ANO
8 |
EDIÇÃO
2843
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Abro
esta edição com o registro de agenda. Nesta quarta-feira participo de dois
eventos na região litorânea do Rio Grande do Sul. Pela manhã estarei mais uma
vez em Osório, a Terra dos bons ventos, para uma palestra no XVIII
Fórum Internacional de Educação. À tarde, faço uma fala na VIII
Jornada Pedagógica de Três Cachoeiras, promovida pela Prefeitura
Municipal por meio de sua Secretaria Municipal de Educação e Cultura. É
primeira vez que estarei na cidade, cortada pela BR-101, conhecida como a
"Terra do Caminhoneiro", devido ao grande número de motoristas que lá
residem.
A Folha de S. Paulo publicou nesta
segunda-feira, 21JUL2014, na capa do caderno Mercado, matéria assinada por
Tatiana Freitas, que vale conferir.
30% DOS ALIMENTOS
PRODUZIDOS, DESPERDIÇADOS A alta no preço dos alimentos e o aumento previsto para a demanda nos
países emergentes colocaram o desperdício no centro do debate sobre segurança
alimentar.
Os volumes
perdidos justificam a preocupação. Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas
para Agricultura e Alimentação), 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são
perdidos ou desperdiçados por ano em todo o mundo – o equivalente a 30% de tudo
o que é produzido.
O número considera perdas em todos os estágios – do
campo ao prato. E, apesar de os alimentos pesarem cada vez mais
no bolso, o maior índice de perdas (35%) ocorre no consumo, puxado pelos países
desenvolvidos, responsáveis por 56% do desperdício, segundo o Banco Mundial.
Quem nunca
recusou uma cenoura porque estava torta demais? Ou quebrou a pontinha de um
quiabo para saber se estava no ponto para levar para casa? São ações que
parecem inofensivas, mas pesam nas estatísticas. Afinal, ninguém vai comprar
aquele quiabo que ficou com a pontinha quebrada na banca. Será, portanto,
desperdiçado.
Estudo
divulgado no mês passado pelo painel de especialistas em segurança alimentar
das Nações Unidas analisa os efeitos desse desperdício. Entre eles está a menor
oferta de comida no mundo e, como consequência, preços elevados.
Por outro
lado, destaca o estudo, preços mais altos tendem a incentivar maior cuidado com
os alimentos – teoria que ajuda a explicar a maior preocupação com o
desperdício atualmente e as novas iniciativas para reduzi-lo.
Na edição de
amanhã, com matéria colhida na mesma fonte, uma análise da situação do Brasil.
Talvez se entenda todo este desperdício de alimentos quando compreendermos que deve-se ao fato de que a preocupação de quem trabalha ou produz alimentos ainda não é pelo fim da fome. Pelo simples fato de que a este quadro se contrasta um outro com aqueles que não possuem acesso ao alimentos. Tristes e preocupantes dados.
ResponderExcluirQue o alimento suficiente chegue à mesa de todos.
O grande problema é a especulação financeira que trata o alimento como apenas um caminho para o lucro. Entre o campo e o prato existe uma cadeia de atravessadores sendo a remuneração de quem realmente produz uma miséria.
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