ANO
8 |
Desde FREDERICO WESTPHALEN
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EDIÇÃO
2837
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Cheguei ontem a Frederico Westphalen quando o
carrilhão da catedral anunciava cinco horas. Salvo o almoço com colegas do
Programa de Pós Graduação em Educação a terça foi quase plena com atividades
com orientandas e ex-orientandas.
Houve, também, preparação desta quinta-feira,
que terá dois tempos muito distintos. Pela manhã a defesa da dissertação: A
avaliação da aprendizagem como uma possibilidade de emancipação no regime da
progressão continuada, apresentada pela mestranda Silvia Daiana
Parussolo Boniati. À noite, uma palestra onde farei tentativas de respostas ao
interrogante O que é, Ciência, afinal? em Nonoaí. Um e outro momento tecem
esta edição.
MOMENTO UM Uma defesa como a desta manhã é algo muito prenhe de
emoções. Há um ritual que faz culminâncias. Mesmo que a Sílvia seja a 29ª
orientanda que participo do fazer-se Mestre (há ainda quatro doutores) cada
momento é muito singular. Há interações muito diferenciadas com cada uma e cada
um, se estabelecendo, de maneira muito usual, densos diálogos de aprendentes
onde o orientador muito usufrui das construções, conquistas e ações dos
orientandos.
Foi um privilégio orientar a Sílvia, a
primeira docente da rede municipal de Taquaruçu do Sul a concluir mestrado. Ela
nos agradecimentos de sua dissertação faz um registro que me emociona.
Permito-me ser imodesto e transcreve-lo aqui.
Ao meu querido e grande Mestre Chassot que compartilhou comigo
momentos de muitas alegrias e incertezas, que soube entender as minhas dúvidas
e o meu tempo. Parafraseando Newton, afirmo que se consegui ver tão longe é
porque me apoiei nos ombros de um grande gigante, o Mestre Chassot.
A
dissertação: A avaliação da aprendizagem como uma possibilidade de
emancipação no regime da progressão continuada é resultado de
pesquisa sobre concepções que pais e alunos têm sobre a avaliação da
aprendizagem realizada em sala de aula, no regime da progressão continuada. O
trabalho se insere na Linha de Pesquisa 1 – Formação de Professores e Práticas
Educativas do Mestrado do Programa de Pós Graduação em Educação Universidade
Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Campus de Frederico
Westphalen.
O objetivo da pesquisa foi buscar informações
acerca do que pais de alunos matriculados nos anos iniciais do Ensino
Fundamental e seus filhos, os alunos, acreditam acerca do não reprovar na
Escola. Este trabalho, de enfoque qualitativo, teve como cenário as duas
Escolas públicas do município de Taquaruçu do Sul – RS. Partiu-se do
pressuposto da necessidade de dar voz a dois segmentos da comunidade escolar —
pais e alunos — que, de maneira usual, não são ouvidos.
A
progressão continuada parece, ainda, pouco entendida e não aceita pelos pais
que a veem como uma forma de facilitar fazeres dos alunos criando neles o
entendimento de que não precisam estudar, pois esta assegurada a aprovação
automática de todos. Constatou-se a necessidade de que os pais e os alunos
sejam esclarecidos acerca da avaliação e que sejam conscientizados de que o
processo de avaliação por meio de progressão continuada colabora para reforçar
o compromisso de professores, alunos e pais com a aprendizagem.
Esta dissertação tem a colaboração dos colegas Prof. Dr. Oto João Petry (UFFS) e Prof. Dr. Arnaldo Nogaro (URI) que participaram, de maneira significativa ne qualificação e hoje participam dasessão de defesa.
Esta dissertação tem a colaboração dos colegas Prof. Dr. Oto João Petry (UFFS) e Prof. Dr. Arnaldo Nogaro (URI) que participaram, de maneira significativa ne qualificação e hoje participam dasessão de defesa.
MOMENTO DOIS No final desta tarde, pela primeira vez, irei a Nonoaí, acerca
de 80 km de Frederico Westphalen. À noite tenho uma fala no plenário da Câmara
Municipal de Vereadores, promovida Escola Estadual de Ensino Médio Maria Dulcina – EMADU, para comunidades de alunos, pais e professores dos
municípios de Nonoaí, Rio dos Índios e
Gramado dos Loureiros.
A gênese desta fala
está no dia 4 de junho, quando após minha conferência no Seminário
Internacional da SEDUC-RS, o professor Nelso Santos, brindou-me com um exemplar
do livro “Balsas
e Balseiros do Uruguai: Reflexos e impacto para historiografia de Nonoai” de
sua autoria. Este livro foi objeto da edição de 14 de junho deste blogue.
Quando da oferta do livro o Prof. Nelso
disse ser de Nonoaí. Comentei de meu trabalho na URI-FW. Vimos, então, a
possibilidade de ir fazer uma fala em sua cidade, em data que coincidisse com estada
minha em Frederico Westphalen. Assim, o Prof.
Nelso e o Prof. Hélio José, diretor da EMADU, organizaram a atividade desta
noite.
A propósito, vale referir a professora que
deu o nome à Escola. A paranaense Maria Dulcina Vilhena (1864 – 1937) foi a primeira
professora com formação em magistério que atuou, no então distrito de Nonohay,
nos anos de 1910 a 1930. Procedente de Bento Gonçalves, Maria
Dulcina ministrou aula para alunos de todas as idades que aqui buscavam as
primeiras letras. Não havia escola, mas ela transformou em escola a própria
residência. O primeiro grupo escolar público seria criado em 1930. Pela
evolução desde grupo escolar, mais tarde ginásio estadual e, posteriormente a
comunidade definiu homenageá-la em 1978 quando nascia a Escola Estadual Grau
Maria Dulcina.
Realmente uma quinta-feira que sabe a
emoções.
Mestre Chassot, suas blogadas são um verdadeiro mergulho em todos os cantos do nosso Brasil, sinto-me um viajante a conhecer lugares de meu país através de suas narrações. Quanto a aprovação automática tenho algumas dúvidas da sua eficiência, pois já vi casos de crianças terminando o fundamental sem saber ler. Em tempo, muito bonita a mensagem de agradecimento de sua pupila.
ResponderExcluirAbraços
Mais uma vez muito obrigada professor, ser a 29º orientanda me orgulha muito.
ResponderExcluirAbraço,
Silvia
Mestre! Saudações baianas.
ResponderExcluirSeria possível ter acesso a dissertação da colega? Aqui em Itabuna trabalhamos com ciclos de desenvolvimento humano e, além dos pais, muitos colegas também não compreendem o foco na aprendizagem. consequentemente os educandos também não.
ABRAÇOS
Muito estimado Jorge Hamilton,
Excluirfico feliz com tua presença aqui no blogue. Sempre é bom saber de ti e de teus fazeres.
Vamos te disponibilizar a dissertação da Sílvia. Achamos que vale aguardares que ele faça as pequenas mofificações sugeridas pema banca.
A estima e a admiração do
Sou testemunho da estima da Silvia para com o Mestre traduzida ao parafrasear Newton. Uma defesa com segurança e muita propriedade. O mestre contribuindo para o surgimento de uma nova mestra. Parabéns a ambos.
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