ANO
8 |
EDIÇÃO
2848
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Uma
semana muito especial esta que se inicia hoje. Nesta contemplaremos com a
transição de julho para agosto. Há nela uma dimensão especial: começa no Centro
Universitário Metodista do IPA um novo semestre letivo, no qual estrearei em uma
nova disciplina e terei novas turmas na Universidade do Adulto Maior, na graduação
e na pós-graduação. Também nesta semana, mais precisamente, na quarta-feira,
este blogue completará oito anos.
Na
edição de sábado, quando encerrava minha jornada sergipana de menos de 48 horas,
comentava que além de três palestras e uma banca teria ‘um plus a mais’. Citei estar previsto para aquela manhã dois
pontos sumarentos: 1) a feira de sábado de Itabaiana e 2) parque dos falcões.
Então, mesmo que tivesse feito algumas leituras acerca do Parque dos Falcões,
não imaginava que minha colega Edineia Tavares Lopes, que tem expertise em
anfitrionar, me brindaria com um espetáculo tão emocionante.
Parque
dos Falcões — www.parquedosfalcoes.com.br
— foi construído por meio do trabalho e esforço de dois sonhadores, José
Percílio e Alexandre Correia, este tornou-se "cúmplice" de Percílio
no ano de 1999.
Aos
7 anos, Percílio ganhou um ovo de Carcará (Caracara plancus) e depois de 28
dias sendo chocado por uma galinha, nasceu Tito, seu primeiro grande amigo. Alexandre,
Hoje, Tito tem quase 30 anos e o Instituto cuida de mais de 300 aves, entre
gaviões, falcões, corujas, socós-boi, pombos etc.
Na
minha visita aprendi a ver as aves de rapina sem preconceito — menos como
"assassinas sanguinárias" e mais como predadoras com papel
fundamental na cadeia alimentar — e utilizar as habilidades específicas de cada
espécie para serviços práticos, como manter livres as proximidades de pistas de
pouso para evitar acidentes com aviões e controlar o ataque de aves granívoras
a lavouras.
José
Percílio Costa é autodidata na arte da falcoaria (adestramento de aves de
rapina), ele fala com pássaros e consegue realizar em poucas semanas o que
muitos demoram meses.
Percílio,
como é conhecido, com poucos anos de escolarização formal, gago e, ao mesmo
tempo, fanho, com autodidatismo, consegue o que muitos doutores não passaram
nem perto. Não é sem razão que é professor convidado de universidades e atende
a convites para palestras no exterior.
Percílio
é o idealizador do Parque dos Falcões, local de acolhida, abrigo e treino de
aves de rapina. Os segredos da falcoaria, símbolo de requinte na Era Medieval
(só os nobres podiam dedicar tanto tempo a esse esporte de adestrar aves de
presa), são aplicados ali de maneira inédita. A maior diferença é que em todas
as falcoarias do mundo as aves são condicionadas pela recompensa com alimento,
enquanto Percílio substitui comida por carinho.
Já conhecido por muitos turistas, estudantes,
biólogos e pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o Instituto é um dos
poucos locais do país com autorização do IBAMA para a criação dessas aves em
cativeiro. Com o objetivo de proteger as espécies de aves de rapina que habitam
o céu brasileiro, o Parque dos Falcões tornou-se uma referência mundial no
manejo, reprodução e reabilitação desses animais, acumulando um grande
conhecimento sobre o seu comportamento.
Com
apoio de www.revistabrasileiros.com.br
/2013/04/17/o-lado-alado-de-um sergipano/
Ave Magister,
ResponderExcluirpareces Júpiter e seu açor, postado do alto do Monte Olimpo, observando os mortais com fascínio.
Abraços encantados,
Hefesto
Muito estimado colega Guy,
Excluirdurante minha frutuosa estada no parque dos Falcões lembrei-me de teu trabalho. Uma conversa com Percílio e Alexandre te encantaria.
Coloca o Parque dos Gaviões na tua agenda de trotamundo.
Uma boa semana e obrigado por te ter leitor aqui,
Um lindo contraste de imagens no dia em que o mundo relembra com tristeza os 100 anos da eclosão da Primeira Guerra Mundial.
ResponderExcluirFaz pensar na relação homem-natureza.
Muito estimado Vanderlei,
Excluirprimeiro meus agradecimentos pelos sempre distinguidos comentários aqui.
De registrar que eu não havia feito a bem posta e oportuna conexão (centenário do início da primeirra guerra <> o encantador de falcões).
Que te pareceu o prestígio conferido a URI pela presença da camiseta em fotos.
com cada vez nais espraiada amizade
Devo confessar: Fiquei a me questionar reflexivamente sobre o "porquê" desta camiseta a estampar tal slogan. Pensei: "Coisas do Mestre"
ResponderExcluirFraternalmente,
Vanderlei.
É de se reconhecer como atitudes simples de gente simples fazem uma grande diferença.
ResponderExcluirSalve, Antônio,
ResponderExcluirFizeste a 'Suma scientiae' qual Tomas de Aquino: Um quase iletrado fez/mais (para) Ciência que nós doutos cientistas.
O céu é das aves
ResponderExcluirDesafiando os ares lá no azul profundo
Sobre o tapete de nuvens e sob o céu
Ombreando com aves donas do mundo
Ao vê-las o homem deixa de ser incréu.
Porque humano não foi feito para voar
Acabou porisso fazendo esse tal avião
E colocou-se enfim em outro patamar
Elemento onde voa a águia e o falcão.
Contudo essa tosca máquina aeronave
No firmamento é somente uma intrusa
Porquanto naquele lugar domina a ave
E um aparelho que voa apenas o usa.
Então todos os pássaros em conclave
Para o aviador representam uma musa.