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domingo, 16 de novembro de 2014

16.- ESTOU LENDO...


ANO
 9
LIVRARIA VIRTUAL em www.professorchassot.pro.br
EDIÇÃO
 2959

Não quero parecer saudosista. Houve tempo que era usual a pergunta: O que tu estás lendo? Na era de suportes móveis de leituras, parece que o livro perde espaço. Ninguém me perguntou o estou lendo. Mas vale contar que leio com sofreguidão “Infiel – a história de uma mulher que desafiou o islã”. Ganhei o livro da querida Berta Weil Ferreira. Sirvo-me de um uma sinopse, que está na página da Companhia das Letras para ratificar meu encantamento (e também a indignação) que o presente de uma amiga querida me enseja. Eis uma maneira de desejar um bom domingo a cada uma e cada um.
Em novembro de 2004, o cineasta Theo van Gogh foi morto a tiros em Amsterdã por um marroquino, que em seguida o degolou e lhe cravou no peito uma carta em que anunciava sua próxima vítima: Ayaan Hirsi Ali, que fizera ao lado de Theo o filme Submissão, sobre a situação da mulher muçulmana. E assim essa jovem exilada somali, eleita deputada do parlamento holandês e conhecida na Holanda por sua luta pelos direitos da mulher muçulmana e por suas críticas ao fundamentalismo islâmico, tornou-se famosa mundialmente. No ano seguinte, a revista Time a incluiu entre as cem pessoas mais influentes do mundo. Como foi possível para uma mulher nascida em um dos países mais miseráveis e dilacerados da África chegar a essa notoriedade no Ocidente?
Em Infiel, sua autobiografia precoce, Ayaan, aos 37 anos, narra a impressionante trajetória de sua vida, desde a infância tradicional muçulmana na Somália, até o despertar intelectual na Holanda e a existência cercada de guarda-costas no Ocidente. É uma vida de horrores, marcada pela circuncisão feminina aos cinco anos de idade, surras freqüentes e brutais da mãe, e um espancamento por um pregador do Alcorão que lhe causou uma fratura do crânio. É também uma vida de exílios, pois seu pai, quase sempre ausente, era um importante opositor da ditadura de Siad Barré: a família fugiu para a Arábia Saudita, depois Etiópia, e fixou-se finalmente no Quênia.
Obrigada a frequentar escolas em muitas línguas diferentes e a conviver com costumes que iam do rigor muçulmano da Arábia (onde as mulheres não saíam à rua sem a companhia de um homem) à mistura cultural do Quênia, a adolescente Ayaan chegou a aderir ao fundamentalismo islâmico como forma de manter sua identidade. Mas a guerra fratricida entre os clãs da Somália e a perspectiva de ser obrigada a casar com um desconhecido escolhido por seu pai, conforme uma tradição que ela questionava, mudaram sua vida e ela acabou fugindo e se exilando na Holanda. Ayaan descobre então os valores ocidentais iluministas da liberdade, igualdade e democracia liberal, e passa a adotar uma visão cada vez mais crítica do islamismo ortodoxo, concentrando-se especialmente na situação de opressão e violência contra a mulher na sociedade muçulmana.
Leia trecho: www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12491

3 comentários:

  1. Historias como essas são mais recorrentes do que parecem. Ainda teremos anos de evolução até saldar nossa dívida com o gênero feminino.

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  2. Será o homem um animal racional ou apenas dotado de certas faculdades racionais? Tenho dúvidas se todos os homens são potencialmente humanizáveis!!!

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