar fazer algo que aparentemente nos é vedado. Jamais me imaginava descer cachoeiras em um bote de borracha e muito menos mergulhar e com uma câmara subaquática fotografar e filmar centenas de piraputangas que nadava ao redor da Gelsa e de mim. Essa blogada se faz com imagens do sábado e do domingo no bonito Bonito. Fiz uma pequena seleção de fotos. Elegi um dos vídeos se um minuto, que pode ser acessado pelo endereço postado no YouTube. http://www.youtube.com/watch?v=isMBup--uCk
E com as belezas que tivemos prazer de contemplar e a elas adito votos de um bom primeiro domingo abrilino. Mais vídeos feitos domingo em Bonito em:
http://www.youtube.com/watch?v=wgvdEseuGNA
http://www.youtube.com/watch?v=4pLDJylsRnA
http://www.youtube.com/watch?v=XJ9BX3_q8Lk
Olá, Mestre,que lugar maravilhoso!
ResponderExcluirGostei muito dos vídeos.
abraços,
Malu.
Maria Lúcia colega querida,
ResponderExcluirque linda coincidência: estiveste aqui esta manhã, quando conversávamos minha mulher e eu acerca se Darwin conhecera o trabalho de Mendel. O livro que me presenteaste: O Jardim de Darwin, parece ser esclarecedor quanto a isso: não tomou conhecimento.
Bonito é mesmo bonito, especialmente com suas piraputangas que viste nos vídeos.
Um afago e bom domingo
attico chassot
Nooooossa!
ResponderExcluirOs videos so me deixaram com mais vontade de conhecer o lugar, Professor!
Tens razao!!
Bonito e fabulosamente bonito!
=]
Thaiza querida,
ResponderExcluiré fácil fazer futurição: breve tu e teu clã estarão em Bonito, até que para vocês é mais perto.
Afagos com admiração
attico chassot
Prezado mestre e prezada Gelsa, gostaria de acrescentar o que aprendi num livro de
ResponderExcluirNewton Freire Maia, importante geneticista brasileiro que trabalhou muitos anos na Universidade Federal do Paraná.
Ele nos presenteou com uma biografia de Mendel, onde esclarece que este foi um homem à frente de seu tempo, que elaborou leis não compreendidas pelos cientistas de sua época. Mendel não enviou uma separata de seu trabalho a Darwin. Darwin era bem conhecido por Mendel, mas Mendel era um desconhecido para Darwin.
E, ao contrário do que consta na maioria dos livros didáticos de biologia, Darwin era lamarkista, assim como praticamente todos os biólogos da época!
Daí a importância que a história da ciência tem para a educação!
Abraços,
Malu.
Muito querida Malu,
ResponderExcluirobrigada pela trazida deste oportuno esclarecimento. Não conheço a biografia de Mendel de autoria de Newton Freira Maia. Aliás quase tudo que sei da biografia de Mendel está no livro ‘O jardim de Darwin’ que me presenteaste. Por tal mais uma vez muito obrigado.
Um afago do
attico chassot