ANO
9 |
LIVRARIA VIRTUAL em
www.professorchassot.pro.br
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EDIÇÃO
2959
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Não quero parecer saudosista.
Houve tempo que era usual a pergunta: O
que tu estás lendo? Na era de suportes móveis de leituras, parece que o
livro perde espaço. Ninguém me perguntou o estou lendo. Mas vale contar que
leio com sofreguidão “Infiel – a história
de uma mulher que desafiou o islã”.
Ganhei o livro da querida Berta Weil Ferreira. Sirvo-me de um uma sinopse, que
está na página da Companhia das Letras para ratificar meu encantamento (e
também a indignação) que o presente de uma amiga querida me enseja. Eis uma
maneira de desejar um bom domingo a cada uma e cada um.
Em novembro de 2004, o cineasta Theo
van Gogh foi morto a tiros em Amsterdã por um marroquino, que em seguida o
degolou e lhe cravou no peito uma carta em que anunciava sua próxima vítima:
Ayaan Hirsi Ali, que fizera ao lado de Theo o filme Submissão, sobre a situação
da mulher muçulmana. E assim essa jovem exilada somali, eleita deputada do
parlamento holandês e conhecida na Holanda por sua luta pelos direitos da
mulher muçulmana e por suas críticas ao fundamentalismo islâmico, tornou-se
famosa mundialmente. No ano seguinte, a revista Time a incluiu entre as cem
pessoas mais influentes do mundo. Como foi possível para uma mulher nascida em
um dos países mais miseráveis e dilacerados da África chegar a essa notoriedade
no Ocidente?
Em Infiel, sua autobiografia precoce,
Ayaan, aos 37 anos, narra a impressionante trajetória de sua vida, desde a
infância tradicional muçulmana na Somália, até o despertar intelectual na
Holanda e a existência cercada de guarda-costas no Ocidente. É uma vida de
horrores, marcada pela circuncisão feminina aos cinco anos de idade, surras
freqüentes e brutais da mãe, e um espancamento por um pregador do Alcorão que
lhe causou uma fratura do crânio. É também uma vida de exílios, pois seu pai,
quase sempre ausente, era um importante opositor da ditadura de Siad Barré: a
família fugiu para a Arábia Saudita, depois Etiópia, e fixou-se finalmente no
Quênia.
Obrigada a frequentar escolas em
muitas línguas diferentes e a conviver com costumes que iam do rigor muçulmano
da Arábia (onde as mulheres não saíam à rua sem a companhia de um homem) à
mistura cultural do Quênia, a adolescente Ayaan chegou a aderir ao
fundamentalismo islâmico como forma de manter sua identidade. Mas a guerra
fratricida entre os clãs da Somália e a perspectiva de ser obrigada a casar com
um desconhecido escolhido por seu pai, conforme uma tradição que ela
questionava, mudaram sua vida e ela acabou fugindo e se exilando na Holanda.
Ayaan descobre então os valores ocidentais iluministas da liberdade, igualdade
e democracia liberal, e passa a adotar uma visão cada vez mais crítica do
islamismo ortodoxo, concentrando-se especialmente na situação de opressão e
violência contra a mulher na sociedade muçulmana.
Leia trecho: www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12491
Historias como essas são mais recorrentes do que parecem. Ainda teremos anos de evolução até saldar nossa dívida com o gênero feminino.
ResponderExcluirSerá o homem um animal racional ou apenas dotado de certas faculdades racionais? Tenho dúvidas se todos os homens são potencialmente humanizáveis!!!
ResponderExcluirJá li e recomendo.
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