ANO
8 |
EDIÇÃO
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Estou
mais uma em Itabaiana, no estado de Sergipe, na Região do Agreste Sergipano.
Itabaiana é a quarta maior cidade de Sergipe, marcada por seu casario colonial,
dista 54 km da capital, Aracaju.
Vale
lembrar que Sergipe é o menor dos estados brasileiros, ocupando uma área de
quase 22 mil km², pouco maior que Israel. O estado do Amazonas, o maior estado brasileiro,
é mais de 71 vezes maior em área que Sergipe.
Este
meu estar aqui hoje oferece uma dimensão da extensão territorial do Brasil e da
precariedade de nossos meio de transporte. Saí de minha casa às 4h30min e
cheguei ao hotel, aqui, 14 horas depois. Eis alguns paradoxos: Fiz dois voos de
cerca de 100 minutos cada: Porto Alegre/Rio de Janeiro e Rio de
Janeiro/Salvador. Nesta cidade esperei mais de 4 horas para num voo de 30
minutos, chegar a Aracaju, destino final (aéreo). Isto é, nas 14 horas de viagem,
há cerca de 4 horas de voo.
Mas
para quem fala tanto saberes primevos e pensamento mágico, esta viagem passa ter
uma marca. Cheguei a Aracaju, afônico, provável consequência das duas falas de
quarta-feira em Osório e Três Cachoeiras. Na viagem de Aracaju para Itabaiana,
quase não pude conversar com o prof. Hélio que, atenciosamente, foi esperar e
que conhecia então. O motorista que ouvia as discussões sobre agenda: uma
palestra à noite e duas e mais uma banca no dia seguinte (hoje), perguntou-me: “o senhor deseja ficar curado na hora?” “Claro que quero!” E a aí o Jeferson
foi categórico: “Deixa comigo!” Entre
sussurros, fiz-me interrogante, pensando minha fala da noite.
Ele não sonegou a
receita de sua poção mágica? Conhaque de alcatrão de São João da Barra, mel e
um pouco de pimenta. Fizemos um desvio na viagem. Fomos à Areia Branca, município
lindeiro de Itabaiana. Havia um ingrediente que não estava em uma botica, mas
numa bodega. O trecho final da viagem fiz sorvendo a preparado que o bodegueiro
antes abençoara. Pensamento mágico funciona. Basta crer. À noite, falei na
Universidade Federal de Sergipe, por mais de duas horas a alunos e professores
do PIBID. Claro, que a Ciência ajudou, com um bom microfone e caixas de som.
Hoje
pela manhã vou à Aracaju para a palestra O
que é Ciência, afinal? para professoras e professores da rede estadual de
Sergipe. Almoço em São Cristóvão, no dia de seu padroeiro, onde está o Campus
da UFSE —. São Cristóvão é a quarta cidade mais antiga do país e foi a primeira
capital de Sergipe, foi fundada por Cristóvão de Barros, no dia 1º de Janeiro
de 1590, época em que Portugal estava sob domínio do Rei Felipe II da Espanha.
À
tarde, volto a Itabaiana para a palestra de encerramento do VI Encontro Estadual de Química (ENESQUIM) e às
18h, concluindo o meu roteiro sergipano de cerca de 48 horas faço parte de uma
banca de qualificação do mestrado Arlindo Batista de Santana Filho no Mestrado
em Ensino de Ciências Naturais e Matemática.
Em tempo: absolvo-me da ser acusado de charlatão por
divulgar práticas curandeiras e depor acerca de seu efeito (quase) milagroso.
Prezado professor Chassot,
ResponderExcluirvejo que está com uma agenda um tanto intensa. Confesso que o nome conhaque de ALCATRÃO assusta - por saber que alcatrão não é um termo químico tão amigável.
Um abraço cordial!
Dirceu (Campo Grande-MS)
O extrato sergipano funcionou. A palestra está ótima. Professora Wilma- Escola Supletivo Severino Uchôa.
ExcluirMestre Chassot, tenho também uma receita mágica dos tempos de minha avó. Confesso que assim que soube fiz pouco caso do "remédio", porém com a constatação do seu efeito fiquei fã. Trata-se de mordiscar um pedaço de casca de romã seca. Por incrível que pareça não há inflamação na garganta que resista. Gostaria ainda de saber qual a explicação científica para esse efeito.
ResponderExcluirUm verdadeiro mestre não cansa de viajar.
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