ANO
9 |
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EDIÇÃO
2965
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Pode ser apenas uma
impressão. Não! não é impressão! Acredito que me autorizo a cometer uma heresia:
digo que tenho certeza. Este novembro
galopa. Parece que há uma conspiração para terminar logo 2014.
Parece que, antes de
ontem, fora sábado. Hoje, já é sábado de novo.
Não! estou enganado. Sábados
de encontrar alunos do Mestrado Profissional de Reabilitação e Inclusão, para
uma manhã no seminário quinzenal ‘Reabilitação e Inclusão’ com o José Clovis
Azevedo, custam a chegar. Que bom que hoje é um destes sábados.
Depois da extensa jornada
na URI Frederico Westphalen, na quinta, onde não sem fortes emoções fizemos ao
encerramento das atividades presenciais (seguem as ações à distância) da
oficina: ”A arte de escrever Ciência com
arte” na manhã desta sexta me envolvi frutuosamente com a II Mostra Científica e Cultural do Instituto
Estadual de Educação Paulo da Gama.
A
fala de abertura de ontem do artífice da I e II Mostras o Prof. Me.
Guy Barros Barcellos merece transcrição na íntegra. Vale fruí-la.
Amados
alunos, caros amigos, estimados colegas, Sol querida,
Nesta
manhã, reunimo-nos para um festival. O festival do conhecimento. Dentro em
pouco seremos brindados com os saberes de jovens cientistas, que se dedicaram
por um ano para este momento. Hoje não chegamos ao término de uma caminhada,
mas a uma parada para olharmos para trás e ver o quanto já andamos.
Alguns
andam tanto que já nem vêm mais de onde partiram. Felizardo sou eu, que,
distante, posso ver cada passo que abriu o caminho. A cada dia de 2014 meus
alunos aprenderam novos conteúdos e a cada dia aprendi a admirá-los e ver como
eram mais importantes que os conteúdos.
Nada
suplanta o ser humano. Somos a antítese do sapiens e do demens, e, na tentativa
de sermos sapiens vivemos uma imperdível aventura. Meus alunos mergulharam nas
profundezas do oceano, pegaram carona nos tentáculos do náutilus. Nadaram com
as tartarugas-marinhas e as baleias, andaram de submarino, caminharam pelos
vinhedos da França, destronaram ditadores, choraram ao ver o Holocausto,
entraram em cavernas escuras, viajaram na velocidade da luz junto com as
partículas do grande colisor de hádrons, até explodirem e formarem, de um buraco
negro, o universo.
Um
universo de músicas para protestar contra o mau, contra o preconceito e a favor
da vida. Viveram cada momento intensamente voando nas máquinas de Leonardo da
Vinci e tirando fotos dos dinossauros que sucumbiam. A cada instante tornavam-se
menos estudantes e mais professores. Todos viraram mestres, e eu, o aprendiz.
Só
tenho a dizer: muito obrigado.
Também
agradeço a Profª Nilse Trennepohl, Prof. Ricardo Agliardi, Prof. Anderson
Castro, Prof. Aymee Guerra, Prof. Felipe Oliveira, Profª Andreia Castro e
demais professores. Agradeço a todos os membros da banca avaliadora, aos pais
dos alunos, aos funcionários (em especial a Neida e ao Marcelo) e aos
palestrantes que vieram graciosamente ao longo de 2014: Claudio Savaget,
Patrick Houdin, Cristina Bonorino, João Pedro Nunes, Alexsandro Machado,
Marcelo Rigoli, Lauro Barcellos e Salett Biembengut.
Meu
agradecimento muito comovido a Prof. Solange d’Avila da Silva, a SOL, minha
amiga, minha companheira de trincheira, minha camarada, minha irmã. Meus
sinceros e ternos agradecimentos. Sem vocês não conseguiria fazer esse
trabalho.
Uma
vez mais a academia soube brindar emoções. No ano passado. tive a honra de ser o
Patrono da primeira edição da Mostra. Por tal, coube-me ontem uma fala. Fi-la
com brevidade fazendo dois destaques, imerso na significativa produção dos
alunos do 1º ano do Ensino Médio, no seminário de pesquisa.
O
primeiro: na I Mostra, no ano
passado, a homenageada foi Hipátia. Agora, Marie Curie. Nos 15 séculos
intersticiais na existência destas duas mulheres extraordinárias, não há outro
destaque feminino. Logo, a ver pelos dados de duas edições, a Mostra IEE Paulo da Gama é feminina. O segundo: conferi meu destaque a dois
nomes que, mesmo mais distantes do fazer acadêmico, são catalisadores verazes
destas duas edições da amostra: Heidi e Armando Barros, os avós maternos do
Guy. O Guy está aqui, também, pelo apoio amorável deles.
Destaco
ainda a emocionante fala do Patrono da II Mostra Prof. Dr. Rafael de Andrade
Cáceres. O Rafael não esqueceu o bairro pobre de Porto Alegre onde estávamos.
Mostrou que a conversão dele, um trabalhador que estudou para se tornar um
professor doutor de uma universidade federal e um dos mais importantes pesquisadores
brasileiros na área da tuberculose pode ser um sinalizador aos alunos
participantes da Mostra: eles podem ir
longe, como ele foi. O Rafael me levou a lágrimas ao destacar a importância
que eu tinha na sua história pessoal, referindo a palestra que assistiu em 1993
e aos estudos que fez a partir do A
ciência através dos tempos. Realmente é muito bom ver o quanto o fazer Ciência
pode nos brindar emoções fabulosas.
São os bons frutos colhidos quando se cultiva com muita dedicação, cuidado e competência. As emoções são para transparecer o quanto somos afetados positivamente. Grande abraço!
ResponderExcluirFicamos muito emocionadas com teu blog de hoje: pelas sensiveis e profundas palavras do Guy, pela grandeza da demonstração de humildade intelectual do patrono do evento e por sua merecida homenagem a ti. Um beijo Gelsa e Liba
ResponderExcluirQueridas Gelsa e Liba, obrigado pelo afago. Bjs Guy
ExcluirGelsa e Liba queridas,
ResponderExcluirquando tão distantes, sabe-las lendo o blogue me alegra. Todavia me comove muito tão querido comentário.
Muito obrigado pela sensibilidade de vocês.
attico
Soneto-acróstico
ResponderExcluirCiência
Contrária a qualquer dogma estranho
Inclinada a descobrir verdade apenas
Ênfase na pesquisa, nunca no ganho
Nobreza da ciência se mostra serena.
Conduz sua meta a melhorar a vida
Indiferente a crenças e superstições
Até que enfim nessa trabalhosa lida
É compensada com sábias soluções.
Mesmo que seja lá onde acaba tudo
Envolto no Big crunch esse Planeta
Sabemos que saber não será miúdo.
Tal que o chamado efeito borboleta
Revelará que ela soube quase tudo
Assim como a dita pedra de Roseta.
Genial! Adorei. Bravo Jair!
ExcluirAve Chassot, obrigado por esta postagem que homenageia aos protagonistas da Mostra: meus alunos. No apreender o mundo tornam-se escafandristas de si mesmos.
ResponderExcluirAgradeço teu apoio e tua presença. A gurizada vibrou com tua participação. Ainda me rejubilo com as lembranças daquela manhã formidável.
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