ANO
9 |
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
|
EDIÇÃO
2946
|
Depois de cinco dias,
volto a fazer uma blogada desde a Morada dos Afagos. Vivi dias de muitas emoções
em Juiz de Fora e Sorocaba. Aprendi, na tarde de ontem, em atenciosa mensagem da
Professora Solange Aparecida da Silva Brito, coordenadora do 16º Seminário Internacional de
Educação de Sorocaba que estive “em duas Manchester numa semana. Se Juiz de Fora é a
Manchester Mineira, Sorocaba foi conhecida como a "Manchester
Paulista", pois um dia foi um grande polo da indústria de tecelagem... Meu
pai, retirante nordestino, mudou-se para cá no fim da década de 60
motivado pela taxa de empregabilidade nas fábricas de tecelagem” Esta transcrição enseja também um anúncio: breve os
leitores serão privilegiados com sumarentas colaborações da professora Sol,
neste blogue.
Com o Prof Nóvoa. Foto de Patrícia Diaz. |
Há muito, ainda, a registrar da semana que passou. Destaco,
sensibilizado, a receptividade de minha fala na manhã de sábado, por numeroso e
atento auditório. Encantei-me com a acolhida fidalga dos organizadores do
evento. Dou destaque também a excelente conferência do prof. António Nóvoa, da
Universidade de Lisboa. Tive o privilégio de conversar um pouco com ele ao almoçarmos
juntos no sábado.
Na edição de terça passada,
comentei acerca de oito edições consecutivas deste blogue, em que busquei exercitar
a alfabetização política. Referia, então, que independente de distanciamentos de
diferentes matizes políticos dos leitores parece que se cumpriu a proposta. Não
imaginava que, quase imediatamente precisasse voltar ao assunto.
Na manhã de domingo, num
telefonema de pessoa muito querida, sou surpreendido, ou melhor, quase
nocauteado: O que tu achas do 3º turno? Inopinadamente respondi: Jamais poderia imaginar que por tua cabeça
pudesse passar uma alternativa golpista. Aditei argumentos, busquei a
história mais recente. Ao final, convenci-me que a pergunta, talvez, não passasse
de uma bravata, na acepção de dito ou atitude de fanfarrão uma pretensão de valentia. que terminou quase com um 'eu estava só brincando'.
A propósito, vale
conhecer esta notícia: Cerca de mil "indignados" tomaram uma faixa da avenida
Paulista neste sábado, 1º, para extravasar seu descontentamento contra a
Democracia; vestidos de amarelo, com cartazes e palavras de ordem, os
manifestantes pediram o impeachment da presidente Dilma Rousseff; uma das
estrelas da manifestação, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro (PSC-SP),
filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), afirmava: "Eu voto no
Marcola, mas não voto na Dilma, porque pelo menos o Marcola tem palavra",
disse o jovem Bolsonaro, em referência ao líder da facção criminosa PCC. É a
direita esperneando, inconformada com o resultado das eleições, além de pedirem
a saída da Presidente petista, os manifestantes defenderam um novo golpe
militar no país. Com cartazes e faixas, os indignados acusaram o resultado das
eleições deste ano de ser a "maior fraude da história" e o PT de ser
"o câncer do Brasil". "Pé na bunda dela [presidente], o Brasil
não é a Venezuela", gritaram.
Uma leitura da geografia
do voto, como pode ser vista na ilustração ao lado, trazida de g1.globo.com/politica/eleicoes/
parece encontrar, em paralelo a estas manifestações golpistas, argumentos
injustificados para se reacender manifestações separatistas.
No Sudeste,
particularmente em São Paulo e no Sul, mais precisamente no Rio Grande do Sul,
parece haver um sentimento de superioridade assemelhado ao “Excepcionalismo americano”.
(vale ver o verbete próprio na Wikipédia).
Excepcionalismo americano
(leia-se estadunidense) é uma crença - ou teoria - tradicional que diz que os
Estados Unidos é, qualitativamente, diferente de outros estado-nações. Apesar
do termo não implicar necessariamente a ideia da "superioridade",
muitos neoconservadores e os conservadores tradicionalistas promoveram o termo
com este significado. Parece não ser muito diferente nos dois estados antes
citado. Por tal, a proposta é separar-se, pois não cabe estar ‘sustentando os
outros’. O individualismo preconceituoso se agrandou nestas eleições, marcadas
falácias como: “se alguém recebe sem trabalhar, há que existir os que trabalham
sem ganhar”.
Parece oportuno recordar
o pavilhão tricolor da Revolução Francesa com a máxima: “Liberdade, Igualdade e
Fraternidade” que os farroupilhas colocaram como divisa da República Rio-grandense
e que continua figurar (com certo esquecimento) na bandeira do Rio Grande do
Sul. Isto é dizer não ao golpe e não ao separatismo.
Vale lembrar que liberdade, igualdade e fraternídade são os nossos díreítos fundamentais garantidos na Constituição
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirretirei para uma correção ortográfica.
Excluirquando o Bolsonarinho se apega ao Barrabás-Marcola, é porque confirma que eles e sua gangue estão pegando dona Dilma pra Cristo da vez...
ResponderExcluirPelo jeito eles querem Primeiro Turno, Segundo Turno e o COturno... esse filme eu vi e não quero reedição dele, mestre Chassot!
ResponderExcluirNão sou pró Dilma, nem quero rasgar seda, mas pela segunda vez vejo a presidente Dilma tentar ofertar à população um plebiscito sendo fortemente rejeitada por toda classe política, precisamos prestar mais atenção aos fatos!
ResponderExcluirQue inteligência para ter simpatia pelo líder da facção criminosa PCC...
ResponderExcluirSobre o que o nobre colega Antonio Furtado traz é de se pensar!!!
Grande abraço.