ANO
9 |
LIVRARIA VIRTUAL em
www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
2969
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Graça a
mobilidade de tempos não tão remotos, deixo Porto Alegre, hoje às 6h e no final
da manhã estarei em Aracaju. Às 14h30min, com a conferência Das disciplinas à indisciplina participo
da abertura de três eventos: I Encontro Anual do PIBID
/ II Seminário PRODOCÊNCIA / Formação Docente em
Debate na Universidade Federal de Sergipe, no Campus de S. Cristóvão. Amanhã tenho uma outra palestra.
Estive indeciso,
dentre três títulos [Uma
pavana para um tombo indesejado
ou A
genealogia de uma queda ou Uma crônica para um tombo anunciado], qual elegeria para capitular da edição
do blogue desta quarta. Optei pelo primeiro para homenagear meus alunos do
curso de Música, pois foram quase os primeiros que me acolheram, após
incidente-mote. Pavana é uma dança
espanhola grave, séria (usualmente triste), e de movimentos pausados.
Mas eis o relato
indesejado. Minhas terças têm no seu inicio uma agenda fixa: Academia (das 7 às
8h) e Fisioterapia (das 8h10min às 9h). Moro entre os dois locais destas
atividades. Ontem, quando deixava o segundo compromisso, depois das atenções da
Luciana e da Suzana, esta me disse: “Cuida-te!” Respondi, já no corredor: “Cuidemo-nos!”.
Já havia ascendido,
na ida, sob chuva, a Mariante, atapetada de flores de jacarandá. A volta, tinha
uma descida, de menos de 50 metros, em uma calçada de basalto, que parecia tintada
de anil, tal a florada que a cobria. Chovia. Havia necessidade de guarda-chuva.
Realmente, tinha
presente que precisava cuidar-me. Cuidava-me.
Escolhi como
trilha de descida, junto à cerca do prédio que medeia o edifício da clínica e
aquele que eu moro. Já vencera invicto mais de 2/3 do trajeto. Julgava-me um
vencedor. Mas.... perdi o galardão.
Caí. Acredito que
fi-lo com certa solenidade. Se é que exista isso em um tombo.
De tombado, fiz-me
ereto. Uma vez mais, de guarda-chuva em punho, cheguei a minha morada, por
calçada ainda mais espessamente atapetada com flores.
Só então,
alertado pelo Jonathan, na portaria, tomei conhecimento que meu cotovelo
direito sangrava.
Local da queda, fotografado 3,5 horas depois, já com sol, e muito menos flores.
Quando, menos de
uma hora depois, ainda sob chuva, saí para ir ao encontro dos estudantes de Ética, Sociedade e Meio Ambiente (narrado
aqui ontem) sou informado que depois de minha queda, houve outra vítima.
Era uma queda
(quase) anunciada. E o quase foi subtraído.
Ainda assim, não
compactuo com aquelas e aqueles que querem a remoção de alguns seculares jacarandás,
com o argumento que o tempo condenou as árvores.
Por aqui tivemos uma colega de universidade que foi vítima de uma esburacada calçada em frente ao Banco do Brasil. Ajuizamos uma aÇão contra a Prefeitura de Niterói e contra o banco.
ResponderExcluirSoneto-acróstico
ResponderExcluirO mestre e a árvore
Aí, Chassot, guarda chuva na mão
Quando um jacarandá muito gentil
Untou de roxas pétalas úmido chão
E o mestre com toda dignidade caiu.
Desse evento pode-se tirar a lição:
A árvore estava bem intencionada
Deitou as suas cores como colchão
O mestre que cometeu trapalhada.
Mas tudo acabou muito bem no fim
Entre árvore e Chassot não há ira
Sofrendo o ferimento nem tão ruim
Tanto que o mestre sorrindo caíra.
Restando num próximo dia assim
Encantar Attico árvore com sua lira.
Creio que, ao menos, o Mestre tenha admirado os tão lindos jacarandás de ângulo diferente. Dos males o pior: "salvaram-se todos os feridos". Saúde e firmeza.
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