ANO
9 |
A R A C A J U – S E
|
EDIÇÃO
2971
|
Mesmo que na portada haja
referência à postagem em Aracaju, quando a maior parte dos leitores acessar esta
edição já estarei de retorno adiantado. Deixo
a capital do menor estado brasileiro às 02h43min (hora local) para chegar a Viracopos
às 06h28min. Daí parto às 07h53min para uma provável chegada em Porto Alegre às
09h54min. Encanta-me essas previsões tão precisas, usualmente não cumpridas.
Ainda hoje tenho três pontos
de agenda. Dois são continuação de atividades quinzenais no Mestrado
Profissional de Reabilitação e Inclusão. Às 13h30min com Norberto Garin e
Ricardo Pavani encerro uma a oficina de escrita: A
arte do escrever Ciência com Arte. Vamos discutir ‘a lição de casa’: redigir uma
resenha crítica acerca do manifesto da Sociedade de Genética acerca de Ciência e
Criacionismo. À noite, então com a parceria do Garin e da Marlis Morosini
Polidori, vamos ter uma segunda rodada de discussões acerca as incertezas na
Ciência a partir das revoluções científicas.
No interregno das duas ações recebo cinco colegas professores da Universidade
Federal do Mato Grosso — Elane Chaveiro Soares, Marcel Thiago Damasceno
Ribeiro, Jaqueline Aparecida dos Santos, Donizete Carnelo Louzada
e Gerti Lucia Theisen — em uma jornada de estudos em Porto Alegre e me
distinguiram colocar em suas agendas.
Na tarde
de ontem em Aracaju fui gratificado por ter vencido a sensação de desconforto
que conferência de quarta me provocou por problemas solares no auditório. A
palestra “Uma prática
indisciplinar: Saberes primevos, fazendo-se saberes escolares,
mediados por saberes acadêmicos” teve outro cenário. Saiu tudo muito bem.
Um
significativo momento de turismo ontem foi a visita ao centenário mercado de Aracaju.
Fui conduzido pela Marilene — é muito grato ver uma ex-aluna do mestrado na
Unisinos, professora doutora de uma universidade federal —. No mercado comprei
farinha de mandioca, feijão de corda e pimenta em conserva. Do mercado levo
ainda castanhas de caju, enviadas pela Marilene à Gelsa, sua orientadora de
mestrado. Marilene e eu, almoçamos no Mercado, aonde a
atração era as sobremesas, com a companhia da Edineia e Gicélia.
Quando
nos sentimos alienígenas em outra cidade surgem logo detalhes que nos alertam. Nas
andanças (aeroporto, hotel, Campus da UFS em São Cristóvão) fui despertado para
o grande número de diferentes outdoors vendendo
Educação Básica. É impressionante o número de escolas privadas anunciando seu produto a clientes fidelizados durante
2+9+3 anos. Esse produto acena com a garantia
de uma universidade pública de qualidade durante cinco anos.
Segundo
ouvi a Escola de Educação Básica pública (municipal e estadual) é apresentada
como sucateada e em descrédito. Isto faz
aflorar escolas particulares que prometem formar cientistas desde a educação
infantil. Claro que alardeiam a garantia de acesso ao limbo da universidade
pública. Aliás, aqui o ensino universitário privado nem se assemelha a voracidade
da escola privada.
Agora,
sonhar com voltar a Aracaju, atendendo indicações como a realizada pela Leilane, para esta jornada pibidiana. Já recebi acenos de convites.
Acerca da "black friday" da educação tenho uma posição muito firme sobre o tema. Sempre estudei em escolas públicas, salvo agora depois de velho quando curso direito como hoby. Lembro-me que no ginasial dava francês, inglês, música, religião além da famosa ospb, organização social e política brasileira, essa uma cartilha imposta pela ditadura. Sempre passei por média e nunca fui para VF. Eduquei meus filhos no mesmo vies, hoje um engenheiro da rede Globo, e a outra engenheira ambiental pela UFF (forma nesse final de ano).
ResponderExcluirO que digo com isso tudo? Muito simples, a escola particular antes de tudo é uma empresa, onde o aluno, leia-se o pai do aluno, é o cliente, e pela boa prática de mercado, o cliente sempre tem razão. Com isso a escola sempre vai dizer ao pai do estafermo o que ele queria ouvir como por exemplo: Fulaninho é muito inteligente, um pouco de dificuldade (o desgraçado não sabe nem ler) mas vai muito bem. Conclusão, temos salas de terceiro grau repletas de analfabetos funcionais. Já no serviço público, não tem conversa, não estudou não passou!