ANO
9 |
A R A C A J U – S E
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EDIÇÃO
2970
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Talvez possa parecer algo
nada tão fantástico, todavia, me encantei. Na tarde de ontem, quando fazia uma
palestra em Aracaju e lembrava-me que já era dia claro quando deixei Porto
Alegre, a cerca de três mil km. Tal me pareceu algo merecedor de uma curtida,
para falar a linguagem do FB.
Mais mais significativo, porém, foi o local de
minha fala e o quanto este me envolveu. Os três eventos [I Encontro Anual do
PIBID / II Seminário PRODOCÊNCIA / Formação Docente em Debate] reúnem cerca de
1,8 mil participantes. Como a Universidade Federal do Sergipe não dispõe de
auditórios grandes, falei num imenso espaço aberto sob uma cobertura. O sol inclemente,
não só tornava invisíveis minhas lâminas, como determinava uma cíclica migração
das cadeiras da plateia. Poucas vezes me senti tão desconfortável em uma conferência.
Toda
essa situação foi compensada por uma muito grande atenção. A maneira carinhosa
como os jovens estudantes manifestaram sua adesão a fala foi muito gratificante
e mesmo reconfortante. Isso foi traduzido por pedidos de autógrafos em livros e
de fotos.
Por tal, é muito gostoso estar mais uma vez em
Aracaju. Ela me encanta com sua orla arborizada. Minha primeira estada aqui,
foi há 20 anos, a convite da prof. Djalma Andrade, que ontem prestigiou minha
presença. Em outra ocasião fui estando aqui fui conhecer o Rio São Francisco,
levado pelo Prof. Paulino, então vice-reitor da UFS. Outro momento aqui foi em
1998, no final da copa do mundo de 1998, quando o Brasil perdeu para a França.
Neste ano, em
julho aconteceu algo que vale repetir. Cheguei
a Aracaju, afônico, provável consequência de duas falas fizera no Rio Grande do
Sul no dia anterior. Na viagem de Aracaju para Itabaiana, quase não pude
conversar com o prof. Hélio que, atenciosamente, fora me esperar. O motorista
que ouvia as discussões sobre agenda: uma palestra à noite e no dia seguinte duas
falas e mais uma banca, perguntou-me: “o
senhor deseja a sua voz de volta?”
“Claro que quero!” E a aí o Jeferson foi categórico: “Deixa comigo!” Entre sussurros, fiz-me interrogante, pensando minha
fala da noite. Ele não sonegou a receita de sua poção mágica? Conhaque de
alcatrão de São João da Barra, mel e um pouco de pimenta. Fizemos um desvio na
viagem. Fomos à Areia Branca, município lindeiro de Itabaiana. Havia um
ingrediente que não estava em uma botica, mas numa bodega. O trecho final da
viagem fiz sorvendo a preparado que o bodegueiro antes abençoara. Pensamento
mágico funciona. Basta crer. À noite, falei, por mais de duas horas a alunos e
professores do PIBID. Ontem, pensei que precisaria chamar o Jeferson de novo.
Nesta
quinta tenho mais uma fala. Quando a madrugada de sexta estiver começando inicio
meu retorno. Há uma agenda em Porto Alegre, para encerrar o fugaz novembro.
Como se manter cansado num lugar lindo destes?
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